USO INADEQUADO DE FONES DE OUVIDO PREJUDICAM AUDIÇÃO DE JOVENS

Eles já se tornaram peça
indispensável no guarda-roupa dos jovens. Para todos os lados que olhamos,
dentro do ônibus, metrô, nas ruas ou academias, sempre encontramos, pelo menos,
uma pessoa ouvindo música pelo fone de ouvido. E chama mais atenção, ainda, o
fato de o som estar tão alto, que é possível escutá-lo mesmo por quem está ao
lado.
A Organização Mundial da Saúde alerta
que, pelo menos 5% das perdas auditivas no Brasil são decorrentes do uso
indevido de fones de ouvido, o que equivale a, aproximadamente, 1,5 milhão de
pessoas com perdas irreversíveis de audição, sendo a maioria delas jovens.
Segundo explica a fonoaudióloga da
clínica Pró-Ouvir Siemens Audiologia, de Sorocaba (SP), Dra. Vanessa Fonseca
Gardini, as perdas auditivas, no início, são imperceptíveis, desenvolvendo-se
silenciosa e lentamente, porém de forma irreversível. “Sons de até 58 decibéis
são consideráveis saudáveis, mas estes fones podem atingir até 120 dB, quando
ajustados no volume máximo. Esta potência equivale a uma turbina de avião no
momento da decolagem!”, destaca a especialista.
O ouvido humano, explica Dr. Vanessa,
não suporta a exposição prolongada a esses sons elevados. “Muitas pessoas
passam várias horas do dia com o fone de ouvido perto do volume máximo, pois,
devido à poluição sonora das cidades, o som é regulado cada vez mais alto”,
aponta.
Mais dados apontam que as perdas
auditivas estão acometendo, cada vez mais cedo, a população. Segundo pesquisa
do New York City Department of Health, no EUA, uma em cada quarto pessoas, com
idades entre 18 e 44 anos, declara que sofre com perda auditiva e, desta faixa
etária, 23% confirmam que usam por, pelo menos, cinco dias da semana, durante
quatro horas, o fone de ouvido em volume alto. “Encontramos nos consultórios
jovens, com idades inferiores a 30 anos, mas com perdas auditivas esperadas em
pessoas com mais de 60 anos”, afirma a fonoaudióloga.
Há dois modelos de fones de ouvido no
mercado: os intra-auriculares e aqueles em formato de concha. Segundo explica
Dr. Vanessa, os modelos em formato de concha são os mais indicados, pois evitam
o contato do som diretamente no canal do ouvido, o que aumenta, em até três
vezes, a intensidade do som. “O modelo intra-auricular pode, ainda, causar
retenção de cera, inflamações e até machucar o canal auditivo”, alerta a
especialista.

O modelo concha, detalha a médica,
colabora com o isolamento do som, impedindo que ruídos externos interfiram na
audição e, com isto, o usuário não tenha que aumentar mais o volume.
Entretanto, alerta a fonoaudióloga, qualquer modelo não deve ser utilizado por
períodos muito prolongados. 
Foto 1 – Fonoaudióloga da clínica Pró-Ouvir Siemens Audiologia, de Sorocaba (SP), Dra. Vanessa Fonseca Gardini.
Foto 2 – Jovem utilizando fone de ouvido.
Crédito: Divulgação.

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