INÍCIO DE ANO AQUECIDO DEIXA EMPRESAS DE TECNOLOGIA OTIMISTAS

Os dois primeiros meses de 2017 surpreenderam positivamente empreendedores de tecnologibh tec_MG_9986a, que relatam um movimento atípico no início do ano. Empresas ligadas ao Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) confirmam as boas perspectivas para 2017, sinalizando o aquecimento do mercado e a retomada de investimentos.

Altas taxas de crescimento ao ano são exigência para empresas como o Meliuz, startup que completou cinco anos de operações em 2016. E nesse sentido, o início do ano não decepcionou: em janeiro de 2017, a empresa dobrou os resultados obtidos em relação ao mesmo mês do ano passado. Os resultados mais animadores já tinham sido alcançados em dezembro, quando o programa de fidelidade alcançou mais de 1 bilhão de reais em vendas para os comércios parceiros.

O maior motivo para otimismo vem, porém, da nova frente de atuação do negócio: além de oferecer vantagens para fidelizar consumidores no e-commerce, o Meliuz atuará cada vez mais no varejo físico. A previsão é que a novidade, que já está em operação em sete cidades mineiras, chegue a Belo Horizonte no mês de março, oferecendo recompensa em dinheiro para clientes de lojas, postos de gasolina, farmácias, supermercados, bares e restaurantes associados. Ou seja, os consumidores vão receber de volta, direto na conta bancária, uma porcentagem do valor gasto nesses estabelecimentos. “Belo Horizonte é uma praça modelo para muitas empresas e será assim para o Méliuz. Estamos tendo um resultado muito legal e a expectativa é crescer ainda mais ao longo do ano”, confirma Israel Salmen, CEO e fundador da empresa.

Já para a Neocontrol, que está no mercado desde 2004, a virada por enquanto vem se traduzindo em um aumento significativo no número de contatos comerciais recebidos. Especializada em tecnologia para de automação e segurança, a empresa tem um ciclo de vendas longo que fez com que a crise fosse sentida de forma tardia em comparação a outros tipos de negócio. “Para nós, as maiores dificuldades chegaram com oito meses de atraso. Ainda tínhamos muitos projetos e orçamentos em andamento e só chegamos a realmente sentir efeitos negativos da economia em abril do ano passado”, conta o CEO da empresa, Gabriel Peixoto.

A boa notbh tec_MG_9988ícia é que os resultados positivos, que já vêm se mostrando desde o final de 2016, dão a entender que não serão necessários outros oito meses para que a Neocontrol perceba a retomada da economia. Isso se deve tanto ao aumento da procura, pouco usual para o período do ano, quanto aos investimentos em internacionalização, que já trazem resultados excelentes.

Em setembro de 2016, a empresa abriu uma filial na Flórida, que entra em operações em março deste ano. “A expectativa é que, em 2017, a filial seja responsável por 1/5 do nosso faturamento”, afirma Peixoto.

A atuação em um mercado em crescimento veloz é o que estimula a confiança da Kunumi, fundada há menos de um ano por empreendedores de larga experiência na área de Tecnologia da Informação. A empresa desenvolve atividades na área de inteligência artificial com ênfase em aprendizado de máquina para criação de modelos de computação cognitiva e análise preditiva em grandes bases de dados.

De acordo com o cofundador da empresa e professor emérito do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, Prof. Nívio Ziviani, o aprendizado de máquina (capacidade de adquirir seu próprio conhecimento extraindo padrões a partir de dados brutos) é responsável em boa parte pela velocidade em que tecnologias avançam hoje em dia. “As chamadas redes neurais artificiais são baseadas no aprendizado da representações de dados, na forma de vetores de pesos relacionados a palavras, parágrafos, formas e  curvas em imagens, etc. As redes neurais são constituídas de múltiplas camadas de unidades de processamento que não são projetadas por engenheiros de software, mas são aprendidas a partir dos dados de entrada usando um procedimento para aprendizado que é de propósito geral”, diz.

A tecnologia baseada no aprendizado de máquina desenvolvida pela Kunumi permite desenvolver produtos para realizar análises preditivas a partir de grandes volumes de dados em segmentos diversos como arte, medicina, saúde, negócios, indústria, dentre outros, explica Ziviani.

O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) é um ambiente de negócios que sintetiza os elementos da nova economia do conhecimento, reunindo empresas de base tecnológica, centros públicos e privados de tecnologia e serviços de apoio. O BH-TEC é um instrumento criado para dinamizar a relação entre os diferentes atores engajados no processo de inovação, visando aumentar a competitividade brasileira, em prol do desenvolvimento econômico e social.  Atualmente, o Parque abriga 17 empresas que se dedicam a investigar e a produzir novas tecnologias, uma associação de biotecnologia e três centros de tecnologia da UFMG, além de cinco empresas na categoria não residente. Entre os projetos futuros, o BH-TEC também abrigará centros públicos e privados de Pesquisa & Desenvolvimento, como o Centro de Pesquisas René Rachou – CPqRR/Fiocruz.

Criado em 2005, o BH-TEC é o resultado da parceria entre seus cinco sócios fundadores: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Governo do Estado de Minas Gerais, Município de Belo Horizonte, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (SEBRAE-MG) e Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), além de ser apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento de Minas Gerais (Fapemig) e pela Agência Brasileira da Inovação (FINEP).

Fotos 1 e 2 – Sede da BH-TEC.

Crédito: Divulgação

Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

LIDE CAMPINAS PROMOVE ENCONTRO SOBRE INVESTIMENTO E MORADIA NOS ESTADOS UNIDOS

O Lide Campinas promoveu, nesta quarta-feira (24/04), na Casa Lide, em São Paulo, um encontro …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn