SEBRAE-SP LANÇA PROGRAMA EM CAMPINAS

O
Sebrae-SP em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) lança nesta quarta-feira (26) em Campinas (SP) o programa
Agentes Locais de Inovação (ALI), às 19h30, na Universidade Presbiteriana
Mackenzie, na Avenida Brasil, 1.220, no Jardim Guanabara. O ALI pretende
atender cerca de 1.700 micro e pequenas empresas do setor industrial de
Campinas e região. A iniciativa visa aumentar a competitividade e
sustentabilidade dos pequenos negócios com a prática de soluções inovadoras.

O ALI é
um programa que busca a disseminação da cultura da inovação, motivando os
empresários para adequação de produtos e processos, desenvolvimento de novos
modelos de negócios e implantação de novas estratégias de marketing, focadas na
inovação. A aplicação do programa é feita por bolsistas formados no máximo há
três anos em curso superior reconhecido pelo MEC, nas áreas afins, e
contratados pelo CNPq, com capacitação realizada pelo Sebrae.

Os bolsistas estão sendo contratados a partir de edital de processo
seletivo. Campinas terá 34 agentes, sendo que 14 deles já foram selecionados.
Os primeiros dois meses do programa são destinados à capacitação, com
bolsa-auxílio no valor de R$ 1,1 mil. Após a finalização do curso, os bolsistas
selecionados passam a receber mensalmente a bolsa ALI, com valor de R$ 3,6 mil
pelo prazo máximo de 24 meses, mais R$ 600 de ajuda de custo. Um novo processo
seletivo para Campinas, já em andamento, selecionará outros 20 agentes.

O diretor
superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano disse que na prática, os agentes
visitam as empresas e interagem com os empresários, fornecendo informações e
dicas de como a pequena empresa pode inovar. A partir das visitas, os agentes elaboram o diagnóstico da empresa, criam e acompanham o
plano de ação do empreendimento, e propõem estratégias para melhoria da gestão,
além de monitorar os resultados das ações de inovação. O acompanhamento
é feito de pelo menos um ano, e pode se estender por mais um ano. “Além do
diagnóstico nós vamos entrar com um trabalho personalizado para garantir acesso
e melhor gestão para essas empresas industriais para que elas melhorem as suas
taxas de sobrevivência”, diz.

Segundo o
gerente do Escritório Regional do Sebrae-SP em Campinas, Antonio Carlos de
Aguiar Ribeiro, a metodologia do programa permitirá que as pequenas indústrias
adotem modelos de inovação compatível com a realidade da empresa. “Nem sempre
as ações de inovação demandam investimento. Mudanças na própria rotina da
empresa, na forma de gestão ou no processo operacional podem reduzir o custo do
negócio, diminuir despesas e, consequentemente aumentar o faturamento e a
competitividade da empresa diante do mercado. O importante é o empresário
liderar uma cultura para promover inovação dentro se sua empresa” atesta.

Além do ALI, o Sebrae-SP também
está lançando em Campinas o Programa de
Alimentação Fora do Lar (Serviço) que tem como objetivo melhorar o
desempenho das empresas do setor, por meio de consultorias individuais e
capacitações, atualizando os aspectos relacionados a inovações e tendências em
operação e gestão dos produtos e serviços oferecidos. O Inova Loja é um programa voltado para o comércio varejista que tem
como objetivo detectar pontos negativos nas fachadas e vitrines das lojas, além
de apontar melhorias e estratégias de mudança de visual nos empreendimentos. O
programa já é aplicado em Campinas desde o final de 2011.

O projeto Petróleo & Gás busca fomentar o desenvolvimento das MPEs,
visando a melhoria de sua competitividade, por meio da implementação de um
Plano de Ações na Região Metropolitana de Campinas, que contemple um estudo e
análise de oportunidades geradas com o refino, distribuição e transporte de
petróleo, gás e derivados na Replan, emPaulínia identificando potenciais
vocações locais e regionais para instalação e preparação das empresas para o
mercado da cadeia de petróleo Gás e Energia.

Um levantamento feito pelo Sebrae
referente a taxa de sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) na
região de Campinas revelou que a taxa de sobrevivência das MPEs na região de
Campinas que abrange  22 municípios,
passou de 76,1% para 78,4%. Esse foi o resultado da primeira pesquisa feita em
Campinas pelo Sebrae-SP  com índices nos
setores da indústria, comércio e serviços, a partir da relação entre o número
de empresas sobreviventes após dois anos no mercado e o número de empresas que
obtiveram registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) no ano. O
estudo parte de dados mais recentes disponíveis e tomou como base empresas
abertas em Campinas nos anos de 2005 e 2006 e mostra que em Campinas a taxa de
sobrevivência está acima da média do Estado de São Paulo que foi de 74,4% para
empresas registradas em 2005 e de 77% para empresas registradas em 2006.

Analisando os dados por seguimento,
o comércio que abriu suas portas em 2005, apresentou uma taxa de sobrevivência
ligeiramente mais elevada com índices de 75,5% para a indústria, 77,5% para o
comércio e 74,3% para serviços. Para as empresas abertas em 2006 a taxa de
sobrevivência até dois anos foi de 77,6% para a indústria, 78,9% para o
comércio e 78% para serviços. “Este resultado é muito positivo, mas que não
sirva de motivo de acomodação para esses empresários porque dificuldades surgem
todos os dias. Esses são dados médios, que como toda média não consegue captar
a dificuldade que podem e com certeza estão ocorrendo em vários setores, como
por exemplo, o setor da indústria”, comenta Bruno Caetano.

A Região de Campinas se destaca
pela sua diversidade diferentemente  de
outras regiões do Estado que tem uma vocação mais definida por um ou outro
setor. A região de Campinas reúne os 4 setores comércio, indústria, serviços e
agronegócios. “Isso é bom para o Estado e é bom especialmente para Campinas
porque quando um setor não vai muito bem, os outros conseguem compensar e
manter os níveis de emprego e desenvolvimento na região. Outra coisa que a
gente tem observado é o aumento da participação dos jovens e das mulheres nessa
tarefa de abrir empresas e de serem empresários. Isso também é bom para o
Brasil porque diversifica o desenvolvimento e coloca o empreendedorismo como
opção de vida”, comenta.

O universo pesquisado revela que em
2005, 8.992 empresas na região de Campinas obtiveram registro no CNPJ, sendo
que 5,9% das empresas registradas no CNPJ no Estado de São Paulo. Em 2006,
foram 8.304 empresas com registro no CNPJ, sendo que 5,7% obtiveram o CNPJ no
Estado de São Paulo.

Na cidade de Campinas existem
54.075 micro e pequenas empresas nos setores da indústria, comércio, serviços e
agropecuário. Na RMC são 126.672 MPEs, sendo que Campinas detém o maior número
de empresas com 43% do total.

O diretor superintendente do
Sebrae-SP, Bruno Caetano, disse que depois do Plano Real,com a criação do
Simples Nacional e com a implantação do Estatuto Nacional da micro e pequena
empresa melhorou muito a  formalização
das MPEs, mas que ainda resta muito a fazer, principalmente nas cidades. “Aqui
na região de Campinas das 22 cidades abrangidas pelo escritório regional do
Sebrae, somente 10 regulamentaram a Lei Geral da micro e pequena empresa e
dessas apenas uma conseguiu tirar a lei do papel”, diz.

A Lei Geral Municipal das Micro e
pequenas Empresas foi criada nas cidades de Amparo, Arthur Nogueira, Campinas,
Jaguariúna, Monte Mor, Paulínia, Pedreira, Socorro; Sumaré, Vinhedo. Delas,
apenas em Amparo ela está implantada. Até o fim de setembro será implantada em
Arthur Nogueira e Jaguariúna.

O Sebrae quer atuar junto ao poder
público para melhorar as condições de empreendedorismo no Brasil, no Estado e
na região de Campinas. “A gente está trabalhando com os 22 prefeitos da região
para que a gente consiga em menor tempo possível ter a Lei Geral da Micro e
Pequena empresa não só regulamentada, mas tirada do papel. Que ela traga
benefícios objetivos aos empresários da região. Se abrir uma empresa na região
de Campinas fique mais simples, mais fácil e mais rápido. Para que haja incentivo,
inclusive tributário para essas empresas buscarem inovação para que as
prefeituras passem a comprar mais das micro e pequenas empresas. Se a lei for
implementada todas as compras que as prefeituras fizerem de até R$ 80 mil podem
ser feitas exclusivamente junto às empresas da região. Isso garante que o
recurso e que o desenvolvimento fique aqui e não se compre produtos em outros
lugares do Estado e mesmo fora do Estado. Isso tem acontecido na região de
Campinas. É importante que as prefeituras comprem mais das empresas daqui,
especialmente das micro e pequenas empresas. Quando a gente conseguir isso, a
gente vai aumentar ainda mais essas taxas de sobrevivência e o faturamento das
MPEs aqui na região de Campinas”, diz.
 
Crédito das fotos – Ricardo Lima

 

 

 

 
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