MERCADO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES MANTÉM RETRAÇÃO EM FEVEREIRO

31 de março de 2016.
Comprovando a
tendência de retração econômica apontada em janeiro, o segundo mês de 2016
fecha com um saldo de 43 transações concluídas em todo país, volume igual ao
observado em 2010, porém, 20% inferior quando comparado ao mesmo período de
2015, de 54 transações. Os dados são da mais recente pesquisa de Mergers and
Acquisitions (M&A), que é produzida pela PwC Brasil e acompanha mensalmente
a estratégia empresarial, finanças corporativas e gestão de compra, venda e
dividendos de ações.
Em janeiro, a mesma
pesquisa registrou um total de 51 transações, no entanto o relatório da empresa
alerta que a redução não deve ser considerada alarmante, pois além de ser o mês
mais curto, o carnaval em 2016 caiu em fevereiro. Além disso, o mês foi marcado
por um cenário político e econômico volátil e conturbado, o que sem dúvidas
refletiu na persistência de uma retração nas transações, já indicada desde o
segundo semestre do ano passado.
O estudo também
indica que a Região Sudeste continua sendo a preferida do investidor no
território brasileiro. No acumulado de 2016, 62% nos negócios concluídos (58
transações) foram efetivadas nos estados dessa região. Em 2015 foram
registradas 80 transações no mesmo período. Somente de fevereiro deste ano,
foram concluídas 26 transações no Sudeste, redução de 37% em comparação ao
mesmo período de 2015 (41 transações).
O Estado de São Paulo
mantém a liderança com 51% das transações concluídas. Esse ano, em números
absolutos, foram 48 transações realizadas, enquanto em 2015 esse número chegou
a alcançar 59. Na Região Sul, foram efetuadas 14 negociações, 40% superior ao
mesmo período de 2015 (10 transações). Transações internacionais, realizadas
fora do Brasil, representam 8% do total de acordos concluídos, com 7 negócios.
O setor de Tecnologia
da Informação continua liderando o número de transações, revelando uma
estabilidade do mercado em relação aos setores de investimento já que esses são
número que se mantêm nas pesquisas nos dois últimos anos. Em fevereiro, foram
realizadas 15 transações no setor de TI, totalizando 16% do total
transacionado, uma redução de 52% em relação a 2015 (31 transações). O setor de
Serviços Auxiliares figura em segundo lugar, com 11 Transações, 12% do total
transacionado, um aumento surpreendente de 38% em relação a 2015, quando foram
realizadas 8 transações. O Setor Químico/Petroquímico também detém 12% do total
transacionado e registra um aumento de 57% em relação a 2015. Esse ano foram
registradas 11 Transações, contra 7 no ano passado.
No acumulado até
fevereiro, aquisições de participação majoritária são a preferência de perfil
de investimento, representando 64% do total, aumento quando comparadas a 2015
(55 aquisições). Os percentuais apontam ainda que 29% das transações foram de compras,
4% de Joint Ventures e 3% de fusões.
Investidores
financeiros estiveram presentes em 6 transações em fevereiro de 2016, uma
redução de 63% em relação à fevereiro 2015 (16 transações), sendo 100% de
investidores estrangeiros no mês de fevereiro. Das 16 transações concluídas no
mesmo período de 2015, 50% foi composto por investidores nacionais e 50% por
investidores estrangeiros.
Possível consequência
do cenário de instabilidade econômica do Brasil que já reflete no exterior, foi
registrada uma queda no número de transações envolvendo capital estrangeiro.
Nos dois primeiros meses de 2016 foram consolidadas 51 transações envolvendo capital
estrangeiro, redução de 12% em comparação ao mesmo período acumulado do ano
anterior, quando foram concluídos 58 acordos.
Investidores de
outros países estiveram presentes em apenas 56% das transações realizadas até
fevereiro, 49 transações em números absolutos. A redução é de 16% em relação ao
mesmo período de 2015. Apenas no mês de fevereiro, foram concretizadas 24
negociações por capital estrangeiro, redução de 8% em comparação ao mesmo mês
no ano passado (26 transações). Países como EUA, França e Reino Unido
representam 57% do interesse em ativos brasileiros. Investidores dos EUA detém
4% do total das transações (12 negociações), 25% inferior ao ano anterior (16
transações). A França ocupa o segundo lugar no número de transações, com 18% do
total (9 transações), registrando um aumento em relação à 2015, quando foram
realizados somente 2 transações. Em terceiro lugar,  o Reino Unido fica com 16% do total (8
transações), também  apontando um aumento
em relação ao ano passado (5 transações).
Foto: Escritório da PwC Campinas.
Crédito: Divulgação.
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