ANUÁRIO É REFERÊNCIA PARA EMPRESAS DE CAMPINAS

A terceira edição do anuário de transparência contábil e governança corporativa da Região Administrativa de Campinas (SP) lançado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) seccional Campinas, KPMG – auditores independentes e as faculdades Policamp e FAJ (Faculdade de Jaguariúna) já está servindo de referência para diversas empresas da região de Campinas. O diretor da Policamp, professor José Carlos Pacheco Coimbra, vai além e aposta que o trabalho poderá servir de base para produzir pesquisa, conhecimento e informação. “A partir desse trabalho podem ser desenvolvidos, de uma forma mais profunda, uma série de outros estudos que vão beneficiar muito a nossa região até teses de mestrado podem ser desenvolvidas a partir do que se enxerga nesse material. Os nossos alunos tem a possibilidade de aplicar os seus conhecimentos teóricos em algo palpável”, diz.
O presidente do IBEF Campinas, Saulo Duarte Pinto Jr. disse que o anuário servirá como um  benchmarking para a comunidade de negócios não somente em âmbito regional como também para um grande número de pesquisadores brasileiros servindo como exemplo do respeito às boas normas contábeis, respeito a seus stakeholders e ao meio ambiente.  “Campinas nos últimos dois anos foi a 4ª cidade do Brasil a receber o maior fluxo de investimentos do exterior ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Tudo isso vem de encontro a esses números que a gente procura e que a gente levanta, o que demonstra a pujança da região de Campinas”, diz.
O anuário destaca pontos de aplicação das novas normas contábeis relacionados à preparação e à apresentação das demonstrações financeiras para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011, Foram pesquisadas demonstrações financeiras publicadas de 100 empresas  que estão instaladas na região administrativa de Campinas classificadas como Sociedades de Grande Porte (SGP) e empresas de Pequeno e Médios Portes (PMEs). Os resultados apontam o grau de transparência, de governança corporativa e ações com foco em sustentabilidade  dessas empresas.
O questionário contém 17 questões, sendo duas relacionadas à Governança Corporativa, 14 à Contabilidade e uma à Sustentabilidade. O levantamento demonstrou ganho qualitativo em cerca de 85% das questões que indicam transparência contábil nas Sociedades de Grande Porte e ganho qualitativo de 60% das questões relacionadas às empresas de Pequeno e Médio Porte.
Esta terceira edição do anuário indicou que as sociedades de grande porte , em média, divulgaram aproximadamente o triplo a mais de informações  qualitativas relacionadas à preparação e apresentação das demonstrações financeiras do que uma empresa de pequeno e médio porte. Por outro lado estas mesmas empresas de grande porte estariam divulgando na média cerca de 25% a 30% menos informações qualitativas relacionadas  à preparação e apresentação das demonstrações financeiras se comparado a uma empresa regulada, o que mostra uma oportunidade  significativa para que as empresas aperfeiçoem e invistam em suas práticas de divulgação.
O sócio da KPMG, Jean Paraskevopoulus Neto, disse que a novidade nesta terceira edição é a segregação das empresas pesquisadas por seguimento “A gente percebeu que tinha uma oportunidade de tentar trabalhar com a informação por setor, então identificamos alguns setores mais relevantes como varejo, energia e recursos naturais, serviços, construção e automotivo e a gente teve a oportunidade de calcular esses índices financeiros mostrando por setor. Esse ano nós tivemos a oportunidade e foi um desafio para o grupo calcular por índices onde pudesse fazer uma análise qualitativa do resultado dessas empresas. Eles mostram a saúde financeira da empresa em relação a sua liquidez, sua capacidade de pagar dívidas, índice de retorno de capital e de retorno de ativos ”, explica.
O setor que apresentou os melhores índices de liquidez foi o de Bens Industriais, com acréscimo de 13% na faixa acima de 3 (nível máximo de liquidez conforme o indicador elaborado pela pesquisa). Também com melhora no índice, estão Comunicação e Mídia – que não registrou empresas com liquidez abaixo do nível 1, e o farmacêutico, com migração de 33% da categoria entre 1 e 1,9 para 2,0 e 2,9.
O setor de Serviços contemplou crescimento de 60% na geração bruta de caixa, o dobro do segundo colocado, o Varejo. Enquanto Energia e Recursos Naturais apresentou o pior desempenho, com 11% menos que em 2010. Em geral, houve um crescimento de 13% entre 2011 e 2012 do EBTDA do conjunto das empresas pesquisadas, substancialmente nas empresas de grande porte. Os setores com melhor desempenho foram os de Serviços e Varejo; e, com pior, Bens Industriais e Energia e Recursos Naturais.
O Anuário evidenciou também que o resultado líquido das empresas pesquisadas apresentou redução de 14% no período, atingindo cerca de R$ 21 bilhões em 2011. Já o patrimônio aumentou em 5%: de R$ 143 bilhões em 2010 a R$ 151 bilhões em 2011. Os ativos das pesquisadas crescerem 7% entre 2010 (R$ 333 bilhões) e 2011 (R$ 357 bilhões). As receitas acumuladas também apresentaram crescimento em 2011, ultrapassando R$ 294 bilhões, contra R$ 265 bilhões relativos a 2010.
Os projetos sócioambientais apoiados ou mantidos pelas empresas ficaram concentrados em iniciativas de preservação do meio ambiente, cultura e esporte. Em 2011, 10% dos gastos com projetos sócioambientais ficaram na faixa de até R$ 150 mil; 2%, na faixa de R$ 151 até 500 mil; e 7%, acima de R$ 500 mil.
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