QS – QUOCIENTE ESPIRITUAL NAS EMPRESAS

11 de março de 2015.
COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA

Possivelmente o conceito QS –
Quociente espiritual –  já não incomode tanto os empresários, executivos e
demais profissionais nas organizações. Mas tem sido praticado? É valorizado ou,
pelo menos, existe espaço nas empresas para se discutir o assunto?
Enquanto nós brasileiros estamos
vivendo momentos de intenso questionamento ético e de limites das negociações
das empresas e do poder político, nos Estados Unidos os CSOs (Chief
Spiritual Officer
) vem ganhando terreno junto aos CEOs das organizações
(Exame.com – Camila Pati).
O termo refere-se a uma posição de
“guru espiritual”, ou seja, um “profissional que zele pela manutenção dos
valores inegociáveis de uma organização”. Resumindo, é quem cuida dos valores
éticos e da manutenção da cultura da empresa.
Os problemas de ordem moral são e
sempre foram algo de difícil controle e administração em toda sociedade. Desde
que o mundo é mundo, o ser humano apresenta desvios de comportamento
ético.  O homem é um ser social, isto é, vive em grupo, e para isso,
necessita de regras. As normas visam a convivência dos seres humanos, baseado
em condutas que respeitam a integridade, evitam atitudes que causem dor,
sofrimento ou lesam de alguma forma o outro (pessoas, animais, natureza).
Viver em grupo é uma necessidade
humana, mas nem por isso, simples assim, dada a complexidade do comportamento
humano. Transgredir as normas faz parte do caráter de algumas pessoas.
Desde algum tempo, as empresas se
empenham em desenvolver a Missão, Visão e Valores.  Empresários,
executivos, RH e outros profissionais procuram criar e transmitir valores que
definam a cultura da empresa para que todos (stakeholders) possam seguir e se
orientar pelos princípios éticos e sustentáveis da mesma.
Mas esses princípios estão sendo
seguidos em todas as empresas? E quem são os profissionais que mais devem ser o
exemplo do que se propõe nas organizações? Vale muito a pena uma reflexão sobre
o assunto.
Ken Blanchard, especialista em
gestão, tem cooperado muito para que o termo CSO venha se destacando
atualmente. Na opinião de Deni Belotti, ex-aluno de Blanchard no MBA da
Califórnia State University e presidente da JCS Network, “faz-se cada vez mais
necessário profissionais com essa função, para frear a ganância que afasta
empresas de seus valores e propósitos.”
E qual a função dessa pessoa? O CSO é
mentor dos líderes, busca manter o equilíbrio e o legado da organização,
trabalha com os princípios da Missão, Visão e Valores e sai em busca da
manutenção da cultura da organização.
Em outras palavras, tem a principal
tarefa de fazer com que os profissionais sigam os princípios que movem os
grupos para a integridade e o respeito, do que o ser humano tem de mais nobre:
sua.
Eline Rasera, psicóloga, coach e professora do curso de
Pós-graduação em Administração de Empresas da IBE-FGV.
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