PRETERIDA PELA GERAÇÃO Z, CONSTRUÇÃO CIVIL DEVE CONTRATAR MAIS EM 2023

Metade das empresas de construção civil pretende aumentar o número de funcionários em 2023. É o que constatou uma pesquisa global da BDO, quinta maior empresa de auditoria e consultoria do mundo e líder no middle market. O estudo revela que as funções em trabalho de campo qualificado, engenharia e compras são as mais procuradas globalmente na indústria da construção. No entanto, essas funções estão se tornando menos atraentes para os talentos da próxima geração.

Foram entrevistadas 714 pessoas, sendo 336 tomadores de decisão da indústria e 378 estudantes. Pouco mais da metade dos pesquisados pela BDO (51%) prevê que o tamanho de sua força de trabalho aumentará nos próximos seis meses. Ao mesmo tempo, apenas 17% das empresas de construção preveem que seu quadro geral de funcionários diminuirá este ano.

A pesquisa conclui que o setor de construção está enfrentando uma tempestade perfeita de desafios, incluindo pressões inflacionárias, desafios da cadeia de suprimentos, aumento do custo financeiro e aumento da carga regulatória. Esses problemas são agravados pelo desafio de recrutar e reter profissionais em início de carreira. Os dados apontam que a indústria está perdendo terreno na guerra global pela Geração Z para setores como serviços financeiros, tecnologia e ciências biológicas.

A maioria das construtoras entrevistadas pela BDO diz ter dificuldades em atrair talentos em início de carreira. Apenas 16% relatam não ter problemas para preencher as vagas. 50% dos tomadores de decisões consideram muito difícil atrair e reter profissionais em início de carreira para funções na indústria da construção, enquanto 14% descrevem o preenchimento das vagas como “muito difícil”.

As dificuldades de pessoal e a escassez de mão-de-obra – tanto para atrair jovens profissionais como para reter trabalhadores qualificados – é o segundo impacto negativo mais frequentemente referido na rentabilidade dos líderes da indústria. Embora a crise do talento esteja presente em todos os mercados pesquisados, ela é mais fortemente relatada por tomadores de decisão na Holanda, Austrália e América Latina.

A Geração Z, indivíduos nascidos entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2010, emerge da pesquisa da BDO como uma geração empoderada e socialmente motivada que prioriza oportunidades de desenvolvimento pessoal e bem-estar no trabalho. A recompensa financeira é apenas o quinto critério mais importante para os jovens na busca por trabalho. O impacto climático também é um dos principais motivadores. Seis em cada dez (60%) jovens na pesquisa classificam como importante uma carreira em uma indústria que impacta positivamente as mudanças climáticas.

Como resultado, a indústria da construção enfrenta um problema de imagem. Não apenas um terço (32%) dos estudantes e jovens trabalhadores acredita que a indústria tem um impacto líquido negativo no clima, mas a maioria (55%) acredita que trabalhar no setor pode colocar em risco sua saúde física ou mental. “O setor de construção civil deve crescer acima de 2% neste ano, mesmo em cenário hostil na economia, como taxa básica de juros próximo a 14% e dúvidas sobre o controle dos gastos públicos. Para atingir tais expectativas, engajar e reter os profissionais qualificados torna-se essencial para o negócio. As empresas devem estar atentas o que pode atrair a nova geração (Z), que é uma geração que não tem mais como prioridade apenas ganhos financeiros”, afirma Diego Bastos, sócio líder para a indústria de Real Estate na BDO. “Políticas bem implementadas, como programas que priorizem o bem-estar dos profissionais devem estar em pauta. Além disso, esta geração tem preocupação sobre os impactos climáticos do setor que atuam e, embora tenha iniciativas das empresas para redução da pegada de carbono, poucas companhias do segmento se preocupam em quantificar e divulgar os impactos climáticos, mediante elaboração de relatório integrado, como exemplo. Sem dúvida, empresas que não tiverem a responsabilidade de impactos climáticos provenientes de suas atividades, devem perder incentivos do mercado financeiro bem como força de trabalho”, complementa Bastos.

A BDO é a quinta maior firma de auditoria e consultoria do Brasil e líder no middle market. Tem escritórios nas principais cidades do país e possui 1.800 profissionais. Oferece soluções com foco no middle market, como serviços de Transaction Advisory Services (Due Diligence), Valuation; Fusões e Aquisições (M&A); Alocação do Preço de Compra (PPA), Painéis dinâmicos (BI) de Controle de Resultados e Custos; Apuração de Haveres, Planejamento Estratégico; Laudos de Incorporação; Sucessão Familiar; Fraudes, Investigações e Disputas (FID); Risk Advisory Services (RAS); Auditoria de Demonstrações Contábeis; Assessoria Tributária; Assessoria ao Expatriado; e Administração Contábil, Fiscal, Financeira e Trabalhista.

A BDO Internacional é a quinta maior firma de auditoria e consultoria do mundo, está presente em 164 países, com mais de 111 mil profissionais distribuídos em 1.803 escritórios.

 

Foto: Diego Bastos, sócio líder para a indústria de Real Estate na BDO.

Crédito: Divulgação.

 

 

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