BEM-VINDOS À ERA DOS EGOÍSTAS

06 de janeiro de 2015.
COLUNA DA TANTAS COMUNICAÇÃO COM RENATA ROSA
Os três termos id, ego e superego
foram criados e definidos pelo psicanalista austríaco Sigmund Freud, em 1920,
 que publicou a teoria da personalidade, uma referência para compreender o
comportamento humano.
Para Freud, o id corresponde à noção inicial de inconsciente, algo como
a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade, incluindo aí as
necessidades básicas, instinto de sobrevivência e desejo sexual, a grosso modo. Conforme
o psicanalista, o ego serve como mediador
entre o id e o mundo real e suas regras, códigos e
circunstâncias, como a razão ao contrário da paixão insistente e irracional.
Está sempre em busca de saciar os instintos do id. Já o superego, de forma simplificada, representa a moralidade, como um conjunto de
valores que leva a refrear as reações de acordo com as regras sociais. Freud descreveu-o
como o “defensor da luta em busca da perfeição”. Trata-se de um produto
gerado a partir dos valores e padrões recebidos principalmente dos pais e da
sociedade.
Um superego equilibrado proporciona
às pessoas a capacidade de controle sobre situações que lhe são adversas ou
extremamente desejáveis, ainda que proibidas. Já o ego, totalmente concentrado
em satisfazer os caprichos do id, pode levar a verdadeiros absurdos.
Seria exagero dizer que estamos
vivendo a era do egocentrismo? Uma sociedade composta por indivíduos que pensam
apenas em si mesmos e em suas necessidades, poderia explicar os escândalos cada
vez mais estapafúrdios nas esferas públicas e privadas? Desde a corrupção até a
violência, até os casos singelos de modismos espalhados pelas redes sociais,
parece-me invocar a um estranho caso de epidemia de egoísmo.
Por que será que quase todo mundo
quer passar à frente do carro da frente? Ou trocar de par, de casa, de
automóvel, de cidade, estado, país… Por que será que tudo que se faz merece
uma selfie com ou sem pau, já que agora ninguém mais precisa de ninguém, só de
si mesmo e um celular de última geração? Por que a necessidade cada vez mais
pujante de parecer melhor, mais bonito, mais poderoso, mais vencedor, mais
bem-sucedido do que o outro? Por que pegar aquilo que não é seu, mesmo que seja
o lugar na fila ou o dinheiro público? Por que?
É que a sociedade esqueceu do
superego e deixou o ego bajulando o id, incentivada por campanhas de Marketing,
filmes de Hollywood e pela falência da instituição chamada família. Mas, isso
já é assunto para outro artigo. O que eu penso? Dedicar-se à sua casa e
trabalhar com o voluntariado pode ajudar aqueles que desejam se recuperar desse
mal. Mas, eu receitaria mesmo é uma conversa pessoal com Deus. Ele não está
morto, ao contrário de Freud.
A Tantas
Comunicação é dirigida pelos jornalistas Juliana Freitas e Alberto Augusto e
elabora estratégias de comunicação integradas destinadas ao fortalecimento da
imagem e da credibilidade das organizações junto aos seus públicos. A Tantas
Comunicação conta com uma equipe de jornalistas e designers especializada
em comunicação empresarial, o que engloba os serviços de Assessoria de
Imprensa, Publicações Customizadas, Comunicação Interna, Monitoramento de Redes
Sociais e Conteúdo Web. Saiba mais: www.tantas.com.br
Renata
Rosa, assessora de comunicação da Tantas Comunicação, é jornalista, com ampla
experiência em assessoria de imprensa em órgãos públicos e privados.
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