MULHERES SE DESTACAM COMO EMPREENDEDORAS

Uma pesquisa
divulgada recentemente elaborada pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas (CNDL) traçou o perfil das empreendedoras brasileiras e
mostrou que a maioria não quer nem pensar em trocar a empresa por um emprego
formal. Ao todo, são 7 milhões de mulheres empreendedoras no país. Apesar de não tirar férias e de
trabalhar mais de oito horas por dia, 72% das mulheres empreendedoras não
abandonariam o negócio próprio em troca de um emprego fixo, com rendimento e
jornada equivalentes.  
De acordo com a pesquisa, que
consultou cerca de 600 mulheres em 27 capitais, o motivo apontado por 83% das
entrevistadas para ter um negócio próprio foi conseguir horário flexíveis para
poder compatibilizar a atividade profissional com obrigações domésticas. A
enquete constata que 70% das entrevistadas são mães e participam das despesas
da casa, sendo que 47% delas assumem sozinhas tarefas domésticas. Mais da
metade delas (63%) tem faturamento anual de até R$ 61 mil.
A
pesquisa constatou que 35% das mulheres empreendedoras abriram o próprio
negócio baseadas na percepção de que possuem aptidão para isso. Quanto ao
comportamento dessas mulheres, que são autônomas (50%) ou têm funcionários
(50%), o que se destaca é a determinação: 90% se dizem ambiciosas e 92% se
consideram boas na hora de negociar. Mas 84% delas informaram que usam a
intuição quando têm que decidir.
Na
avaliação da especialista em RH, Viviane Gonzalez, o número de mulheres
empreendedoras segue um ritmo acelerado e muito mais que cargos de alta
gerência e presidência nas organizações empresariais. Na empresa ainda há um
estigma de que noum quadro de diretoria a maioria ainda é masculina. “ A
mudança que eu senti é que as mulheres estão empreendendo mais. Estão montando
os seus negócios. Antigamente existia aquele receio que a mulher só podia ser
empregada. Hoje ela está corindo a frente. Eu acho que a característica que
está resumindo isso é ousadia. A mulher hoje ficou mais ousada porque ela
sempre foi muito recatada, muito preocupada em ter salário mensal e em ser
funcionária. Hoje não. Hoje ela acredita mais no poder dela”, diz.
Viviane
Gonzalez destacou que uma característica da mulher é ser planejada e organizada
e em muitas situações sob o ponto de vista de trabalho junto às organizações
empresariais essas características são muito bem vistas. “Muitas vezes ela fica
em um tipo de cargo dentro da empresa que exige isso, mas hoje, por outro lado,
a mulher está se arriscando mais. Ela já se consolidou como profissional. Hoje
ela já sabe que já é multifunções porque ela é mãe, é executiva e já sabe que é
organizada. Agora está se testando nessa parte de empreendedorismo, que precisa
de muita criatividade, muita inovação e muita ousadia. Eu acho que hoje para
você abrir o seu próprio negócio tem que ter muita ousadia para se arriscar”,
destaca.
Viviane
Gonzalez está focada em um novo projeto profissional e em breve vai anunciar
novidades como empreendedora, no entanto, ela reconhece que muitas vezes dentro
da estrutura familiar muitas vezes o homem fica temeroso quando a esposa tem a
pretensão de se tornar uma empreendedora e deixar um cargo em uma empresa de
forma que isso possa vir a prejudicar o orçamento familiar quando o marido já é
um empreendedor. No seu caso específico a situação está sendo diferente. “No
meu caso eu pensava que meu marido é empreendedor autônomo, então eu tenho que
ser assalariada para a gente ter aquela garantia e tudo mais. Eu achava que
deixava um risco para o marido. A gente conversou bastante porque ter um casal
no qual o dois são empreendedores, eu acho que isso pesa nessa decisão porquE é
bem arriscado para o orçamento familiar, então vai muito do teu marido te
apoiar e ele disse que vai dar certo, que é legal e bacana. Eu acho que você
tem que ter o apoio da família, dos colegas e isso foi fundamental para mim”,
concluiu.
Foto – Especialista em RH, Viviane Gonzalez.
Crédito: Divulgação.

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