COLUNA DO JORNALISTA VIEIRA JUNIOR

Uma boa notícia
Vieira Junior
Na última semana, a Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel) proporcionou uma boa notícia para os usuários de
celular no brasil. O ente regulador aprovou uma proposta para reduzir os
valores das ligações entre operadoras diferentes.  Ainda que tardia, a
proposta vem para aliviar os bolsos dos brasileiros e trazer para o país com
ligação mais cara do mundo, no mínimo, o respeito aos consumidores.
Por incrível que pareça fazer uma
ligação de celular no Brasil não é tarefa fácil. Em tempos de alta tecnologia,
a primeira preocupação continua sendo a qualidade. Tim, Oi, Vivo, Claro…
Todas as operadoras são falhas no quesito alcance, por mais que se autodefendam
como “Sem Fronteiras”, “Pega Bem”, entre outras campanhas bonitinhas de
publicidade. Em seguida, vem outro problema: a operadora de quem vai receber a
chamada. Se for da mesma empresa, que alívio! Geralmente as promoções são
favoráveis e até é possível pagar menos e falar um pouco mais. Mas quem nunca
teve que pagar o valor de duas, três ou quatro ligações só porque a chamada não
parava de cair? Ou deixou de ligar para alguém só porque a operadora era
diferente?  E tudo isso pagando mais caro e recebendo o pior serviço.
Com a medida, a Anatel espera que os
preços das ligações entre operadoras diferentes fiquem mais próximos dos preços
cobrados para chamadas entre usuários da mesma empresa. Assim, o consumidor não
precisará de vários aparelhos celulares ou vários chips em um mesmo celular
para realizar chamadas para outras operadoras.  Segundo
a Anatel, o Brasil fechou 2013 com 271,10 milhões de linhas de telefonia móvel
ativas, mesmo com o país tendo 200 milhões de habitantes.
O brasileiro gosta de
ter mais do que um celular? Pode ser que em alguns casos sim, mas não para a
maioria. Na verdade, é preciso ter as quatro para que possam valer por uma. A
proposta a Anatel é básica, já deveria ter acontecido há muito tempo, mas é bem
vinda. Fica questionamento de quando o ente regulador terá coragem de enfrentar
as companhias ara exigir, também, a qualidade que países com tarifas altas
possuem. A desculpa de falta de recursos para investimento não servirá. As
operadoras ainda terão até 2019 para explorar os atuais preços e baixar as
tarifas, mas já é um começo.
Vieira
Junior, jornalista, pós-graduando em Administração de Empresas pela Fundação
Getúlio Vargas

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