MEDIDAS DE AJUSTE FISCAL PODEM GERAR PREJUÍZO DE R$ 2,5 BILHÕES PARA EMPRESAS AÉREAS

02 de abril de 2015.
A
Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) estima que as companhias aéreas
poderão arcar com um prejuízo anual de R$ 2,5 bilhões se o Congresso Nacional aprovar
as medidas de ajuste fiscal, propostas pelo governo federal. O valor
contabiliza a redução da desoneração da folha de pagamento, com elevação de 1%
para 2% sobre o faturamento bruto anual, alterações nas alíquotas de
PIS/Cofins, além da alta do dólar, que afeta 60% das despesas das empresas.



Segundo
o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, a elevação da moeda americana frente
ao real, nas últimas três semanas, já aumentou as despesas mensais em 25%. Ele
destaca, ainda, que se o Legislativo aprovar o reajuste da tributação sobre a
folha, como sugere o Executivo, as empresas terão que desembolsar um adicional
superior a R$ 800 milhões anualmente.



Sanovicz
diz que as companhias aéreas trabalharão para absorver o impacto financeiro e
evitar elevação nas tarifas. “Nós temos 111 milhões de brasileiros voando, por
ano, no Brasil, e queremos lutar para manter isso”, afirma o presidente da
Abear.
Estudo
desenvolvido pela Associação indica que uma parcela de 14% dos usuários do
transporte aéreo passaria a optar por viagens de ônibus se as passagens de
avião ficassem até 10% mais caras. 
Para
enfrentar a elevação das despesas, as empresas devem revisar lançamentos de
novos voos, as malhas atuais e os procedimentos operacionais. No entanto,
demissões estão descartadas, conforme o presidente da Abear, em razão do déficit
de mão de obra qualificada para o setor.



O
ministro da SAC (Secretaria de Aviação Civil), Eliseu Padilha, defende as
medidas de ajuste fiscal, mas afirma que governo, Congresso Nacional e setores
da economia devem discutir alternativas para minimizar os efeitos. “Não podemos
nos deixar afligir pelas circunstâncias desse momento. Para que o mercado possa
voltar a crescer, precisamos do ajuste. Mas o governo tem que, obviamente, ter
sensibilidade na sua modulação, para que a produtividade possa ser mantida e o
nível de emprego garantido ao máximo possível”, afirma.
O
ministro Padilha também falou das futuras concessões de aeroportos. Até 2018, o
governo federal deve ter repassado, à iniciativa privada, a gestão de “todos os
aeroportos com condições econômicas de serem concedidos”, disse o titular da
SAC. Ao todo, 15 terminais deverão ser leiloados. Mas, por enquanto, o governo
confirma apenas três: os de Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e Florianópolis
(SC). 
Foto: Aeronaves no pátio de estacionamento.
Crédito: Arquivo CNT 
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