CUSTO DA CONSTRUÇÃO (CUB/m²) EM BELO HORIZONTE AUMENTOU 0,13% EM SETEMBRO

O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) aumentou 0,13% em setembro em relação ao mês anterior. Esta foi a menor variação do referido indicador de custo da construção nos primeiros nove meses do ano. Isso aconteceu porque o custo com material de construção registrou, neste mês, a menor alta dos últimos cinco meses: 0,33%. Além disso, os demais componentes do referido indicador de custos setorial (mão de obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos) ficaram estáveis.

O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em agosto/18 era R$1.375,77 passou para R$1.377,58 em setembro. O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) conforme a Lei Federal 4.591/64 e de acordo com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) a mão de obra representou, em setembro, 55,51%, os materiais de construção responderam por 40,25% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,24%.

Em setembro os aumentos de preços foram observados nos seguintes itens: bancada de pia de mármore (+6,57%), tubo de ferro galvanizado com costura 2 ½” (+4,28%), registro de pressão cromado (+3,12%), telha fibrocimento ondulada (+2,69%), bacia sanitária branca com caixa acoplada (+2,34%), aço CA 50 10mm (+1,67%), cimento CP-32 II (+0,57%) e tinta látex PVA (+0,04%).

O Coordenador Sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti, destaca o resultado. “O resultado do CUB/m² em setembro mostra um aumento mais comportado no custo com os materiais de construção, o que naturalmente é muito bem recebido pelo setor diante de tantas dificuldades que ele vivencia. A Construção deverá registrar, em 2018, o quinto ano consecutivo de queda em suas atividades. Caso a economia nacional cresça 1,1% as estimativas sinalizam que o setor registrará queda de 1% em seu PIB. Neste contexto, quaisquer aumentos de custos proporcionam preocupação adicional. Some-se a isso o processo da lenta recuperação da economia e o cenário de incertezas e instabilidades provocado pelo período eleitoral”, avalia.

Acumulado no período de janeiro a setembro/18 – O CUB/m² (projeto-padrão R8N) nos primeiros nove meses do ano registrou alta de 3,53%. Já o custo com material aumentou, neste período, 4,77% e o custo com a mão de obra 2,53%. O custo com a despesa administrativa cresceu 5,00% enquanto o custo com aluguel de equipamentos aumentou 6,71%. Nos primeiros nove meses do ano os materiais que registraram as maiores elevações de preços foram: emulsão asfáltica impermeabilizante (+21,59%), esquadria de correr (+19,94%), porta interna semi-oca para pintura (+18,26%), fio de cobre antichama (+18,00%), cimento CP 32 II (+13,43%) e aço CA 50 10mm (+11,51%).

Acumulado nos últimos 12 meses (Outubro/17 – Setembro/18): Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 3,93%, o que foi reflexo das seguintes variações: 5,76% no custo com material de construção, 2,53% no custo com a mão de obra, 5,00% nas despesas administrativas e 14,39% no aluguel de equipamentos. Os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços neste período foram: porta interna semi-oca para pintura (+29,69%), fio de cobre antichama (+22,92%), emulsão asfáltica impermeabilizante (+22,62%), esquadria de correr (+19,59%) e cimento CP 32 II (+18,51%).

Resultado do CUB/m² desonerado

O CUB/m² desonerado aumentou 0,14% em setembro/18, acumulando alta de 4,27% nos primeiros nove meses do ano e 4,71% nos últimos 12 meses (out/17-set/18).

A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 188,16%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 157,69%.

 

Foto 1 – Coordenador Sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti.

Foto 2 – Construção civil.

Crédito: Divulgação.

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