CAMPINAS SEDIA CONGRESSO DAS ASSOCIAÇÕES PARKINSON DO BRASIL

A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que cerca de 0,1% da população mundial tem a doença de Parkinson. O Ministério da Saúde informa que no Brasil são 200 mil pessoas com a doença. No Estado de São Paulo com uma população de 45 milhões de habitantes, a estimativa é de que a doença atinge 45 mil pessoas. A maior preocupação é que a doença que normalmente atinge pessoas a partir dos 70 anos está crescendo nas faixas mais jovens nos últimos anos. direção acpIMG_1689

A Associação Campinas Parkinson (ACP), que existe há 10 anos, realiza o 9º Congresso das Associações Parkinson do Brasil, desta quarta feira (25/10) até sexta feira (27/10), no Centro de Convenções da Unicamp, Auditório do Centro de Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC), que fica na  Rua Elis Regina, 131, na Cidade Universitária, em Barão Geraldo, em Campinas, SP. A previsão da organização é de que 30 associações Parkinson de todo o país estejam presentes no congresso em Campinas. Durante os três dias do evento serão realizadas palestras envolvendo especialistas de diversas áreas da saúde, atividades culturais, dança, música e exposições artísticas. O congresso teve início, nesta quarta feira (25/10), às 15h30, com a presença de  representantes de entidades públicas e privadas e das associações Parkinson. Na sequência acontecem as apresentações virtuais das exposições do artista plástico Alcides Maiorino Filho e do fotógrafo e botânico George John Shepherd, ambos com a doença de Parkinson. Na programação de abertura do congresso, às 17 horas, o cantor, compositor e pianista, Eduardo Dussek, que tem Parkinson, apresentará a sua palestra musical, Park Avenue. Em 2017, Dussek comemora 40 anos de sua primeira gravação.

O presidente da Associação Campinas Parkinson, Omar Abel Rodrigues, portador de Parkinson há 17 anos, explica que o congresso é uma grande oportunidade para divulgar informações sobre a doença. “O congresso vai ser muito informativo e diversificado colocando em discussão todas as dificuldades, as novidades em termos de medicamento, mas principalmente quebrar esse preconceito através de informações sobre a doença porque no fundo o que a gente procura fazer através da ACP é um trabalho de inclusão social porque o Parkinsoniano tem sintomas dos quais ele se envergonha, como o temor, por exemplo. Ele treme e fica com vergonha de sair. Ele se esconde e fica perdido. O grande objetivo da associação é tirar essa pessoa de casa e trazê-la de volta à sociedade e que pode ter uma vida boa apesar da doença”, diz. medica ACPIMG_1777

A ACP defende uma bandeira junto com outras associações nacionais pelo direito do parkinsoniano a igualdade na aposentadoria com acréscimo de 25%, como já ocorre com os portadores de outras doenças incapacitantes. Outra questão é de que a pessoa que tenha se aposentado e que após a aposentadoria tenha adquirido a doença possa ingressar com uma requisição de acréscimo de 25% sobre o valor da aposentadoria para arcar com os custos do tratamento. Os parkinsonianos querem a alteração na Lei 8213, de 24 de julho de 1991, que dispõe em seu artigo 45, que o valor de aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar de assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%. Segundo a ACP, aqueles que se aposentam por tempo de serviço ou por idade e que adquirem a doença de Parkinson após a aposentadoria não tem esse acréscimo. Muitas pessoas tem ingressado na justiça de forma individual e tem ganho a causa. Segundo o advogado Bernardo Gonçalves, está tramitando no Congresso Nacional desde 2011 e com um adendo em 2012 que está tentando modificar o texto original da Lei para incluir obrigatoriamente quem não é aposentado por invalidez e venha a adquirir o Parkinson possa incluir os 25% para o tratamento.

A médica neurologista e fundadora da ACP, Elizabeth Quaglio, revela as características de quem tem a doença. “Parkinsoniano é quem tem os sintomas clássicos da doença que são tremor, lentidão, rigidez e alteração do equilíbrio. Isso caracteriza a fase que nós chamamos de motora da doença, que é a fase mais conhecida e visível”, diz.

Foto 1 – Equipe responsável pela organização do congresso em Campinas.

Foto 2 – Médica neurologista e fundadora da ACP, Elizabeth Quaglio.

Crédito: Roncon e Graça Comunicações

 

Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

PODCAST PANORAMA DE NEGÓCIOS MOSTRA SOBRE A ATUAÇÃO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

O Podcast Panorama de Negócios vai abordar neste episódio sobre a indústria da Construção Civil. …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn