P-61 DEIXA ANGRA EM DIREÇÃO A PAPA-TERRA

A P-61
saiu nesta terça feira (31/12), do estaleiro BrasFels, na baía de Angra dos
Reis (RJ), onde foram concluídas a construção e integração da unidade. A
unidade fará parada técnica para abastecimento de diesel e água nas
proximidades de Ilha Grande e seguirá viagem até a locação final, no campo de
Papa-Terra, na Bacia de Campos, onde chegará em aproximadamente seis dias após
a saída do estaleiro.

 

Primeira
plataforma do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform) a ser
construída e a operar no Brasil, a P-61 atuará em conjunto com o FPSO (unidade
que produz, armazena e transfere petróleo, na sigla em inglês) P-63, que
iniciou a produção de petróleo em Papa-Terra no último dia 11 de novembro.
Juntas, as unidades têm capacidade para produzir 140 mil barris de petróleo por
dia, nos 18 poços aos quais serão interligadas.

Toda
produção da P-61 será transferida para a P-63, que fará o processamento, o
armazenamento e o escoamento do petróleo extraído por meio de navio aliviador.
A P-63 também é capaz de comprimir 1 milhão de m3/d de gás natural e o gás
excedente ao consumo nas plataformas será injetado no reservatório.

O campo
de Papa-Terra, operado pela Petrobras (62,5%) em parceria com a Chevron
(37,5%), está localizado a 110 km da costa brasileira, onde a profundidade
varia de 400 a 1400 metros.

Tecnologia

A
combinação de reservatórios com petróleo de grau API variando entre 14 e 17, e
em águas profundas, faz o desenvolvimento do campo de Papa-Terra um dos
projetos mais complexos já concebidos pela Petrobras, requerendo a incorporação
de diversas soluções inovadoras, que incluem a própria P-61.

O modelo
TLWP se assemelha às semissubmersíveis (SS), com a diferença de que usa tendões
verticais para a sua ancoragem, ao invés das linhas de ancoragem padrão.

Essa
tecnologia faz com a que a plataforma tenha uma baixa amplitude de movimentos,
permitindo que as árvores de natal (válvulas de controle de poços) sejam secas,
instaladas no convés da TLWP, ao invés de no fundo do mar, como ocorre nas SSs
e FPSOs. A razão do uso dessa alternativa é permitir maior facilidade de
intervenção nos poços por usarem bombeio centrifugo submerso.

Construção

 

Assim
como a P-63, a P-61 é uma das novas unidades que fazem parte dos projetos de
produção programados para este ano no Plano de Negócios e Gestão (PNG)
2013-2017 da Petrobras.

A
construção do convés e dos quatro módulos – dois de acionamento e controle de
bombeio centrífugo submerso (BCS) dos poços, um para distribuição elétrica e
controle da plataforma e um de alojamento – da plataforma ocorreu em Cingapura,
na Ásia. De lá, foram trazidos até o Estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis
(RJ), onde a empresa contratada BrasFels fez o casco e se responsabilizou pela
união e integração das diversas partes.

No pico
das obras, a P-61 gerou 2.450 empregos diretos e 7.350 empregos indiretos.

O
conteúdo local dos seus serviços chegou a 65%.

 

Dados da
P-61

Capacidade de produção de petróleo: 100 mil barris/dia;
Capacidade própria de geração elétrica: 3 X 2000 kW (total de 6000 kW);
Capacidade da alimentação elétrica externa: até 35 MW recebidos da P-63, para
cargas de processo;
Profundidade de água: 1.200 m;
Acomodações: 60 pessoas;
Peso total da plataforma: cerca de 23 mil toneladas.

Foto: Saída da P-61 da Baía de Angra dos Reis (RJ)

Crédito: Agência Petrobras/Thelma Amaro Vidales

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