COLUNA DO PROFESSOR SERGIO MIORIN

Gestão de Pessoas X
Qualidade
Sergio Miorin
O mercado atual exige das
organizações uma gestão de alta performance. A competição global, a
volatilidade do mercado consumidor e a evolução tecnológica são fatores que
obrigam as empresas a buscar máxima eficiência das pessoas.

As abordagens integradas ao escopo da sustentabilidade no processo estão
intimamente ligadas a uma abordagem “social”, uma vez que todas as diretrizes
organizacionais contemporâneas contemplam o “ser humano” como o principal
agente na garantia da competitividade a longo prazo, não esquecendo de que a
compreensão da informação, a confiabilidade, a pró-atividade, o comprometimento
são características próprias do “humano”.
 O responsável pela qualidade tem por desafio estabelecer um
diálogo entre “interfaces” homem-processo na obtenção de resultados eficientes.
Os departamentos estão incumbidos de desenvolver a qualidade, tais como
os de produção, compras, logística, comercial e etc.. Engana-se quem acha que
essa tarefa é de incumbência do “departamento de qualidade”. Este ajuda o
processo de uma forma macro. Nos dias atuais, as grandes empresas trabalham com
autocontrole – pessoas que garantam a qualidade – e com processos robustos.
A qualidade hoje é sobrevivência e não diferencial dentro das
organizações, e, para que ela exista, o fator humano é fundamental para a sua
melhoria e eficiência.
É fundamental que a comunicação contemple as necessidades tanto do
processo quanto dos colaboradores.
Baseado nesse cenário, desenvolver
habilidades de comunicação, inteligência emocional, relacionamento
interpessoal, motivação, inovação e principalmente mudança, é a única certeza
que teremos na competitividade do mercado.
Quanto mais os recursos pessoais
forem desenvolvidos com foco na gestão da qualidade, maior a possibilidade de
sucesso. O conhecimento passou a ser diferencial nas organizações, e a
importância do entendimento numa visão macro da nova tendência corporativa
direcionada para gestão de pessoas e qualidade é cada vez mais comum dentro das
organizações.

O fator humano é visto como fator
competitivo no mercado. O capital humano é diferencial, sinônimo de vantagem
competitiva. O mundo corporativo procura pessoas com habilidades para
desenvolver suas próprias competências.

O trabalho de gestão do conhecimento
dentro da gestão da qualidade, numa visão de melhoria de competitividade, é
norteada por conceitos como mapear o conhecimento (competências individuais)
existente nas organizações.

Espera-se que um bom gestor, dentre
outros:

– facilite e estimule a explicitação
do conhecimento dos colaboradores;

– atraia e selecione pessoas com as
requeridas competências, habilidades e atitudes para estímulo à criatividade e
ao aprendizado dentro das organizações;

– equilibre trabalho em equipe e
trabalho individual, considerando a multidisciplinaridade;
– obtenha melhorias na gestão da
qualidade, através da implantação de programas objetivados a resultados,
melhorando a produtividade e eficiência dos processos.

Quando desenvolvemos conceitos de
gestão de pessoas na área de gestão da qualidade, estabelecendo ganhos
significativos no desempenho das organizações frente aos concorrentes,
garantimos assim que a constância na inovação das tecnologias internas seja
resultante de sistemas integradores da tridimensionalidade que a gestão da
qualidade possui, e dessa forma sendo potencializadores da competência
organizacional.
De uma forma específica, poderíamos
analisar:
a)    como a contribuição dos colaboradores no processo influencia as
atividades da qualidade;
b)    possíveis contribuições para agregar valor ao processo, quando as
atividades pertinentes à gestão humana são estabelecidas como ponto estratégico
na sustentabilidade da organização, abordando a gestão da qualidade;
c)    desenvolver uma avaliação dos diferenciais entre as instituições cuja
abordagem possui delimitações humanistas, foco em geração de conhecimento, e
diferenciais de produto e serviço, cuja especificidade de gestão esteja
parametrizada em qualidade e resultados.

Na verdade, as pessoas fazem a
diferença e, desse modo, precisamos investir no capital humano sempre, pois
quem faz as grandes corporações prosperarem e terem lucros acima da média são
as pessoas.
      

Sergio
Henrique Miorin, professor de Gestão de Pessoas nos cursos de MBA e
Pós-graduação da IBE-FGV e diretor geral da SM Consultoria, Treinamentos e
Palestras.

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