ESPECIALISTAS ORIENTAM A COMO LHE DAR COM A ALTA DO DÓLAR

17 de março de 2015.
Com o aumento do dólar, muitas
pessoas estão pensando em adiar os planos de viajar, passar temporadas ou
estudar fora do Brasil. Outras situações também começaram a ficar pendentes
como, por exemplo, o investimento na moeda norte-americana e as inúmeras
compras de produtos importados. Por estes motivos, os economistas da IBE-FGV
João Mantoan e Mucio Zacharias explicam motivos da alta e dão algumas dicas
para os viajantes e consumidores.
De acordo com eles, o governo dos
Estados Unidos não costuma dar calotes, pois é o país emissor dos dólares e
desfruta de fé mundial. Mesmo pagando muito pouco, os títulos da dívida
americana têm proteção plena. Nos últimos três anos, o Brasil registrou saídas
substanciais de divisas, ou seja, fuga de dólares devido a vários motivos e,
entre eles, está a remessa de lucros das multinacionais às matrizes instaladas
em outros países.
Outro motivo que pressiona a moeda
estrangeira é a condição de credibilidade da economia brasileira, que vem se
deteriorando rapidamente e aumentando a desconfiança do mercado.
Os especialistas explicam que se não
há muita certeza sobre os retornos do investimento, o investidor se afasta e
não traz moeda para o Brasil, impactando a economia já muito instável. “Por
esses motivos existe a saída de capital para investimentos nesses títulos,
deixando a situação ainda mais grave no que tange ao câmbio. O pior é que
quando há escassez de produto, o preço tende a subir”, diz o professor de
Economia da IBE-FGV, Mucio Zacharias.
Com a situação grave e instável, o
dólar deve continuar subindo e superar a marca dos R$ 3,00. Quanto ao dólar
turismo, a variação deve chegar a R$ 3,30 em meados deste ano, na previsão dos
economistas. “Preparem-se, porque no momento só nos resta torcer pela melhora
da situação econômica brasileira para amenizar os impactos dessa desvalorização
do Real”, diz Zacharias.
Sobre os investimentos na moeda,
professores ressaltam que o dólar não deve ser visto como investimento, pois
ele não rende juros, não paga aluguel e muito menos dividendos. “No Brasil,
muitas pessoas compram a moeda planejando ganhar com a variação cambial. Os
riscos são elevados, mas se você tiver algum recurso sobrando a expectativa é
de alta e nesse momento faça as contas contemplando todas as complexas
variáveis que afetam a moeda. Boa sorte.”, conclui o economista da IBE-FGV,
João Mantoan.
Dicas
– Viagens internacionais planejadas
“Quem está nessa condição não tem
saída, será impactado pela alta da moeda e, no caso de viagens programadas, os
economistas aconselham a compra da moeda, pois a subida não para por aí. A
expectativa não é boa e o dólar deve ultrapassar o limite de R$ 3,00. Mas se
não subir muito além dessa conta, já estamos na estratosfera cambial”, diz
Mucio Zacharias.
– Comprar em dinheiro ou cartão
pré-pago
“Fuja do dinheiro de plástico! O
cartão pré-pago, além do dólar, vem carregado com IOF absurdo de 6,38%. Esse
imposto já havia absorvido a CPMF e agora vem com força extra afetando todos os
viajantes. Por outro lado, a compra de dólar em espécie ainda tem o imposto
reduzido de 0,38%, mas é mais compensadora que de outras formas”, explica João
Mantoan.
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