COLUNA DA TANTAS COMUNICAÇÃO COM RENATA ROSA

24 de setembro de 2014.
O medo das más
notícias
Renata Rosa
Confesso que estou com medo. Por
várias razões sempre fui destemida e minha fé me permite viver uma vida sem
medos. Ok. Meus irmãos e primos não passariam por esta leitura sem me chamar de
pata-choca. Mas, vamos combinar: medrosa é uma coisa, pata-choca é outra!
Principalmente por causa da profissão
estou sempre antenada nas notícias. E hoje, me diga, quem consegue se desligar
da informação? Ela está sempre em algum lugar, à espreita, pronta para nos
atingir em cheio, sedutora que só ela. Estou até ficando cansada dessa
perseguição. Não há um só lugar em que eu não a veja e, infelizmente, ela
sempre vem trazendo mais notícia má do que coisa boa.
E eu não estou gostando dessa nova
onda de notícia ruim, principalmente com relação ao aumento da violência e
criminalidade. Parece que vivemos em uma terra sem lei, onde tudo pode ser
resolvido na base da força. E com a velocidade da informação, basta um novo
caso, uma nova ocorrência e lá vem ela, correndo ao nosso encontro.
Se antes eu adorava caminhar ao
escurecer, correr na rua com as crianças, deixar os filhos livres para brincar,
andar de bicicleta, soltar pipa e bater bola com os amigos da vizinhança com o
portão destrancado para o vaivém, agora não dá mais, nem na pequena Nova Odessa
onde moro, cidadezinha no interior paulista.
Especialistas já estão dizendo que há
coisa de uma década a criminalidade era creditada às diferenças sociais e
desigualdade de classes, mas hoje ela vem ocorrendo de forma gratuita, o que
eles chamam de violência sem causa. E não é?
O assaltante mata mesmo depois de ter
levado tudo da vítima, o professor é morto porque dá nota baixa, a mãe apanha
do filho porque “pega muito no pé”, o filho pequeno é surrado até a morte
porque dá muito trabalho. É de caráter patológico.
Recentemente o criminalista Mariz de
Oliveira concedeu uma entrevista dizendo que o combate ao terror que tem se
espalhado, não pode se limitar à cadeia, pedir mais polícia, diminuição da
maioridade ou pena de morte. É necessário um discurso sobre as causas sociais,
éticas, morais, sociológicas e psiquiátricas, sob pena de vivermos cada vez
mais reféns da insegurança e do temor do crime.
É de arrepiar e embora a fé nos
permita prosseguir, é preciso tomar cuidados. Meu filho mais velho vai prestar
vestibular para USP este ano. E hoje eu fiquei ainda mais preocupada. Não quero
passar pelo que os pais do garoto Victor Hugo dos Santos estão passando hoje e
outros tantos já vivenciaram.
A Tantas
Comunicação é dirigida pelos jornalistas Juliana Freitas e Alberto Augusto e
elabora estratégias de comunicação integradas destinadas ao fortalecimento da
imagem e da credibilidade das organizações junto aos seus públicos. A Tantas
Comunicação conta com uma equipe de jornalistas e designers especializada
em comunicação empresarial, o que engloba os serviços de Assessoria de
Imprensa, Publicações Customizadas, Comunicação Interna, Monitoramento de Redes
Sociais e Conteúdo Web. Saiba mais: www.tantas.com.br
Renata
Rosa, assessora de comunicação da Tantas Comunicação, é jornalista, com ampla
experiência em assessoria de imprensa em órgãos públicos e privados.
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