PLANEJAR E ORÇAR 2019 – MÃOS À OBRA

COLUNA DO CEO DO GRUPO BAHIA ASSOCIADOS, JORGE BAHIA 

Para muitas empresas estamos no momento de  confeccionar ou revisar os planos para 2019.  Temos o planejamento e o orçamento para serem avaliados, criticados, ajustados, e deixados prontos para a implementação.

O planejamento  é ponto sensível pois deve estar alinhado com as propostas da empresa  relacionadas a investimento, rentabilidade, mercado, prospecções seja de novos produtos ou novos clientes. Não podemos deixar de considerar que ele deve refletir o momento econômico e político que o país vive. Não  se trata de uma seção de adivinhação, mas de  colocar no papel perspectivas reais  que  podem se tornar realidade de acordo com o que acompanhamos.  Esse é o motivo pelo qual não podemos pensar em planejamento de forma imutável, sem alternativas de ajustes,  sem planos de ações para rapidamente alterar  fator projetado de forma  a  mantermos o resultado dentro do possível para aquela determinada mudança.

O orçamento e a atividade de se colocar números nesse plano, é a valorização de todas essas propostas, também considerando os impactos de possíveis mudanças.

De forma otimista devemos realizar as duas atividades com foco em perspectivas boas, em melhores momentos, em um ano promissor. Isso desencadeia  pensamentos positivos relacionados a  desenvolver as estratégias que iremos utilizar para atender  o mercado.  Investimento em tecnologia, investimento em capacitação, investimento em melhorias logísticas, e outras propostas de melhorias.  Essas estratégias devem sempre fazer parte do dia a dia do empresário e do investidor. Independente  do momento para planejar ou orçar, a estratégia do negócio é fator integrante do dia a dia. Como melhorar o desempenho da empresa, como atender de forma mais rápida o cliente, como cativar o cliente, como trazer mais qualidade ao produto, como manter o time motivado. Tudo isso não pode ser pensado somente nos meses que antecedem ao final do exercício, o foco nesses  pontos é diário. Agora, levar essa estratégia toda para o negócio, analisar o impacto da mesma, ter um plano de ação para que ela se inicie e termine com resultados positivos, ter recursos para fazer isso acontecer sem frustrar expectativas  é  função do planejamento e do orçamento.

Podemos ter estratégias dessas que não podem esperar muito tempo para implementação, o tempo pode ser um fator essencial para a implementação, para o resultado, e para fortalecer o negócio. Se a empresa tem essa dinâmica de  apresentar estratégias rápidas e constantes, e isso é uma características de alguns mercados nos quais as empresas precisam disso para sobreviver, ai esta mais um componente do planejamento e do orçamento. O que fazer quando surge uma ideia boa, rentável e com necessidade de implementação rápida. O planejamento e o orçamento devem contemplar também essa variável e ter para ela uma resposta.

Ponto também importante que é parte da estratégia, do plano de negócios e do orçamento das empresas esta relacionado a carga tributária da operação.  Neste período as empresas também estão avaliando a sua engenharia tributária para o próximo exercício.  Quais são os impactos pela opção pelo lucro real ou lucro presumido, quais os efeitos associados a possibilidade de créditos de PIS e da Cofins em uma e noutra situação?. Caso a empresa tenha como estratégia a importação para revenda local de equipamentos como tratar essa cumulatividade de PIS e Cofins da importação que irá direto ao custo do produto? A cisão das operações ou uma incorporação, ou mesmo uma fusão  podem ser alternativas boas?  A possibilidade de benefícios relacionados a tributos indiretos, e a legalidade dos mesmos para não termos surpresas mais a frente, são pontos de estratégia e devem ser refletidos no orçamento.  Muitas empresas tem dificuldade para identificar, ou até mesmo não direcionam atenção para saber qual a carga tributária de suas operações. Esse é um ponto fundamental para o sucesso de um bom planejamento de uma boa estrutura de fluxo de caixa e de um bom orçamento.

Assim, estamos no momento de planejar e orçar 2019. Não vamos esquecer das variáveis que estão ai na nossa porta. Devemos ter alternativas para elas caso ocorram e caso não ocorram, e essas alternativas devem manter a rentabilidade do negócio dentro do possível. Boa sorte!

Jorge Bahia, consultor e sócio proprietário do Grupo Bahia, Kosio & Associados, bacharel em administração de empresas, contador, consultor de empresas, palestrante, professor em cursos profissionalizantes, com experiência profissional de mais de 20 anos em empresas multinacionais atuando na área fiscal, tributária, contábil e controladoria.

 

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