GERAÇÃO Z: COMO AS EMPRESAS DEVEM RECEBER OS JOVENS COLABORADORES

17 de abril de 2015.
Atualmente, estão entrando no mercado de trabalho pessoas nascidas na
segunda metade da década de 90. É a chamada geração Z, que tem uma faixa etária
de 16 a 20 anos. Uma pesquisa recente, realizada pela empresa de consultoria e
pesquisa Millennial Branding com jovens de dez países, incluindo o Brasil,
mostra que a maioria desses novos profissionais é menos motivada por altos
salários, por exemplo, do que a geração anterior, a Y. Eles preferem ter
oportunidades de crescimento e um ambiente agradável de trabalho.

Nas empresas, a chegada de uma nova geração implica em pessoas de diferentes
idades, costumes e estilos trocando experiências, gerenciando conflitos e
vivendo no mesmo ambiente de trabalho. De acordo com o consultor da Mega
Empresarial, Roberto Vilela, antes de qualquer coisa, é preciso não
generalizar. “Muito se fala na divisão das gerações: baby boomer, Y e Z. Mas
cada individuo é diferente e não se pode deixar que as características gerais
engessem todas as pessoas de determinada geração”, ressalta.

De Y para Z: pouca diferença de tempo, grande diferença de comportamento

Embora as gerações Y e Z sejam bastante próximas em termos de idade, as
diferenças entre elas são grandes.

A geração Y, que representa as pessoas nascidas no fim da década de 1970 e
início dos anos 1980, é encantada com os recursos tecnológicos, por exemplo.
“Como muitas pessoas visualizaram as transformações que a tecnologia
trouxe, conseguem estabelecer um comparativo entre o antes e o depois. Por
isso, valorizam e enaltecem essas novas ferramentas”, comenta.

Já para a geração Z, que nasceu na efervescência da tecnologia e não sabe como
era viver longe dos bytes, a utilização destes recursos é absolutamente natural.

Também por conta desta proximidade com todos que a internet traz, com as redes
sociais especialmente, os integrantes da geração Z têm mais dificuldades de
entender e lidar com a hierarquização nas companhias. “Se ele adicionou o
presidente da empresa numa rede social e sabe da sua família e dos seus gostos
pessoais, o profissional Z entende que tem abertura para se reportar
diretamente ao executivo mais importante da companhia. E muitas vezes há
gerentes e coordenadores que precisam ter seus espaços respeitados”,
afirma.

A geração Z também chega ao mercado com um alto nível de exigência em relação
às oportunidades que a empresa vai trazer. Mas tudo para estes profissionais é
mais urgente. “O plano de carreira precisa estar alinhado, formatado e disponível.
Já no primeiro dia, o profissional Z quer saber qual é o ponto mais alto e
quais são os degraus que ele deve atingir para chegar lá da maneira mais rápida
possível”, explica o consultor.

Por fim, o ambiente de trabalho em nada pode lembrar monotonia ou controle
excessivo. Para Roberto, o desafio é fazer com que essa geração tenha liberdade
para trabalhar e, ao mesmo tempo, que tenha foco.

Estratégias para driblar as dificuldades

Uma das maiores dificuldades para estes profissionais tão imediatistas é
saber lidar com as expectativas. Por isso, segundo Roberto, as metas a médio e
longo prazo podem ser uma armadilha. “Não posso dizer para um individuo da
geração Z que se ele atingir a meta, daqui a um ano ganha uma viagem
internacional. Para ele, um ano é muito tempo”, diz.

A sugestão é que as metas sejam fracionadas. “No tempo de um mês, no
máximo. Há empresas que já adotam metas semanais para conseguir manter a equipe
motivada”, diz.

Além disso, o feedback é fundamental. Todos os colaboradores precisam receber
retornos sobre o seu desempenho. Mas, no caso da geração Z, essa necessidade é
ainda mais latente. “Como têm um desejo de ascensão rápida, eles querem
saber se estão sendo relevantes para a empresa e onde podem melhorar”, comenta
Roberto.

Para concluir, o consultor ressalta que todas as gerações têm muito a aprender
e ensinar. “Se você souber alinhar sua forma de gerir com as diferentes
pessoas, para conviver com essas características, você vai tirar bons
resultados desses colaboradores, porque eles estão disponíveis a encarar
qualquer desafio”, finaliza.

Fundada pela experiência de Berenice Cristina Buerger e Roberto Vilela nas
áreas de recrutamento de profissionais estratégicos e estratégias comerciais, a
Mega Empresarial completa 15 anos em 2015.


Localizada em Blumenau (SC), mas com atuação em todo o Brasil, a consultoria
trabalha nas áreas de headhunter, consultoria comercial, treinamentos
vivenciais e palestras.
Foto: Roberto Vilela, consultor da Mega Empresarial.
Crédito: Divulgação.
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