DIRETOR DO CIESP CAMPINAS CRITICA DURAMENTE GOVERNOS

O diretor titular do Centro das Indústrias do
Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas, José Nunes Filho, criticou
duramente os governos Federal e do Estado de São Paulo, que segundo ele não
tomaram medidas necessárias para que evitassem danos a população de São Paulo e
ao país devido à escassez  de recursos
hídricos diante da mais grave estiagem já registrada na região sudeste do país,
mais especificamente no sistema Cantareira em São Paulo. 
José Nunes também disse que o aumento do
custo da energia elétrica para 2015 é uma forma de cobrir a liberação de
recursos do Governo Federal feito recentemente para as concessionárias de
energia elétrica para não quebrá-las. Isso ocorreu devido ao uso maior das
usinas termelétricas como forma de suprir a redução dos reservatórios das
usinas hidrelétricas. Dessa forma os custos vão ser repassados para a população
brasileira. José Nunes Filho enfatizou que os atuais governantes tentaram
minimizar esses impactos pelo fato de ser um ano eleitoral.  “Os governantes brasileiros tem que ter a
coragem de tomar medidas impopulares quando essas medidas são para o bem da
população brasileira e do país, mesmo que seja ano eleitoral. Infelizmente eles
não tem essa coragem. Eles são covardes”, 
disse. Dessa forma o diretor do Ciesp Campinas , José Nunes Filho
manifestou o que os empresários sentem diante das incertezas sobre os rumos da
economia face a um represamento de preços e de estatísticas que mascaram a real
situação da inflação no país que poderiam ser contornadas com a redução do
gasto público.
Com relação à posição do Governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, em admitir a necessidade de racionamento de água, José Nunes Filho,
considerou que a decisão foi tardia demais, uma vez que o nível do sistema
Cantareira chegou abaixo de 12%. “A desgraça que foi feita já está feita não
tem retorno. Devia ter visto isso em agosto ou setembro do ano passado. Em
dezembro quando o nível do Cantareira já estava com 24% que era crítico e não
chovia devia ter feito o racionamento. Nós podíamos esta hoje com 28% ou 30% de
reserva, talvez até mais porque a partir do momento em que você faz um
racionamento vai se gastar o mínimo possível para não gastar toda a água da
caixa d’água. É uma forma de forçar a educação no uso racional da água. Não tem
nada de impopular nisso”, diz.
José Nunes Filho também não poupou críticas à
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que não teve
capacidade de gerenciamento do sistema Cantareira ocasionando hoje reflexos
para a região de Campinas. “Esse reservatório não vai se recompor como ele vai
se decompor mais ainda e para nós é triste porque condena a nossa região a
subdesenvolvimento porque nós somos a bacia doadora, são os nossos rios que
estão sendo represados e foi a nossa água que foi desbaratada em São Paulo por
falta de racionamento, por desperdício da Sabesp , por falta de gerenciamento
da Sabesp, que desperdiça mais de 25% na distribuição e por falta da Sabesp não
ter cumprido as contrapartidas da outorga”, destacou.
O diretor titular do Ciesp Campinas acusou o
governador Geraldo Alckmin de não ter feito os investimentos que deveriam ter
sido feitos. “Essa represa que o governador quer fazer em Amparo e em Pedreira
agora e que ele está dizendo que em três anos faz é importante ressaltar que
dois anos demora só para fazer um EIA-RIMA, que consiste em estudo e relatório
de impacto ambiental, depois tem que fazer desapropriações. São coisas
demoradas. Tem ações na justiça que são colocadas. Muitos prefeitos são contra
essas represas que vão inundar a maior parte de suas terras produtivas, então é
um negócio a longo prazo. Não tem nada que possa ser feito para salvar 2015”,
declarou.
O diretor titular do Ciesp Campinas também
criticou as medidas populares eleitoreiras do Governo Federal em represar
preços controlados pelo Estado envolvendo o aumento do preço dos combustíveis,
como a gasolina; dos transportes públicos e da energia elétrica. Para ele todos
esses preços em 2015 vão cair na real e na verdade os custos de produção
verificados hoje não são a realidade do país. “Todas as termelétricas estão
ligadas e ligadas há mais de um ano a custos elevadíssimos que não estão
repassados e vão ser repassados em 2015, então nós coremos o risco de apagão e
vamos com certeza pagar energia muito cara em 2015. Você soma isso às outras
medidas populares, porém eleitoreiras que foram tomadas de represar preços
controlados pelo governo, vamos ter um 2015 muito difícil”, diz.

Com relação à inflação, o diretor titular do
Ciesp Campinas, José Nunes Filho, disse que ela se combate  diminuindo gato público e infelizmente isso
não ocorre. “A farra dentro do governo federal é muito grande com dinheiro
público e não se fala mais em milhão. É tudo bilhão agora. O que acontece é que
a inflação vai sair do controle em 2015 porque está sendo feito um controle
falso da inflação. Os preços do controle público estão represados. A Petrobras
está quase quebrada. Ou reajusta os preços dos combustíveis ou a Petrobras
quebra. Está tudo represado por causa das eleições. A medida correta seria:
aumentou o custo de um serviço ele tem que ser repassado imediatamente e você toma
as medidas para controlar a inflação naquele momento baixando o gasto público.
Falta gestão, falta gerenciamento, falta controlar a corrupção que está
desenfreada”, desabafa o líder industrial.
Fotos 1 e 2 – Diretor Titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações
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