GRANDES REDES DE FARMÁCIAS E DROGARIAS JÁ REPRESENTAM 44,5% DAS VENDAS DE MEDICAMENTOS NO BRASIL

23 de junho de 2015.
A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)
foi fundada em 21 de outubro de 1991 e reúne 28 associados, sendo as 28
maiores redes de farmácias do País, que alcançam 28% da população brasileira cerca
de 53 milhões de pessoas, em 660 municípios.
Criada a partir de seis redes de
drogarias paulistanas que buscavam uma representação setorial própria, a
associação nasceu e trabalha para o aperfeiçoamento do grande varejo
farmacêutico nacional, atuando institucional, jurídica e politicamente com
entidades públicas, governo e fornecedores.
As grandes redes farmacêuticas
associadas à Abrafarma contam
com cerca de 5.600 lojas espalhadas em todo o território nacional. Apesar de se
limitarem a 7,9% do universo de 71 mil farmácias existentes no Brasil representam
44,5% das vendas de medicamentos no país. Em 2014, foi responsável pela
comercialização de mais de 3,1 bilhões de unidades (volume), um incremento de
8,1% em relação ao ano anterior. A força das redes é traduzida também pelos
812.679.750 cupons fiscais emitidos em um ano. É como se toda a população
brasileira tivesse passado quatro vezes nessas farmácias.
Nos últimos 20 anos, as redes associadas à entidade vêm mantendo médias de crescimento anuais acima de dois dígitos. Segundo o último balanço de vendas compilado e validado pela FIA – Fundação Instituto de Administração da USP (Universidade de São Paulo), as grandes redes registraram um faturamento de R$ 32,39 bilhões em 2014, o que representa um acréscimo de 12,81% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desde 2010, esse montante aumentou 90,34%, o equivalente cerca de R$ 15,37 bilhões.
Embora a venda de remédios mantém-se
como o principal negócio das redes com 66% do faturamento, a comercialização de
não-medicamentos (tais como produtos de higiene pessoal, cosméticos,
perfumaria,xampu, absorventes íntimos, adoçantes, tintura de cabelo, preservativos,
protetores solares e conveniência)crescem ano após ano. Em 2014, o volume total
de vendas contabilizado pelo canal foi de 34%, o que corresponde a R$10,7
bilhões – um valor 14,69% superior ao de 2013. Já a comercialização comparativa
dos medicamentos teve acréscimo de cerca de 12%.
Para o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, o bom desempenho das redes reforça uma
nova tendência de consumidor: mais maduro e exigente. “O consumidor
atual busca proximidade, conforto e diversidade de itens em um mesmo espaço.
Ele sai de casa para comprar um medicamento já com a intenção de levar também
uma pasta de dente, um protetor solar ou um creme antienvelhecimento”, comenta.
Esse resultado excepcional registrado
pela associação contribui para posicionar o Brasil na sexta posição doranking dos
20 maiores mercados mundiais, perdendo apenas para os Estados Unidos, China,
Japão, Alemanha e França. Para 2018, a projeção é que o país chegue na quarta
colocação. 
Mais do que defender os interesses
das redes associadas, a Abrafarma pauta
sua agenda em função dos anseios e necessidades do consumidor. A entidade reivindica
a presença do farmacêutico na drogaria, transformação das escalas de plantão
farmacêutico em escalas mínimas obrigatórias e o zoneamento específico para
farmácias e drogarias, instituídos a partir de leis e decretos municipais. Além
disso, luta pela ampliação do mix de vendas, hoje limitado a
medicamentos, perfumarias e produtos de higiene pessoal.
Neste último quesito, em 2014, o
setor obteve uma grande conquista, após o Supremo Tribunal Federal (STF)
decretar constitucional e permitir definitivamente a venda de produtos de
conveniência, previstos em legislações estaduais. Assim, a farmácia não foca
sua atuação em apenas medicamentos e cosméticos, mas numa gama variada de
produtos de uso imediato pela população, como biscoitos, refrigerantes,
produtos para café da manhã e outros, cuja liberação era alvo de
questionamentos por parte de órgãos como a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa). “Essa é uma decisão histórica e acentua a tendência,
no Brasil, de seguir o modelo já adotado em países desenvolvidos, que
privilegia não só a saúde, mas também o bem-estar do consumidor”, avalia
Barreto.
Outra luta encabeçada pela entidade,
em parceria com a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa
(Interfarma), tem mostrado grandes avanços. A campanha Sem imposto, tem
remédio
, lançada em outubro de 2013, foi mais uma iniciativa com o objetivo
de dar um fim à elevada carga tributária sobre medicamentos, hoje em torno de
36% e acima de itens supérfluos como diamantes.
A reivindicação foi abraçada pela
sociedade civil e ganhou, em apenas um mês e meio, o apoio de mais de 2,5
milhões de brasileiros, que colocaram suas assinaturas em cadernos distribuídos
por mais de 6 mil farmácias e drogarias do país. Em fevereiro de 2014, em ato
histórico no hall da Câmara dos Deputados, em Brasília, os
cadernos foram entregues aos então presidentes da Câmara e do Senado, Henrique
Eduardo Alves e Renan Calheiros, respectivamente.
A Abrafarma também incorporou às suas pautas a criação de
um novo modelo de atendimento focado na oferta de novos serviços farmacêuticos.
Com mais de 812 milhões de atendimentos em 2014, as redes querem prestar um
serviço nobre, colocando o farmacêutico à frente do balcão para não apenas
vender produtos, mas o apresentando como um agente da saúde, informando e
orientando o cidadão e também vacinando. Com isso, a população será
beneficiada, pois poderá contar com o serviço de qualidade e perícia de um
profissional quando precisar. As redes contam hoje com cerca de 16 mil
farmacêuticos em atividade.
Para isto,
a associação já começou a estruturar o que chama de Serviços
Farmacêuticos Avançados,
cuja primeira etapa do trabalho prevê a formatação
de oito serviços: Imunização, Diabetes em Dia, Hipertensão em Dia, Perda de
Peso, Parar de Fumar, Colesterol em Dia, Revisão de Medicação e Clínica de
Autocuidado. Esse trabalho deverá ser concluído até julho de 2015. 
Foto: Presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.
Crédito: Divulgação.
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