MECANISMOS DE COMÉRCIO EXTERIOR PODEM ALAVANCAR NEGÓCIOS DE EMPRESAS DO SETOR

29 de abril de 2016.
O saldo comercial dos
municípios que compõem Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)
regional Campinas ficou deficitário em US$ 360 milhões em março de 2016, o que
significou uma redução do déficit em 38,0% em relação a março de 2015 (quando o
déficit foi de US$ 580 milhões).

A corrente de
comércio da região registrou queda de 24,9% em março de 2016 quando comparada
com março de 2015. Também no mês de março de 2016, a representatividade da
região envolvendo todos os Ciesps no déficit comercial do Estado de São Paulo
foi de 181,3%, ou seja, o desempenho negativo da região contribuiu para déficit
comercial do Estado de São Paulo.
No mês de março de
2016, a pauta exportadora dos 19 municípios atendidos pelo Ciesp-Campinas teve
como principal categoria de produtos a de Máquinas, aparelhos mecânicos e suas
partes. O valor exportado desse grupo teve redução de 12% na comparação de
março de 2016 em relação ao mesmo mês do ano anterior, passando de US$ 52,5
milhões em março de 2015 para US$ 46,2 milhões em março de 2016. Sua
participação no total da pauta exportadora no mês de março de 2016 foi maior do
que no acumulado do ano, 19,0% contra 16,6%, respectivamente, reforçando a
posição de destaque da categoria na pauta.
O segmento Máquinas e
aparelhos eletro eletrônicos foi o segundo grupo de maior exportação no mês de
março de 2016, totalizando US$ 23,6 milhões, o que representa uma variação
negativa de 15,3% em relação ao mesmo mês de 2015, quando as exportações
somaram US$ 27,9 milhões. Sua participação no total exportado no mês,
entretanto, foi maior do que a do acumulado do ano, 9,7% contra 6,5%,
respectivamente, o que reforça sua posição de destaque na pauta.
A terceira categoria
mais exportada em março de 2016 foi a de Produtos farmacêuticos, com
crescimento de 3,5%, passando de US$ 20,7 milhões em março de 2015 para US$
21,5 milhões em março de 2016. Da mesma forma que as duas primeiras categorias,
sua participação no mês de março de 2016 foi maior do que a do acumulado no
ano, 8,8% contra 7,2%, respectivamente, fortalecendo sua posição de destaque na
pauta exportadora.
O diretor de comércio
exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, disse que o setor farmacêutico tem
crescido substancialmente. “Caiu a balança comercial, mas o setor farmacêutico
cresceu em torno de 12% no mês de março e no acumulado já cresceu 11%. Nós
torcemos para que este segmento possa ter um peso maior na nossa cesta de
comércio da região que venha a superar máquinas e equipamentos automotivos. Nós
torcemos que a região se torne um polo de exportação do setor fármaco da
América do Sul”, disse.
Na última terça feira (26/04) o diretor do Departamento de Operações de Comércio Exterior do Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Renato Agostinho da
Silva, participou no Ciesp Campinas 40º Seminário de Operações de Comércio
Exterior. Ele disse que o governo federal tem se empenhado no sentido de
incentivar  e implementar ações que
estimulem a competitividade das empresas no segmento de comércio exterior. “O
portal único de comércio exterior, que é uma reformulação de processos na
importação e na exportação que vai reduzir tempo e custos que as empresas nos
informam para realizar suas operações de importação e exportação e isso vai
beneficiar muito as empresas da região de Campinas que tem contribuído muito no
processo de reformulação que o governo não tem feito sozinho e tem feito junto
com o setor privado e a participação das empresas do polo tem sido destacada”,
afirmou.
Renato Agostinho
disse ainda que  o ministério também está
aprimorando  o regime de drawback, que é
um incentivo de exportação, onde você desonera impostos que incidem nas
importações ou aquisições domésticas de insumos que são usados para
industrializar produtos exportados no país. “A exportação é uma diretriz
importante do governo que num momento atual realmente se mostra como um vetor
importante de crescimento econômico. A exportação é uma oportunidade para que
as empresas possam ampliar as suas atividades num momento de retração da renda
doméstica e a exportação se mostra como uma alternativa”, disse.
Segundo Renato
Agostinho 25% das exportações brasileiras estão apoiadas pelo regime de
drawback. “Se você olhar a composição das exportações você vai verificar que
75% delas se referem a produtos industrializados, nos quais incluem-se os
produtos do setor farmacêutico. É algo que contribui para agregação de valor
das nossas exportações que contribuem para a melhoria da qualidade da nossa
pauta exportadora”, concluiu.
Vale destacar o
grande crescimento do valor importado da categoria Produtos farmacêuticos de 117,4%
e o registro de queda acima dos 20% em todas as categorias, incluindo a redução
do valor importado no agrupamento de categorias Outros  de 40,2% e a queda no total do valor importado
de 29,5%.
Foto: Coletiva do Ciesp Campinas.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.
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