PRODUÇÃO BRASILEIRA DE LEITE CRESCE 5% AO ANO

A produção brasileira de leite
cresce numa média de 5% ao ano, saindo da marca dos 14,5 bilhões de litros
produzidos em 1990 para 30,5 bilhões em 2010. Com este aumento, o Brasil
alcançou a autossuficiência em produtos láticos, abastecendo a população e
exportando uma pequena quantidade (em torno de 3% ao ano).

A maior produção de leite
brasileira ocorre na Região Sudeste, respondendo por 37% da produção nacional,
seguida pela Região Sul com 30%. A Região Sul, embora atualmente em segundo
lugar no ranking, poderá se tornar a maior produtora de leite do País, em
breve, pois sua produção cresce, em média, 8,5% ao ano, contra apenas 2,6%
anual na Região Sudeste, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).

O consultor da Secretaria de Agricultura
Familiar (SAF/MDA), Fábio Teles, especialista no assunto, lembra que o Rio
Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do País, com mais de 3,3
bilhões de litros anuais, equivalentes a 12% da produção nacional, ficando
atrás somente de Minas Gerais. “A
produção diária atual, de dez milhões de litros de leite, está muito aquém da
capacidade do parque industrial do estado, que é de 16 milhões de litros/dia e
pode chegar a 18 milhões até o fim de 2012. Ou seja, há um espaço muito grande
para produzir leite com qualidade e vender para outros estados e até exportar,
o que já é feito por algumas cooperativas”, observa Fábio Teles.

Exportações



Segundo Fábio Teles, motivos não
faltam para estimular o crescimento das exportações. “O Brasil apresenta características
favoráveis para isso. Primeiro, por possuir a maior área agricultável do mundo
e cerca de 330 milhões de hectares de pastagens e áreas não utilizadas. Em
segundo lugar, por possuir o maior reservatório de água doce do mundo,
topografia e condições de solo e clima variados, além de excelente luminosidade
e predomínio da produção de leite a pasto”, enumera o consultor. “E, ainda, 82%
dos estabelecimentos produtores utilizam mão de obra familiar, o que barateia o
custo de produção”, define.

Fábio Teles destaca, ainda,
outras vantagens brasileiras, como o cardápio variado de tecnologias produzidas
pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a rede
diversificada de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) pública e privada,
que recebem recursos do MDA para prestar assistência a quem produz. “No caso da
assistência técnica, o governo federal vem priorizando a Ater de Gestão para
ensinar os produtores a cuidarem bem de seus fatores de produção e de seu
dinheiro. Ou seja, para produzir bem e viver melhor no campo, ao mesmo tempo
com mesa farta na cidade.”

Na avaliação do consultor, o
Programa Leite Gaúcho, é sem dúvida, um dos mais importantes criados no setor
leiteiro nacional. “Para atender as 13 mil famílias de assentados no estado, o
governo do Rio Grande do Sul pretende ampliar a infraestrutura da bacia
leiteira gaúcha, umas das poucas regiões do País com vocação total para o
leite, com o apoio de recursos do BNDES”, informa Fábio Teles.

 
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