PLANEJAMENTO E PROCESSO DE GESTÃO

16 de março de 2015.
COLUNA DO CONSULTOR DE EMPRESAS JORGE CARLOS BAHIA

Podemos considerar ser assunto trivial nas
empresas mais organizadas o trabalho com base, ou com acompanhamento, em
determinações de planejamentos estratégicos e orçamentários.
É comum as empresas, no segundo semestre do
ano, começarem a se preparar para essas atividades que objetivam projetar ou
programar seu futuro operacional, seja para o próximo exercício ou para
períodos mais longos. O último trimestre, ou como muitas empresas
multinacionais o chamam “o ultimo quarter” é o momento de colocar no papel
todos os resultados das pesquisas relacionadas a projeções de vendas, custos,
despesas, investimentos, prospecção de novos mercados e outros pontos
fundamentais para os planos e projeções orçamentárias da companhia.
Imaginamos, agora, o último semestre ou trimestre (“quarter”) de 2014, com projeções em fase final
de análise ou já validadas compondo relatórios base de decisões estratégicas
para a empresa, sendo os mesmos suportes para, por exemplo, análise de fluxo de
caixa e de rentabilidade futura.
Nos reportamos, na sequência, aos primeiros
três meses de 2015 com cenário real, não baseado em projeções,  que nos
traz  vários aumentos: combustíveis,
energia elétrica,  impostos, custos
trabalhistas,  juros, enfim, alterações concretas que desestabilizam
qualquer planejamento ou orçamento.
Fato interessante é que no segundo semestre
de 2014, tempo em que vivíamos um cenário político importante, os coadjuvantes
desse cenário político pregavam a normalidade no crescimento econômico. Se
todos esses coadjuvantes não tinham essa percepção, para os que não a tinham,
faltou força nas táticas de alerta a população de que  estávamos
prestes a entrar em um contratempo econômico.
Óbvio que nem mesmo o mais inocente
administrador contava com essa normalidade propagada, mas  a anormalidade
não precisava ser tão grande como se apresenta atualmente.
De forma precavida a empresa poderia
trabalhar com planejamento estratégico e orçamentário considerando cenários da
economia. Esse fato já não seria fácil, pois projetar ações, reações e impactos
com dezenas, senão, centenas  de variáveis ativas é tarefa árdua, imagina
tudo isso contemplando um panorama, por exemplo, em três universos de
conjuntura econômica – péssimo, bom e ótimo.  Haja planejamento,
orçamento, fluxos  e ferramentas de controle financeiro econômico e
administrativo.
Contudo isso, provavelmente poucas ou nenhuma
empresa “acertou na mosca” considerando todos aumentos acima citados e os
comentários a “céu aberto” do Governo a partir de janeiro de 2015 quanto a
crescimento zero no exercício  para retorno ao crescimento em 2016, e
comentários do mercado quanto a estagnação da economia em 2015. Enfim as
projeções são melancólicas.
Nesse cenário o que fazer com planejamentos,
orçamentos e outros controles. Desprezá-los?  Isso jamais! Agora mais do
que nunca eles são ferramentas cruciais de controle. A gestão dos negócios terá
também neles, suporte para sérias  e fundamentais decisões a serem
efetivadas pelas empresas.
A ação esta em voltar ao segundo semestre de
2014, pós frustrante copa do mundo, em meio a instante de decisão política e
definir a revisão periódica, ideal que seja mensal, de plano estratégico,
 orçamento e outros controles. Assim em 2015 esses controles e planos estratégicos
e orçamentários  devem estar à mão para análises e decisões rápidas.
Esperamos não aconteça, mas podemos ter
nessas revisões,  o impacto de mais aumentos de combustíveis, energia e
impostos. Implantar um processo rotineiro de gestão revisional de planos e
metas será essencial para as companhias enfrentarem tudo que esta ocorrendo e
que deverá ocorrer em 2015.
Jorge Carlos
Bahia, bacharel em administração de empresas, contador,  consultor de
empresas, palestrante, professor em cursos profissionalizantes, sócio
proprietário do Grupo Bahia Associados,  com experiência profissional de
mais de 20 anos em empresas multinacionais atuando na área fiscal,
 tributária, contábil e controladoria.
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