A IMPORTÂNCIA DO GEORREFERENCIAMENTO NO MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA

01 de dezembro de 2015.
ARTIGO DE EDSON KOJI YAMAGATA
Segundo dados da Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL), a realidade acerca das perdas nas concessionárias é
bem distinta, já que algumas têm mais de 35% e outras possuem menos de 5%. De
qualquer modo, todas as empresas necessitam analisar e gerir suas perdas
técnicas e não técnicas.
Usualmente, as análises de perdas são
feitas através de números e estatísticas. Quando utilizamos gráficos e figuras,
acrescentamos um facilitador visual para esta análise, porém, quando agregamos
mais recursos visuais por meio do uso de ferramentas georreferenciadas, estamos
propiciando uma análise “out of the box”, pensando de forma mais abrangente, a
correlação de fatores que influenciam as perdas.
Recursos visuais favorecem uma
percepção e compreensão mais rápida das interdependências das diversas
variáveis que podem influenciar em uma análise de perdas. Com o uso de
ferramentas georreferenciadas é possível visualizar informações interligadas
que aparentemente não estão relacionadas, mas que dispostas em conjunto, de forma
geográfica, podem revelar sua influência mútua.
Essas análises visuais são factíveis
ao sobrepor camadas na visualização geográfica de diversos fatores, tais como:
regiões onde existem mais perdas globais; locais com predominância de
determinados tipos de equipamentos (ou ausência deles); lugares que existem
mais ocorrências de manutenção de equipamentos; regiões com maior carregamento
dos transformadores e alimentadores; tipificação de consumidores nas regiões;
locais onde ocorrem mais refaturamentos; locais que ocorrem com mais frequência
determinados tipos de solicitações de serviços, entre outros fatores.
A visualização georreferenciada
propicia ações direcionadas para as regiões com mais indícios de problemas.
Dependendo dos critérios a serem avaliados, pode-se chegar, de forma pontual,
em locais específicos de fiscalizações para redução de perdas. A análise visual
é mais rápida, mais interativa e mais fácil de ser, mas deve ter respostas
rápidas na navegação e na utilização de camadas de visualização.
Com o apoio nato da tecnologia, o
mercado de energia pode beneficiar as concessionárias com plataformas baseadas
no sistema GIS (do inglês, Geographical Information System) por
conta da alta performance e da facilidade de visualização de dados geográficos
com informações oriundas da integração de soluções de gestão comercial e gestão
técnica, permitindo uma análise visual cognitiva referente a perdas de energia.
Portanto, do ponto de vista de
processos e inteligência, a coleta de informações georreferenciadas é um
importante aliado no fornecimento e distribuição de energia pelo fato de atuar
de forma importante e eficaz no processo de controle de qualidade. A saúde
financeira e, sobretudo, o cliente, agradecem.
Edson Koji Yamagata é diretor de gestão comercial e sustentação da Sonda
Utilities, divisão de soluções para os setores de energia, saneamento e gás da
Sonda IT, maior integradora latino-americana de soluções de Tecnologia da
Informação.

A Sonda é a maior integradora latino-americana de
serviços e soluções de Tecnologia da Informação (TI). Fundada em 1974, a
companhia tem presença direta em dez países da região, tais como Argentina,
Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai.
Atualmente a empresa opera com 22 mil colaboradores e seu faturamento em 2014
alcançou a marca de US$ 1.447 bilhão. Suas principais áreas de negócios são os
serviços de TI em diferentes modalidades, aplicações e infraestrutura. Sua
cobertura de negócios compreende uma ampla diversidade de indústrias. No
Brasil, a Sonda IT atua desde 1989 e está presente nos principais Estados do
País.
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