Panorama de Negócios
A transformação digital no setor de saúde começa a ganhar velocidade em algumas frentes como, por exemplo, o compartilhamento de consultórios médicos por vários profissionais. Com agendas
cada vez mais complexas e atendimento em mais de um endereço, a nova geração de médicas e médicos têm encontrado no coworking uma alternativa para alcançar mais pessoas e, ao mesmo tempo, reduzir custos. Porém um detalhe importante ainda é um gargalo, como na maioria dos negócios no Brasil: a gestão de rotinas e processos. “Uma aliada importante para otimizar os atendimentos – e também os lucros – é a tecnologia na nuvem. A possibilidade de armazenar informações para acessar de qualquer lugar e em todos os dispositivos tem sido crucial para profissionais que precisam de mobilidade no cotidiano”, observa Daniel Matsukuma, co-fundador e diretor de tecnologia da App Health, plataforma desenvolvida para a economia compartilhada aplicada à saúde.
A tecnologia de nuvem, ou seja, armazenar e executar dados e programas por acesso remoto, de qualquer dispositivo como computadores, tablets ou smartphones, tem permitido uma mobilidade grande a esses profissionais, que não precisam mais, necessariamente, trabalhar em um único escritório ou consultório em que as informações estão dispostas. “O setor da saúde carecia de opções inteligentes e acessíveis para a gestão de consultórios pelos profissionais. Quando desenvolvemos a plataforma, contamos com o apoio técnico de dezenas de profissionais da área da saúde. Médicas e médicos de realidades e necessidades diferentes que contribuíram para termos uma visão 360°”, conta Douglas Milliatti, um dos fundadores e CEO da healthtech.
A plataforma digital permite que clínicas e consultórios médicos saiam do papel e otimizem rotinas como agendamento de consultas, lista de espera para encaixes, tempo e eficiência no atendimento, registro dos prontuários das consultas, sem perder a atenção aos cuidados com os pacientes.
O aplicativo, que também tem uma versão web, foca na digitalização de um dos setores com maior defasagem quando falamos em automação e digitalização das operações. Segundo o índice de Digitalização do Mckinsey Global Institute de 2019 – um dos mais relevantes do mundo quando o assunto é transformação digital – o setor da saúde é um dos menos digitalizados. A área, que no relatório aparece juntamente com educação e serviços – mostra que 38% das empresas são iniciantes quando o assunto é transformação digital. O resultado fica atrás de indústrias avançadas (44%) e bens de consumo (45%).
Praticidade que colabora com a rotina
Ter todas as informações em um só lugar e disponíveis em qualquer canto do planeta é crucial para profissionais que dividem a rotina entre deslocamentos para os diferentes endereços de atendimento, plantões em hospitais, gestão do consultório, viagens de estudos e vida pessoal. Se a gestão vier acompanhada de redução de resíduos, praticidade e redução de até 50% no tempo total dedicado aos atendimentos, melhor ainda. “A rotina diária dos médicos é intensa e com uma agenda apertada. Cada detalhe precisa ser pensado para que as atividades fluam com tranquilidade. Ter todas as informações em uma plataforma que, além de centralizar e organizar as informações, é capaz de otimizar algumas situações massivas como confirmações de consultas é fundamental. Por que não otimizar atividades braçais de repetição e digitalizar as informações para ter tudo na palma da mão? Caminhamos para, em breve, uma digitalização a ponto de olharmos para trás e percebermos o quanto não fazia sentido a forma como lidamos com a gestão de consultórios e clínicas”, cita.
Secretária virtual e indispensável
Uma solução que agrada profissionais e pacientes ao mesmo tempo é a secretária virtual existente no aplicativo. Quando utilizada, permite confirmar e cancelar consultas sem precisar que a secretária ou o médico – já envolvidos com outras atividades – façam contatos individualmente. As confirmações são feitas por mensagens no WhatsApp, sem envolver ligações inoportunas ou preocupação com a agenda, já que tudo acontece de forma automatizada. O paciente precisa apenas digitar as opções 1 ou 2 para confirmar ou cancelar a consulta. No caso de cancelamento, o horário fica disponível no aplicativo para que outros pacientes possam agendar uma consulta sem precisar ficar ligando ou solicitando encaixes. Isso traz segurança e economia de tempo.
Popularização das teleconsultas
Douglas Milliatti explica que o avanço da telemedicina mostrou que alguns profissionais, como os psicólogos, precisavam de uma plataforma segura e sem limitações de tempo para os seus atendimentos, que costumam ultrapassar uma hora. “A aceleração no crescimento de teleconsultas trouxe algumas questões importantes para determinadas especialidades. Os psicólogos, por exemplo, costumam realizar atendimentos prolongados e sem uma ferramenta preparada especificamente para esse tipo de demanda. Por isso, temos na plataforma uma aplicação que permite o uso ilimitado de chamadas de vídeo para todos os tipos de atendimentos e necessidades”, completa.
Criada em 2018, a App Health é um sistema de gestão que permite que clínicas e consultórios médicos saiam do papel e otimizem rotinas como agenda, lista de espera para encaixes, tempo de atendimento, controle financeiro e eficiência no atendimento. A otimização das atividades impulsiona a qualidade na atenção aos cuidados com os pacientes e a visão do negócio, permitindo gestão estratégica com foco em resultados, entre eles financeiros, e previsibilidade. O aplicativo – que conta também com uma versão web – traz soluções que vão além da mobilidade de ter o consultório em qualquer lugar do planeta. Pacientes também contam com um aplicativo capaz de centralizar e organizar informações de todos os especialistas que o acompanham, como receitas, prontuários, tratamentos, exames, consultas realizadas e outras questões relacionadas a sua saúde pessoal com a proteção de dados exigida pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo praticidade e privacidade de ponta a ponta.
Foto: Na esquerda, Douglas Milliatti, um dos fundadores e CEO do App Health e na direita, Daniel Matsukuma, diretor de tecnologia e co-fundador do App Health.
Crédito: Divulgação.
