SAÚDE: PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO SE MOSTRAM MAIS ABERTOS À INOVAÇÃO

25 de junho de 2015.
O mercado global de saúde está passando por um momento de
transformação com o surgimento de novas tecnologias e competidores, que
conseguem oferecer serviços com qualidade equivalente, ou até superior, a um
número maior de pacientes. Neste contexto, as empresas do segmento têm de entender
os movimentos que estão ocorrendo em todas as frentes, desde as expectativas do
consumidor até o surgimento de novos recursos que não existiam há pouco tempo
atrás. É o que aponta o estudo “Global health’s new
entrants”
, da PwC, sobre este segmento que, no mundo,
representa um mercado estimado em US$ 9,59 trilhões – divididos entre US$ 8,1
tri gerados em iniciativas privadas ou governamentais e US$ 1,49 tri oriundos
das indústrias de fitness e  bem-estar.
Os setores de TI e varejo, por
exemplo, já têm percebido oportunidades interessantes em várias áreas do
segmento de saúde. Em TI, a digitalização é um caminho sem volta: com a
transmissão de dados em tempo real e a um custo menor, é possível consultar
médicos remotamente e até mesmo realizar cirurgias em regiões de infraestrutura
limitada. A tecnologia também já possibilita o uso de novos aplicativos que
ajudam o paciente a controlar a ingestão de alimentos, líquidos e administração
de medicamentos.
Os consumidores estão cada vez mais
dispostos a procurar novas alternativas para suas demandas de saúde, sejam
tratamentos, consultas ou ferramentas de bem-estar, como aplicativos. A
pesquisa aponta que, nos mercados emergentes pesquisados (Brasil, China, Índia,
África do Sul e Turquia), 54% dos
respondentes esperam que aplicativos de saúde e serviços de mobile
Health
 vão melhorar a qualidade do atendimento de saúde que recebem já
nos próximos três anos.
Outra questão importante apontada no
estudo é que os consumidores esperam uma melhora na qualidade da “experiência
do usuário” nos serviços de saúde. Eles citaram a conveniência e transparência
que outros setores já oferecem, como o bancário, varejo e transporte. “Este gap
entre a qualidade da experiência de consumo no setor de saúde e outros setores
indicam oportunidades tanto para novos, quanto para os tradicionais
competidores buscarem inovar e apresentarem soluções disruptivas. Uma ótima
estratégia para revolucionar os processos e modelos no setor é entender o que
pensa e quer o consumidor, dando voz a suas demandas”, explica Marcio Vieira,
sócio da PwC Brasil e líder de Saúde da firma.
Os modelos e sistemas de saúde ao
redor do mundo apresentam peculiaridades e características distintas: países
mais desenvolvidos tendem a ter um sistema consolidado e mais robusto, enquanto
aqueles em desenvolvimento apresentam maiores carências e necessidades em um
ambiente menos regulado.
Nesse cenário, o estudo indica que
inovações – tanto tecnológicas quanto nos processos – têm maior aderência e
potencial de crescimento nos países em desenvolvimento, já que as demandas de
saúde se apresentam mais urgentes e soluções disruptivas podem fazer a
diferença na qualidade de vida dos pacientes. Tecnologias como mobile
Health
 e digitalização dos serviços, que permite atendimento à
distância, são meios para democratizar o acesso à saúde e tem tido uma boa
resposta do consumidor, que quer interagir mais e ser mais participativo no seu
bem estar.
Entre as características que permitem
este movimento dos novos players do setor, a busca por uma
maior interlocução com os pacientes ao redor do mundo foi determinante. “O segmento
de saúde tem apresentado evoluções notáveis justamente por conta desses
competidores, que permitiram alcançar muito mais pacientes com um serviço mais
eficiente do que os métodos mais tradicionais”, comenta Vieira.
Parcerias e joint-ventures são meios
para que estes novos players implementem seus processos inovadores em países em
desenvolvimento. Então, a partir de experiências bem sucedidas, o passo
seguinte é a absorção destes processos em mercados mais maduros.  “O
desafio é entrar num ambiente com regulamentação mais rígida e políticas muito
específicas. É preciso fazer antes um profundo estudo do mercado onde se quer
atuar e isso leva tempo”, explica Marcio Vieira.
Serviços e produtos de saúde voltados
ao fitness e bem-estar compõem um caminho de menor resistência às inovações
tecnológicas. Este mercado representa US$ 1,49 trilhão e novos competidores já
têm tido sucesso com a oferta de produtos neste segmento, com o benefício de
não ter tantas restrições e regulações como no setor de saúde propriamente.
Foto: Marcio Vieira, sócio da PwC Brasil e líder de Saúde da firma.
Crédito: Divulgação.
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