ESTUDO DA PwC REVELA QUE MERCADO GLOBAL DE MÍDIA E ENTRETENIMENTO VAI MOVIMENTAR US$ 2,14 TRILHÕES EM 2020

08 de junho de 2016.
A receita global do setor de mídia e entretenimento deve atingir US$
2,14 trilhões em 2020, um
aumento de 4,4% ao ano até 2020 (taxa composta de crescimento), de acordo com a
pesquisa Global entertainment and media outlook 2016-2020, da PwC. No Brasil, a
previsão de crescimento anual é de 6,4% ao ano até 2020, superior à média
global, devido principalmente a gastos mais expressivos com publicidade na TV,
acesso à internet e à TV e vídeo. O faturamento total do setor de mídia e
entretenimento no país deve chegar a US$ 48,7 bilhões em 2020. O estudo da PwC,
que está em sua 17ª edição, analisa 13 segmentos do setor em 54 países,
atingindo cerca de 80% da população mundial.
As projeções, no
Brasil e na média global, recuaram em relação à edição anterior, divulgada em
2015. No ano passado, esperava-se aumento da receita global de 5% ao ano e, no
Brasil, de 10% ao ano até 2019. Os resultados globais foram influenciados pela
retração da economia da China, que levou à queda no setor de mídia e
entretenimento chinês. No Brasil, contribuíram para a redução dos números a
desvalorização do real em relação ao dólar e a recessão na economia.
Dos 13 segmentos
analisados, dois, jornais e revistas, devem encolher até 2020. O primeiro tem
queda anual média de 1,5% no mundo; o segundo, -0,1% ao ano. No entanto, há
variação entre as regiões: enquanto na América do Norte as receitas com
publicação de jornais terão declínio anual de 3,1%, na Índia haverá crescimento
anual de 2,7%. No Brasil, jornais e revistas deverão ampliar suas receitas em
pouco mais de 1% ao ano. As projeções também variam conforme a plataforma. As
versões digitais de jornais e revistas crescem 9,8% e 13,2% ao ano, enquanto as
versões impressas caem 3% e 3,7% ao ano, respectivamente. No Brasil, jornais e
revistas digitais sobem 19% e 15,1% ao ano, e impressos, 0,4% e 0,9% ao ano,
respectivamente.
No mundo, o segmento
que apresenta a maior projeção de crescimento anual é o de publicidade na
internet, 11,1% ao ano até 2020. Em 36 dos 54 países onde a pesquisa foi
realizada, o mercado de mídia e entretenimento tem crescido mais do que o PIB.
É o caso do Brasil.
Em 2020, pela
primeira vez os gastos de publicidade na internet vão superar os investimentos
em publicidade na TV, passando de US$ 154 bilhões em 2015 para US$ 260 bilhões
em 2020. Esse desempenho é puxado pelos mercado dos Estados Unidos, China e
Inglaterra. O segmento de publicidade na TV deverá movimentar US$ 210 bilhões,
26% a mais do que em 2015.
No ranking dos países
com maiores gastos publicitários em plataformas digitais, o Brasil aparece em
14º lugar e deverá ser o 13º em 2020, à frente da Itália e do México, com US$
2,9 bilhões de receitas geradas. O gasto global com acesso à internet deve
crescer 6,8% ao ano até 2020.
Mudanças na forma de
consumir e investir em mídia e entretenimento deverão se tornar mais
acentuadas. “As empresas de mídia e entretenimento estão lidando com um
ambiente cada vez mais complexo, onde cada mercado desenvolve sua própria
dinâmica de crescimento, influenciada por fatores que vão de mudanças
demográficas até hábitos de consumo, passando por infraestrutura e regulação”,
diz Estela Vieira, sócia da PwC Brasil e líder de Mídia e Entretenimento.
Com crescimento médio
composto anual projetado de 6,4% até 2020, o mercado de mídia e entretenimento
no Brasil deverá ser estimulado principalmente pelo aumento do investimento em
publicidade na internet, que deve crescer 14,6% ao ano até 2020. Outros
destaques: gastos com acesso à internet (9,2% ao ano), publicidade na TV (8,6%
ao ano) e TV e vídeo (3,5% ao ano), que inclui aluguel e compra de filmes e
assinatura de TV paga.
O gasto esperado com
acesso à internet no país em 2020 é de US$ 17 bilhões. Em 2020, o Brasil deverá
se tornar o quarto maior mercado mundial de internet móvel, com 175 milhões de
assinantes, à frente do Japão, Rússia e México. Com isso, o consumo de dados em
dispositivos móveis deverá aumentar 500% em 2020 em relação a 2015.
No país, a
publicidade na TV permanece como o meio preferido dos anunciantes – 50% dos
gastos totais com publicidade são direcionados a essa mídia. O crescimento
projetado do setor é de 8,6% ao ano até 2020, quando deverá atingir US$ 7
bilhões. Os investimentos em TV online deverão ser ainda mais expressivos,
conquistando um aumento médio de 46% ao ano. Com o aumento dos investimentos em
publicidade na plataforma digital, estima-se que a TV aberta perca market share
para os demais segmentos online.
Os gastos dos
consumidores com o segmento de TV e vídeo, que inclui acesso a serviços de TV
por assinatura, filmes, vídeos e outros conteúdos (incluindo a venda e aluguel
de filmes), devem chegar a US$ 11 bilhões, com cerca de 6 milhões de novos
assinantes de TV por assinatura comparado com 2015, atingindo uma penetração de
33% dos domicílios brasileiros. Provedores de conteúdo de vídeo no formato
streaming, como Netflix e YouTube, continuarão a representar uma concorrência
importante para a TV paga. O Brasil já ocupa o 7º lugar no ranking
internacional de países em gastos com TV e vídeo e deve permanecer nesta
posição até 2020. “O que chama atenção nos resultados do Brasil é o crescimento
da internet, principalmente da internet móvel”, diz Alexandre Eisenstein,
gerente da PwC Brasil e especialista em Mídia e Entretenimento. “Há uma demanda
reprimida pelo serviço no Brasil que, com os investimentos feitos em
infraestrutura de transmissão de dados, está sendo atendida cada vez mais.” O
reflexo desse crescimento, segundo ele, é o crescimento da publicidade online.
“O resultado desse novo comportamento digital do consumidor requer modelos
disruptivos de negócio para o setor de publicidade, que acaba direcionando
investimentos dos anunciantes para a publicidade on-line.”
Foto: Estela Vieira, sócia da PwC Brasil e líder de Mídia e Entretenimento.
Crédito: Divulgação.
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