BALANÇA COMERCIAL DAS ASSOCIADAS AO CIESP CAMPINAS DEVE AMPLIAR DÉFICIT

09 de dezembro de 2014.
O saldo da balança
comercial do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) regional
Campinas revelou que no acumulado do ano até outubro de 2014, resultou em um
déficit de US$ 7 bilhões, uma variação negativa de 3,9% em comparação ao mesmo
período de 2013. Já o saldo mensal foi deficitário em US$ 800 milhões, 0,1%
inferior ao verificado em outubro de 2013. O acumulado das exportações foi de
US$ 2,8 bilhões, com taxa de variação negativa em 6,2% em relação ao acumulado
até outubro de 2013. Já o valor das importações foi de US$ 9,8 bilhões com taxa
de variação em 0% em comparação com o mesmo período do ano passado. As
exportações da região no mês de outubro deste ano, quando comparadas a outubro
de 2013, diminuíram em 9,4%, atingindo o valor de US$ 300 milhões, e as
importações foram reduzidas em 2,6%, apresentando o valor de US$ 1,1 bilhão.

Segundo o diretor do
Departamento de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, 22% dos
produtos industrializados  consumidos no
país são oriundos de importações. “Isso ocorre porque as nossas indústrias aqui
não estão conseguindo atender ao mercado por falta de competitividade”, afirma.

Anselmo Riso disse
ainda que as exportações do Ciesp Campinas eram direcionadas para o mercado
argentino que correspondia a 30% do volume das exportações. Com a queda do
mercado argentino em consequência da crise econômica naquele país houve uma
forte retração  nas exportações,
principalmente  no setor automotivo e autopeças,
que representavam 40% desse volume exportador e hoje caiu para 17%. “As
indústrias vem buscando novos mercados como Equador, Peru, Chile e até México,
mas nós como já prognosticávamos em função da política nacional brasileira de
não estabelecer acordos comerciais com esses países mais desenvolvidos e ficarmos
muito atrelados às práticas comerciais do Mercosul, estamos chegando tarde
nesses mercados. Mesmo com o pequeno crescimento que a gente está tendo para
esses países ainda não compensou os volumes que perdemos para o mercado
argentino”, justificou.

De acordo com o diretor
de comércio exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, as perspectivas para 2015
são bastante negativas, principalmente para o primeiro trimestre. Ele lembrou
ainda que a entidade sempre lutou por um dólar maior frente ao Real para tornar
as exportações mais competitivas no mercado internacional, MS neste momento
isso é um problema. “Agente sempre procurou ter um dólar que compensasse, mas
não na situação dos patamares que chegamos com a falta de competitividade,
então nesse momento mesmo com o dólar crescendo não vai compensar os problemas
que nós estamos tendo, pelo contrário, o dólar nesse patamar vai gerar mais
inflação”, concluiu.

Foto: Diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.

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