CONSELHO CONSULTIVO EM PMEs E EMPRESAS FAMILIARES: É POSSÍVEL?

Marcada por erros e acertos, a trajetória de muitos negócios passa por situações complexas que exigem a tomada de importantes decisões. Isso  ocorre em todos os tipos de empresas, das multinacionais até as PMEs.  Por isso, contar com o parecer de especialistas do mercado pode fazer toda a diferença. É aí que entra o conselho consultivo, prática cada vez mais comum em pequenas e médias empresas que prezam pelas boas práticas de governança corporativa.

Roberto Vilela, consultor empresarial que atua como conselheiro em empresas deste patamar  também em negócios familiares em  sucessão, explica que o conselho consultivo tem três principais funções: aumentar o valor da sociedade/empresa, apoiar na perenidade do negócio e na tomada assertiva de decisões. “O conselho consultivo é diferente do conselho de administração. No primeiro você chama pessoas que sejam especialistas na sua área de atuação ou em administração, gestão e outras competências pertinentes, para dar um parecer sobre o andamento da empresa e as decisões da diretoria. Ou seja: essas pessoas dão suas opiniões de forma transparente e livre de interesses, sem o poder decisório, ao contrário do conselho de administração”, diz.

Para Roberto, é cada vez mais importante que empresas adotem um conselho consistente e coerente que as ajudem a passar por momentos estratégicos. “A sucessão familiar em uma empresa, por exemplo, é um momento delicado que precisa ser realizado com confiança e baseado em informações e estudos assertivos. Outro exemplo é a expansão para outras regiões de atuação, o desenvolvimento de novos produtos e serviços e a própria postura da empresa no mercado. Tudo isso pode ser avaliado pelo conselho, que irá trazer uma visão transparente para apoiar na tomada de decisão”, comenta.

Como implantar um conselho consultivo eficiente

De acordo com o consultor, o primeiro passo é escolher pessoas que tenham know how em áreas ligadas ao negócio. Afinal, estes profissionais precisarão opinar em situações delicadas do negócio e poderão ser cruciais para a realização de uma boa estratégia. “A diretoria irá conhecer diferentes perspectivas e ainda assim terá a liberdade de tomar a decisão que julgue melhor para a própria empresa. No entanto, essa visão especialista pode mudar os rumos e garantir melhores resultados”, afirma.

Outras boas práticas apontadas por Roberto são a definição clara das perspectivas e o compartilhamento de informações estratégicas para garantir a boa atuação do conselho. “Apenas certifique-se de proteger sua propriedade intelectual através de acordos de confidencialidade e não concorrência”, finaliza.

 

Foto: Roberto Vilela, consultor empresarial.

Crédito: Daniel Zimmermann.

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