APRESENTAÇÃO PESSOAL NO UNIVERSO CORPORATIVO

11 de dezembro de 2014.

COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA

Em todas as diferentes estruturas da
sociedade, a apresentação pessoal, quer através da maneira como nos vestimos,
quer através do modo como nos comportamos, pode ser mais ou menos adequada.
Certo ou errado, concordemos ou não, é assim que organizamos nossa vida nesse
planeta. Os grupos sociais apresentam características próprias (cada povo, uma
cultura) e, em cada um desses grupos, estabelecem-se determinadas regras e
padrões de comportamento.
Em uma reunião religiosa, por
exemplo, as pessoas, em geral, vestem-se de acordo com a ocasião. Dificilmente
alguém entraria numa celebração espiritual com aparência de quem vai à praia ou
com atitudes de quem está numa festa.
A maneira como nos apresentamos e nos
comportamos em diferentes lugares e ocasiões, segue um padrão.  Assim,
vamos aprendendo, desde criança, como agir dentro da nossa cultura.  Fugir
desse padrão pode, em determinadas situações, fazer emergir sentimentos de
culpa, vergonha e até de exclusão social.
No universo corporativo não é
diferente. Como em qualquer outra estrutura social, nas empresas encontram-se
regras e padrões de comportamentos esperados. Pode variar de acordo com o tipo
de organização, isto é, empresas “Soft” são mais flexíveis, com padrões
menos exigentes, enquanto que empresas “Hard” são mais formais e rígidas
quanto ao que se espera como conduta. O profissional deve, então, estar atento
a essas regras.
Ao ser convidado para uma entrevista
de emprego, é importante conhecer as características da empresa, seus produtos
e, principalmente, sua cultura. Esse é o primeiro passo para se preparar para
essa situação. É importante, também, de acordo com a empresa, estar empenhado
na apresentação pessoal, que vai desde o modo de se vestir até o comportamento
na sala de espera e na presença dos entrevistadores. Essa impressão que os
presentes terão nesse primeiro momento, pode fortemente impactar no sucesso ou
fracasso da entrevista.
A mesma situação se dá, como
profissional, ao realizar apresentações de projetos, de resultados e até diante
de reuniões com as equipes de trabalho. Tentar ser demasiado descontraído,
informal e até mesmo com alguma intimidade, pode levar a interpretações
diversas e passar uma imagem de pouca credibilidade do profissional.
O psicólogo norte-americano, Karl
Lashley, que estuda há muitos anos o funcionamento do cérebro, realizou
experimentos que contribuíram para descobertas sobre como armazenamos nossos
registros de pessoas e situações. Dentre os estudos mais recentes nos Estados
Unidos, identificou-se que “…nossos olhos enviam 72 Gb de informação para o
córtex cerebral por segundo…” (O Cérebro de Alta Performance – Ed. Gente).
Parte delas é consciente, parte é
inconsciente, e é com essa gama de informações que, quem nos observa , analisa
ou avalia, faz sua escolha e toma suas decisões. Não basta ser competente e
ético,parecer também é necessário para um resultado bem sucedido.
Sendo assim, convém dar um pouco mais de atenção à apresentação pessoal, pois
uma imagem adequada, certamente contribuirá para o sucesso profissional.
Eline Rasera, psicóloga,
coach e professora do curso de Pós-graduação em Administração de Empresas da
IBE-FGV.
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