COLUNA DA PROFESSORA ELINE RASERA

EMPRESA FAMILIAR –
POR QUE É TÃO DIFÍCIL MUDAR?
Eline
Rasera
Hoje, li a seguinte frase… “A
mudança não é uma quebra de fluxo da nossa vida, é o fluxo em si mesmo… é o
movimento que dá vida e movimento é mudança por definição” (autor
desconhecido).
Definição é a lógica, é o sentido
correto das coisas. Então por que é tão complicado, temeroso e às vezes
impossível realizar mudanças que podem trazer excelentes resultados? Somos
seres humanos cientes, conscientes, nós queremos ser felizes, mas sair da zona
de conforto…
Gostamos do que é familiar,
conhecido, e que por conseqüência, podemos controlar. Talvez pela própria
sobrevivência. Preservar, conservar, resguardar, manter a espécie humana. Faz
sentido? Creio que sim, pelo menos explica a teoria de Maslow (Hierarquia das Necessidades)
– na pirâmide, a segurança como sendo a segunda maior necessidade dos seres
humanos (a primeira fica por conta das necessidades fisiológicas).
Mas quando essa busca por segurança
impede o desenvolvimento e crescimento de pessoas, empresas e sociedade?
Por que não escolher e definir novas
modalidades para velhas coisas? Por que mover e remover o antigo na busca
frenética pelo novo?
Medo de perder o controle, o poder e
o já conquistado. Pessoas e empresas, e os mesmos, antigos e já conhecidos
procedimentos, gestão e processos.
Surgem os problemas impactando
visivelmente os lucros. Tem-se certa visão das causas e também de soluções para
elas. Mas é necessário mudar, investigar, diagnosticar, propor soluções. Talvez
até trocar, substituir.
É comum ouvirmos: “Mas sempre fizemos
assim… desde quando começamos… e foi assim que chegamos até aqui”. Essa é a
sentença de morte. “Sobrevivemos, e pela manutenção da espécie, continuaremos
assim”.
É natural o temor (racional) por
riscos, mas sem mudança, também se morre! Precisamos nos adaptar para
sobreviver, é o processo da Seleção Natural (Darwin).
Empresas familiares com bons
resultados financeiros e produtos de qualidade que, ao se depararem com
problemas, sejam de produtos, processos ou pessoas e que não optam por novas
intervenções, podem ser extintas do mercado. Por que são familiares? Não! Por
causa do movimento do mundo, da tecnologia, da consciência do sustentável, das
pessoas e do planeta. Por não se adequarem, por não efetuarem mudanças e por
não se adaptarem a um mundo de grandes transformações.
Buscar novas informações, novas
tecnologias, implantar a gestão do conhecimento, pede certo investimento. 
Muitos temem custo, outros temem o que desconhecem e outros, temem o próprio
sucesso.
Efetuar mudanças não é somente
implantar algo para cumprir determinadas legislações. Não adianta ter Programas
de Qualidade – ISO, Programas de Meritocracia, Avaliações de Performance,
tecnologia de ponta e outros, se não houver cultura na empresa para o novo.
Empresas, de produtos ou serviços,
que não se modificam e se modernizam, não atraem profissionais de alta
performance, não se tornam competitivas, não vendem.
A mudança e o crescimento são aliados
do sucesso.
“A mudança não é uma alteração das
condições e circunstancias das nossas vidas, é a condição e circunstância das
nossas vidas” (méritos ao autor desconhecido).

Eline Rasera, psicóloga, coach e professora do
curso de Pós-graduação em Administração de Empresas da IBE-FGV.
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