COLUNA DO PROFESSOR PAULO GRANDI

O Brasil pode parar durante a Copa?
Paulo Grandi
Copa do mundo as
vésperas de eleições presidenciais, estímulo de ida às ruas, cenário econômico
menos favorável e perdas salariais, pode ser uma receita explosiva para
movimentos de paralisação.
O Brasil está passando
por um momento econômico delicado, mas permanece o discurso de crescimento e
desenvolvimento. Seremos sede de grandes eventos internacionais e é natural que
os trabalhadores queiram uma parte disso. Em ano eleitoral, rodeado por tensões inflacionárias com
perdas salariais, é natural que
haja toda essa movimentação.
Essa conjuntura
econômica não foi criada pela Copa. Um levante total dos trabalhadores para
bloquear a realização da Copa é claramente um exagero. Acredito fortemente que
acordos com trabalhadores e servidores de segmentos cruciais como transporte e
segurança devem impedir um travamento total do país durante a Copa.
Movimentos parecidos,
como por exemplo, a greve dos motoristas de ônibus de Londres um pouco antes da
abertura dos Jogos Olímpicos de 2012 e os tumultos gerados por diversos setores
durante a Copa da África do Sul em 2010, não prejudicaram significativamente a
realização desses megaeventos, mas houve necessidade de soluções emergenciais
em cada uma dessas ocasiões.
No Brasil, greves e
discussões em diferentes pontos do Brasil na reta final para a Copa podem ser uma estratégia dos trabalhadores
para aumentar a pressão sobre empresas e governo.
O fato é que diversas
categorias, como a dos trabalhadores de restaurantes hotelaria e turismo, os
vigilantes, os trabalhadores da construção civil, os metroviários, os
rodoviários, os aeroviários, os aeronautas, os motoristas e cobradores de
ônibus, os taxistas, os moto boys, têm suas datas-base nos próximos meses, o
que aumenta a probabilidade de greves.
Não podemos
desconsiderar o componente de oportunismo existente, mas isso não é
determinante. A última instancia é o mecanismo da greve, mas a negociação deve
prevalecer.
Paulo
Augusto Grandi é especialista em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio
Vargas e Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade de Caxias do
Sul. Atualmente está cursando Mestrado em Gestão de Negócios Internacionais
pela Ohio University. È diretor da Semeq Inc, professor do FGV Management e Diretor
da GForte Incorporações. ​ 

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