EMPREENDEDORISMO, CRISE E SONHOS

15 de fevereiro de 2016.
ARTIGO DE MARCOS EBERT

Diante do tamanho da
crise que o Brasil atravessa, conjugando queda vertiginosa no mercado com
instabilidade política, onde um alimenta o outro, empreender um negócio pode
parecer ato de heroísmo. Sem dúvida, a tarefa é mais desafiadora, quando
analisamos esse quadro, que a julgar pelos especialistas econômicos, deve
perdurar pelos próximos dois anos.
Então vale a pena
empreender nesse momento? Com a experiência de 27 anos, desde que larguei uma
atividade profissional estável e criei meu próprio negócio, avalio que é
possível, desde que o empreendedor responda a algumas perguntas básicas.
Primeiro, deve-se levar em conta que a crise não atinge todo o mercado com a
mesma intensidade. Com qual intensidade o negócio que se pretende empreender
foi atingido pela crise? Dependendo da resposta, valerá ou não a pena investir
nele.
Tem recursos
financeiros suficientes para esse empreendimento e alguma sobra para
imprevistos? Iniciado o empreendimento, trate o caixa da sua empresa como rei.
É aquela velha máxima, somente “converse” com o rei (o caixa), o estritamente
necessário. Isso significa que o caixa é quase intocável e tem que ser
preservado ao máximo, principalmente em momentos de crise, como o que
atravessamos. Somente faça investimentos, absolutamente necessários para a
evolução do seu negócio.
O empreendedor deve
se dedicar a criar a sua equipe de profissionais com qualidade, competência e
ética. Outro aspecto fundamental é a marca, aquilo que identifica o negócio,
que tem que ser sinônimo de seriedade, qualidade e honestidade. A construção da
marca é um trabalho cotidiano, que tem que contar com o comprometimento de
todos envolvidos no negócio. Uma marca, que se destaca positivamente no
mercado, não tem preço e garante futuro promissor ao empreendimento.
O empreendedor
precisa encontrar o preço justo do seu negócio, que não significa ser o mais
barato, mas sim aquele que remunera de forma correta o produto ou o serviço
oferecido, bem como os colaboradores e os investimentos realizados.
Outro aspecto
fundamental para a prosperidade é olhar e entender o comportamento dos
colaboradores da empresa e de seus clientes. Essa percepção é estratégica para
o bom andamento do empreendimento. Funcionários insatisfeitos vão executar mal
as suas tarefas e isso vai gerar clientes insatisfeitos, num efeito crescente,
que pode ser fatal para a sobrevivência do empreendimento.
De uma maneira geral,
o empreendimento tem três pilares, com as gestões administrativa-financeira,
técnica e de marketing. Essas áreas devem ser coordenadas por pessoas com a
competência técnica, que cada uma necessita para o seu bom andamento.
Para o sucesso do
negócio, o empreendedor precisa estar atento e aberto às novidades do mercado.
Seja nas necessidades dos seus clientes, seja na evolução do segmento onde
atua. ‘Achismos’ e preconceitos de qualquer natureza não cabem em hipótese
alguma, uma vez que o negócio evolui sempre e o empreendedor precisa estar
aberto às novas ideias, para não ser “atropelado pelos fatos”.
Por fim, a mais
importante missão do empreendedor. Conseguir dividir o seu sonho com seus
colaboradores.  Fazer com que a chama que
brilha nos seus olhos, também brilhe em outros olhos.
O empreendimento
começa com uma ou duas pessoas. Com o passar dos meses e dos anos, o grupo
aumenta, as atividades se expandem, o negócio se sofistica. Motivar
permanentemente as pessoas e fazer com que elas evoluam não é tarefa fácil.
Muitos dividirão o mesmo sonho e crescerão juntos. Infelizmente, outros ficarão
pelo caminho, como é da dinâmica da vida.
No entanto, cabe ao
empreendedor nunca abdicar do seu sonho!
Marcos Ebert é
engenheiro civil e diretor-proprietário da Fórmula & Cia. Farmácias com
Manipulação.
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