VAREJISTAS ESTÃO CONFIANTES NO AUMENTO DE VENDAS NO NATAL

O 13º salário dos trabalhadores formais de Campinas deverá injetar na economia local até R$ 1,35 bilhão neste final de ano. É o que aponta a projeção inédita feita pelo SindiVarejista em parceria com a FecomercioSP. Os dados foram obtidos por meio da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O valor foi calculado a partir da massa salarial média paga aos quase 410 mil trabalhadores com carteira assinada no município e representa uma estabilidade em relação ao impacto aferido em 2016. Vale ressaltar que no cálculo não foSanae_presidente SindiVarejistaram considerados os recursos recebidos pelos aposentados e pensionistas já que, nestes casos, boa parte do 13º foi pago antecipadamente.

A presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito, afirma que essa injeção monetária do 13º na economia é um alento aos consumidores e empresários, principalmente em períodos de recessão econômica, como o atual. “O benefício favorece consumidores a regularizarem dívidas, em atraso ou não, e a retomar o consumo. Além disso, o 13° é o responsável pelo Natal ser a principal data especial do varejo”, afirma.

No mês de dezembro, quando é celebrado o Natal, com a contribuição do 13º salário, as vendas chegam a aumentar até 30% em relação aos outros meses. “Todo esse movimento garante maior giro de caixa e também de estoques, o que é essencial em todos os momentos, principalmente após um período de retração”, avalia o assessor econômico da FecomercioSP, Jaime Vasconcellos.

O Departamento de economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) projeta que o Natal desse ano deve abrir mais de 13 mil vagas temporárias em Campinas e região, cerca de 3,5% acima do registrado em 2016.Laerte Martins

O gerente-executivo da ACIC, Leandro Diniz, destaca que as contratações temporárias são uma oportunidade para o varejo tomar contato com novos profissionais e descobrir talentos que podem fazer a diferença nas empresas.

Diniz orienta que os candidatos devem atentar para algumas características que podem ser determinantes a hora da contratação. Além de preparar um bom currículo, pois é a informação que será compartilhada com o entrevistador, há outros aspectos a serem destacados.

Uma boa apresentação pessoal do ponto de vista do vestuário é importante, pois de acordo com Diniz, no varejo o contato humano é muito frequente, então a imagem que será transmitida em termos de postura e vestuário também será avaliada no processo seletivo.

Além disso, pesquisar antes sobre a empresa, os produtos que ela vende e sobre a vaga é essencial. “Isso pode ser um diferencial porque os entrevistadores costumam fazer dinâmicas em grupos, fazem processos com vários candidatos simultaneamente. Isso pode fazer com que ele se diferencie em relação a outro candidato”, explica o gerente-executivo.

Existem também competências comportamentais que são extremamente valorizadas no varejo, como: ser atencioso, ter postura e educação; se relacionar bem com outras pessoas; ter afinidade com o produto que vai vender e trabalhar; colaborar para uma boa experiência de compra; não induzir clientes a uma compra equivocada e entender que atingir a meta é consequência de um bom atendimento.

Segundo o economista da Associação Comercial de Campinas, Laerte Martins, a nova Lei sobre as contratações dos terceirizados, a partir de outubro deve reduzir os custos de contratações para o varejo, o que favorece a abertura de vagas.

Foto 1 – Presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito.

Foto 2 – Economista da Associação Comercial de Campinas, Laerte Martins.

Crédito: Divulgação.

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