COLUNA DO JORNALISTA VIEIRA JUNIOR

07 de agosto de 2014.
Tecnologia,
inovação e geração de valor.
Vieira
Junior
A utilização da
tecnologia como ferramenta estratégica para a sobrevivência dos negócios é algo
que tem se tornado cada vez mais comum desde o final da década de 1990, quando
algumas instituições começaram a investir em páginas na internet para as suas marcas.
O fato é que a movimentação não aconteceu por acaso e tem muito a ver com a
grande mudança de comportamento ocorrida com os consumidores.
Há algumas décadas,
garantir vendas era oferecer bons preços e qualidade nos produtos. As empresas
se esforçavam para fazer isso e, na maioria das vezes, conseguiam, sob pena de
perder negócios caso isso não acontecesse. A tarefa era proporcionalmente mais
simples, tendo em vista que a preocupação era divida em um ou dois focos. Se o
cliente queria qualidade e bom preço, bastava então garantir bons fornecedores
e negociações. Assim, os clientes iriam se fidelizar e a sobrevivência do
negócio estaria garantida.
Contudo, com a
chegada da economia globalizada e o acesso a novas informações e tecnologias, o
mundo mudou e os negócios, como também os consumidores, entraram nessa onda.
Atualmente, os clientes demandam muito mais do que qualidade e preço baixo,
querem também se sentir únicos dentro de um negócio, serem bem atendidos e
ouvidos a todo instante. Os compradores demandam praticidade e soluções de
média dificuldade sem sair de casa para aproveitar melhor a família e os
amigos. Filas? Nem pensar! As contas são pagas pela internet e tudo que toma
tempo é feito pela tela do computador. O empresário que consegue perceber e
pratica essas iniciativas entrega mais que simples produtos aos seus clientes,
gera valor à sua marca e ao seu negócio.
Segundo pesquisa
feita pela E-bit, o novo consumidor movimenta cerca de R$ 760 bilhões por ano,
representa 90% da população, 76% do consumo e 69% dos cartões
de credito. Além disso, 86% é
formado por internautas. O levantamento ainda revela que o cliente do século
XXI busca inclusão, pertencimento, vantagens e razões concretas, além de ser
fiel, mais solidário, ter orgulho do desconto e prazer em oferecer.
Com maior poder, o
consumidor tende a ficar ainda mais exigente. Será possível? Sim. Alguns chamam
isso de “infantilização”, mas o fato é que se o negócio não fizer o que o
comprador quer, outro fará. De acordo com o estudo, os consumidores vão
desejar, gradativamente, melhores produtos, governos e qualidade de vida, além
de estar disposto a pagar mais, desde que o produto ou serviço valha a pena.
Uma das conclusões principais de
outro levantamento feito também pela E-bit no final de 2013 é de que houve uma
mudança na percepção do brasileiro. O bom atendimento agora é um quesito básico
e não mais diferencial. Este cenário apresenta um mar de desafios para as
organizações em busca da competitividade e de diferenciais para a sobrevivência
de seus negócios. A teoria das Cinco Forças, de Michael Porter, estudada
religiosamente nos cursos de administração, nunca esteve tão presente no dia a
dia dos negócios. O poder de negociação dos clientes acirra a rivalidade
entre os concorrentes, que devem buscar a excelência de seus produtos
através de bons fornecedores e inovação, impedindo, assim, que nossos produtos
e negócios surjam para e afoguem as suas atividades. De todas essas
características “vitais” a um negócio, destaco a inovação. O diferente deverá
ditar a sobrevivência dos negócios e a presença de clientes nos próximos anos
em qualquer ramo de atividade, sendo que a internet é um dos campos mais
férteis para que as ideias se proliferem, cresçam, e ganhem o mundo, embora não
seja o único.
Vieira Junior,
jornalista, pós-graduando em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio
Vargas (IBE-FGV)
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