TESTES E DINÂMICAS: COMO DEVO ME COMPORTAR?

28 de setembro de 2015.
Com os inúmeros recursos tecnológicos
e o crescimento das mídias e redes sociais, a busca por uma vaga de emprego
deixou de ser apenas a entrega do currículo. Participar de um processo de
recrutamento e seleção envolve diversas questões. Testes modernos e bem
elaborados, pré-seleção online, entrevistas em outras línguas, por
videoconferência e utilização de outros recursos disponíveis no mundo digital
são alguns exemplos de variáveis que impactam no resultado final de um processo
seletivo e que se tornaram comuns na escolha de um candidato. “A tecnologia vem
sendo utilizada para acelerar processos e não é diferente com o recrutamento e
seleção. Ter flexibilidade para
fazer uma entrevista via Skype, com pessoas de outros países, em um restaurante
de comidas típicas, à noite ou de madrugada, é uma das competências que o
candidato deve ter”, ressalta o professor da IBE-FGV especialista em RH, Gestão
de Pessoas, Liderança e Coaching Executivo, Vagner Sandoval.
Ser flexível potencializa as chances
do candidato e a característica deve ser demonstrada durante o processo. “E se
você recebesse uma ligação do setor de RH de uma empresa dizendo que a
entrevista será realizada às 3h da manhã, via Skype, com o diretor geral que
está em viagem pela China. Qual seria a sua reação? Tempo é dinheiro e um
recurso cada vez mais escasso”, destaca o professor.
Segundo o especialista, muitos
candidatos supervalorizam as próprias competências no momento da entrevista,
seja ela presencial ou via internet. Quando são contratados e colocados em
situações que exigem a utilização de tais competências, esses colaboradores
apresentam resultados desastrosos. “Seja
você mesmo! Não venda competências que você não possui ou resultados que
não foram alcançados. Não crie uma expectativa que você não consegue cumprir,
pois isto fatalmente irá se transformar em decepção, ou melhor, em demissão”, alerta.
O acerto das respostas em testes e dinâmicas também assombra os
candidatos. A dica do professor é que o entrevistado não tente descobrir a
resposta ideal/perfeita que a empresa deseja. “É normal ver candidatos que
pensam demasiadamente antes de responder as perguntas do recrutador, mas não
existe a resposta certa! Todo processo de seleção é planejado para descobrir a
pessoa certa para a vaga em questão. As respostas devem ser verdadeiras e
transparentes”, diz o coaching.
Distorcer
uma resposta ou fingir algum comportamento são reações inaceitáveis
durante o processo. O comportamento pode até gerar um resultado imediato e
maravilhoso – a contratação,
mas desastroso a curto ou médio prazo, a demissão. “A autenticidade deve ser preservada neste momento. É
melhor perder uma oportunidade do que perder a credibilidade e manchar a sua
imagem perante a companhia”, reitera o especialista da IBE-FGV.
“Saber falar é uma arte”, ressalta
Sandoval. Segundo ele, muitos candidatos acreditam que quanto mais falar
melhor, pois assim estarão se expondo mais e serão melhor avaliados. “É verdade
que durante a dinâmica não devemos ficar calados o tempo todo, porém falar em
excesso pode demonstrar que o candidato tem dificuldade de ouvir os outros. Isso
não irá contribuir para a sinergia e para o entrosamento da equipe. Lembre-se
que quantidade não é qualidade, e que em muitos momentos, menos é mais”,
finaliza.
Fotoprofessor da IBE-FGV especialista em RH, Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching Executivo, Vagner Sandoval.
Crédito:  Hilda Vicente/Studio Sica
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