PEC DO JORNALISTA: UM PASSO À FRENTE AO RETROCESSO

08 de abril de 2015.
COLUNA DA TANTAS COMUNICAÇÃO COM JULIANA FREITAS

Na data em que comemoramos o Dia do
Jornalista, 7 de abril, o Plenário do Senado aprovou a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2009, conhecida como PEC dos Jornalistas. A proposta,
aprovada em segundo turno por 60 votos a 4, torna obrigatório o diploma de
curso superior de Comunicação Social, habilitação jornalismo, para o exercício
da profissão de jornalista. A matéria agora segue para exame da Câmara dos
Deputados.
Se de médico, jornalista e louco todo
mundo tem um pouco, eu não sei. Mas nunca concordei com a revogação da
exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista em junho de
2009 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Então, vamos
diagnosticar, medicar e operar pacientes porque, afinal, todos nós já ficamos
mesmo doentes, não é? Assim como, podemos promover um cidadão a jornalista por
este ser um altivo escritor.
Brincadeiras à
parte, o assunto é bastante sério sim. A não exigência do diploma para
jornalistas enfraquece ainda mais a classe, que, por sinal, já é bastante
desvalorizada.

A revogação, como o
que acontece com a maioria das leis e Pecs no Brasil, foi uma medida tomada sem
apoio do mercado. As partes interessadas nunca são ouvidas e tudo é feito de
acordo com os interesses de uma minoria.
O jornalismo, que
passa atualmente pela maior crise de sua história, com demissões em massa,
fechamento de cadernos, editorias e até publicações inteiras, sofreria ainda
mais com o desmerecimento da profissão. Estaríamos todos fadados ao fim de um
jornalismo sério, ético e de credibilidades. Nos reduziríamos ao plano de redes
sociais, onde tudo o que se fala se torna uma verdade estúpida e leviana.
Não sou contra a
liberdade de expressão, aliás, acredito que esta é a mais linda de todas as
liberdades. Mas não dá para denominar uma pessoa jornalista simplesmente porque
ela se expressa. Que ela continue falando, argumentando e debatendo. Mas
jornalista mesmo tem que se preparar para o cargo, ter estrutura ética, teórica
e prática.
E não me venha falar
que em outros países qualquer profissional pode ser jornalista, porque a
realidade é bem diferente. E isso já é assunto para outro debate.
A Tantas Comunicação é dirigida pelos jornalistas Juliana
Freitas e Alberto Augusto e elabora estratégias de comunicação integradas
destinadas ao fortalecimento da imagem e da credibilidade das organizações
junto aos seus públicos. A Tantas Comunicação conta com uma equipe de jornalistas e designers especializada em
comunicação empresarial, o que engloba os serviços de Assessoria de Imprensa,
Publicações Customizadas, Comunicação Interna, Monitoramento de Redes Sociais e
Conteúdo Web. Saiba mais: www.tantas.com.br
Juliana
Freitas, sócia na Tantas Comunicação, é jornalista com pós-graduação em
Marketing. [email protected]
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