COMUNICAR BEM: UM DESAFIO PARA MUITOS

ARTIGO DO JORNALISTA MAIKO MAGALHÃES

Pode não ser um slogan premiado e não fazer frente a um escrito de Xenofonte. Mas, sem dúvida, a frase “Servir bem para servir sempre”, que as padarias de todo o Brasil trataram de viralizar ao longo de décadas nos sacos de pão, é um fio de meada para esta conversa sobre comunicação.

Este viral da panificação carrega em suas cinco palavrinhas um quê de sabedoria. É mais ou menos como dizer que quem tem um método eficiente de produção, excelência profissional em seus quadros, que preza por boas práticas para ter o bom produto e atende com distinção o cliente, tem tudo para fidelizar o público que vai se encarregar de viralizar a reputação da padoca.

Saindo do forno da padaria para a mídia tradicional, alcançando as redes sociais e trazendo situações a que muitos profissionais são submetidos no dia a dia, seja expondo ideias em uma reunião presencial, seja participando de uma live ou de um encontro virtual e mesmo conversando com clientes, “comunicar bem para comunicar sempre” é algo que ultrapassa os limites do problema para se tornar desafio.

Frente a frente com o desafio da comunicação, não são poucos os profissionais que experimentam a timidez, o embaraço diante das novas ferramentas e tecnologias e tantas outras “dores” capazes de impactar negócios e performance.

Da mesma forma que se pode tentar, errar, tentar novamente e mais uma vez até ter um pão que faça jus de ser colocado no saquinho “Servir bem para servir sempre”, é possível treinar, corrigir, treinar outra vez para “comunicar bem”.

Houve um tempo em que o media training agregava o treinamento de comunicação. O exercício, naquela época, capacitava o profissional, representante de uma empresa, para falar com a mídia tradicional.

Mas o treinamento de comunicação mudou, tanto em conceito quanto em conteúdo e também em propósito.

Ainda fiel à comunicação de forma clara, rápida e objetiva, o treinamento considera que não só a voz, mas também o corpo falam. Por isso, há uma atenção cada vez maior aos detalhes. O dress code adequado para determinada ocasião, o comportamento do profissional, a valorização de seu estilo, tudo isso e muito mais, são aspectos considerados e bastante desejáveis na comunicação.

Mesmo quem não sofre a “dor” da timidez precisa saber que discursos elaborados, porém carentes de embasamento, tendem a encontrar seu lugar no vazio dos veículos de comunicação, das redes e dos interlocutores mais próximos.

Neste ponto, o profissional de comunicação tem a responsabilidade de buscar dados, estatísticas e avaliações para construir argumentos que interessem à mídia em geral. Informações embasadas têm o poder de escantear o “achismo” para dar às análises criteriosas um lugar de honra na mídia.

Um último aspecto que vale a pena ser discutido é a “saúde comunicativa” das corporações.

Muitas vezes, departamentos, agências de marketing e profissionais terceirizados, responsáveis pela conexão da empresa com as mídias e as redes sociais, tendem a se encaminhar para uma zona de conforto nada benéfica para imagem e negócios.

Para evitar os efeitos colaterais de uma comunicação ineficiente, é recomendável que as organizações façam, de tempos em tempos, um check-up que permita reavaliar suas estratégias.

Nesses momentos, a expertise de uma consultoria de comunicação é capaz de diagnosticar problemas, apontar caminhos diferentes, apresentar ferramentas e compartilhar uma ótica renovada para oportunidades que estejam passando despercebidas.

“Comunicar bem”, como se vê, é sempre um processo minucioso que requer evolução constante, muita disposição para vencer desafios e adaptar-se ao presente e ao futuro das tecnologias, empenho na avaliação da saúde comunicativa e humanidade para interagir com os mais diferentes públicos e interlocutores.

 

Maiko Magalhães é formado em jornalismo, especializado em marketing, política, mídias digitais e comunicação corporativa. Como empresário, atua em assessoria de imprensa, produção audiovisual e direcionamento de comunicação.

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