OTIMISMO MODERADO MARCA SONDAGEM INDUSTRIAL NO RIO DE JANEIRO

Pesquisa da PwC “A Força do Rio de
Janeiro”, com execução do Instituto de pesquisa FSB,  divulgada em
seminário no jornal O Globo no último dia 19 de março, aponta que cautela e
conservadorismo são palavras de ordem para empresários que querem investir no
Estado do Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento, que teve a participação
de 50 empresas, o cenário fluminense mostra que 76% dos executivos acreditam
que a economia na região terá um crescimento maior nos próximos três anos. Já
31% acham que 2014 será melhor que o ano anterior.
No geral, a pesquisa mostra uma
redução no otimismo dos executivos que querem investir em terras fluminenses em
comparação com a última edição, que analisou as oportunidades na região em
2011. “O efeito gerado pela Copa do Mundo e das Olimpíadas, que acontecerão em
2016, já passou. Agora a tendência é que as empresas colham os resultados dos
investimentos feitos nos anos anteriores. Isso explica a retração nos índices
de interesse para investir no Estado em 2014, embora ela continue em patamares
satisfatórios e mostre tendência de oportunidades em áreas como Serviços”,
afirma João César Lima, sócio da PwC Brasil.
Além dos eventos esportivos, outros
fatores explicam a importância do Rio de Janeiro para os empresários. O
pré-sal, o crescimento do PIB estadual de 6,2% (maior que o nacional) e a série
de investimentos governamentais em obras como o Arco Metropolitano, Porto Açu e
o Porto Sudeste foram alguns fatores citados durante o lançamento da Sondagem.
Em paralelo, entre os desafios
empresariais citados 65% dos executivos afirmam que a carga tributária é o
fator mais impactante em seus negócios, enquanto 31% acham que a contratação e
a retenção de capital humano são barreiras a serem vencidas. Outro ponto
destacado é a necessidade de reajustar preços: 57% dos empresários têm planos
de executar esta medida em 2014, sendo que 71% preveem um aumento de 5% a 10%,
taxa acima da inflação prevista. “É necessário aumentar competitividade e
ganhar na gestão de custos, o que aumenta a necessidade de reajustes e de
outras medidas como alianças, parcerias e joint ventures, além de programas de
terceirização, que foram defendidos por 13% dos respondentes da pesquisa, 10% a
mais em relação a 2011”, completa João César.
Apesar da redução nos investimentos
acima de R$ 300 milhões previstos para 2014 em comparação com 2011, houve um
aumento de 12% nos respondentes que pretendem investir entre R$ 100 milhões e
R$ 300 milhões este ano. “Novos valores de investimento mostram a força das
PMEs no Rio de Janeiro. Essas empresas enxergam grandes possibilidades para os
próximos anos”, completa João César.
Outra tendência que aponta o
conservadorismo dos empresários é a expectativa de investimento na
diversificação de portfolio: apenas 12% dos entrevistados preveem aportes em
pesquisa e desenvolvimento. Em 2011, este número chegou a 28%. Quando
questionados sobre expansão de portfolio ou criação de novos produtos, enquanto
17%, em 2011, pretendiam investir, em 2014 esse dado não foi citado pelos
respondentes.
Com investimentos cada vez mais
focados, os empresários que têm interesse no Rio de Janeiro acreditam que suas
empresas já são produtivas (73% afirmam ser produtivos, enquanto 18% se dizem
muito produtivos). Diante deste cenário, buscando mais competitividade, as
contratações devem continuar em alta: 43% dos empresários acham que o quadro de
funcionário irá aumentar em 2014. No entanto, o número de vagas disponíveis,
por empresa, está mais reduzido: 67% das companhias disponibilizarão até 50
vagas, principalmente em PMEs, nicho consultado este ano.
Por outro lado, a pesquisa também
destaca as preocupações dos executivos que atuam ou querem atuar no Rio de
Janeiro: 63% deles acreditam que o
governo deve priorizar o investimento em segurança, 55% em infraestrutura e 31%
na educação e na formação profissional.

A Sondagem 2014 traz dados novos em
relação à última edição e tem como objetivo mostrar as oportunidades de
crescimento para o Rio de Janeiro, sob a perspectiva empresarial, bem como
direcionar novos investidores.
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