ESPECIALISTA ANALISA FECHAMENTO DE EMPRESAS

Dados do
Sebrae apontam que 70% das empresas fecham nos primeiros cinco anos de
funcionamento. O professor da IBE-FGV, Edney Antonio
Bruscagin Pin, disse que muito se fala em empreendedorismo e o Brasil é o
campeão em empreendedorismo, no entanto, é o país que mais abre empresas e negócios
anualmente e também é o que mais fecha. “Eu não sei se no saldo positivo do
mais e do menos a gente pode realmente carregar esse título”, diz.

Para o professor Edney Pin a causa deste número elevado de empresas que
fecham se deve a uma série de fatores, entre eles, a situação social atrelada à
questão econômica pela qual passa o país e a falta de planejamento. “Com as
próprias ações do governo melhorando um pouco a renda das classes C e D começou
a sobrar um pouquinho de dinheiro e essas pessoas acabaram guardando para
montar o seu próprio negócio que achavam que daria certo. Montam uma pequena empresa
sem planejamento nenhum baseado só naquilo que gostam de fazer e sem avaliar o
mercado. Gastam aquilo que tinham e acabam fechando depois”, comenta.

Para o professor Edney Pin também tem outro ponto a ser observado sob o
ponto de vista da questão social e que se refere à geração Y. “A chegada dessa
geração Y no mercado agora também tem uma influência. Os jovens da geração Y
trocam de opinião muito rápido, não tem medo de errar, tá ficando na casa dos
pais por um período maior, o que dá a possibilidade de fazer um pé de meia para
tentar arriscar em um negócio próprio até porque ele espera um crescimento na
vida profissional  dele muito mais rápido
do que as grandes organizações normalmente podem oferecer e aí ele vai
tentando. Abre um negócio numa área  que
acha que gosta. Não dá o retorno ou não o satisfaz, ele fecha e abre uma nova
empresa em outro seguimento e esses números acabam engordando a estatística”,
diz.

Dentro dessa visão o professor afirma que acaba sendo traçada a diferença entre o aventureiro e o
empreendedor. “O aventureiro acredita que tem uma boa ideia, e às vezes ele tem
mesmo, mas se perde na execução. Não basta ter a intenção é preciso
proporcionar condições para que ela se concretize”, destaca.

Ainda
segundo o professor, quando se faz o planejamento para desenvolver uma ideia de
negócio, o aventureiro passa a ser um empreendedor com boas chances de ser bem
sucedido. “Planejamento estratégico é a alma de qualquer organização. Deve ser
aplicado em todas as áreas, até na vida pessoal e em sua carreira. Por exemplo,
ao construir uma casa, é preciso saber onde comprar o material de construção
mais barato, encontrar bons fornecedores, procurar a melhor mão-de-obra e só
dar o passo seguinte quando a etapa anterior estiver completa”, explica Pin.

No
Brasil, o número de empreendedores aumenta a cada ano. De acordo com dados
divulgados pelo Governo Federal em 2011, a quantidade de pequenos
empreendedores no Brasil aumentou 13% de 2001 a 2009. São 22,9 milhões de
‘homens de negócio’ e, de acordo com Pin, não importa o tamanho da empresa,
todas precisam de orientações para conseguir capturar as melhores oportunidades
do mercado e ainda driblar dos riscos. “O empresário só consegue saber onde vai
chegar se tiver mapeado suas metas e mantiver o foco”, aponta o professor.

Com o
planejamento, o empreendedor também desenvolve uma visão mais apurada da área
em que está inserido e estará preparado para enxergar as oportunidades
corretas. “Pior do que não embarcar em uma oportunidade, é escolher a errada ou
não estar preparado. Munido de informações, ele também vai saber entender que
aquela proposta não é ideal para o momento. Assim, vai poder capacitar-se e
estruturar seu plano de negócios, para quando outra oportunidade melhor
passar”, explica Pin.

Para adquirir
o conhecimento necessário para criar o planejamento estratégico de seu negócio,
o professor recomenda que o empreendedor invista em cursos de graduação e
pós-graduação, frequente palestras, faça cursos de curta duração, e procure
orientação em órgãos como o Sebrae.
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