CIDADES DA REGIÃO DE CAMPINAS DÃO DESTINO CORRETO A RESÍDUOS MAS PODEM AVANÇAR MAIS

Um levantamento feito pelo Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (ISLU)  em parceria com o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo (Selur) e pela PwC Brasil revelou que das 19 cidades da Região Metropolitana de Campinas, três delas forneceram dados completos com relação ao destino correto dos resíduos.Pedreira, um dos municípios que participaram do estudo, mostrou bons resultados, apresentando um número de recuperação de resíduos de 9,9%, sendo um dos destaques no Estado de São Paulo e ficanampliacao-aterro-sanitario-de-pauliniado acima da média brasileira, de 4%. Apesar disso, a cidade ainda está abaixo dos padrões internacionais de recuperação de materiais. Em países como Japão, Alemanha e Canadá, as taxas de reciclagem podem chegar a 40%.

Campinas, por sua vez, destina seus resíduos corretamente, enviando-os a aterros sanitários e apresenta um índice de dimensão de engajamento de 0,85, um dos mais altos entre os municípios paulistas. No entanto, a prestação do serviço não é completa, trazendo discussões sobre a necessidade de sua ampliação para que beneficie toda a população da cidade. Já Santa Barbara D’Oeste apresenta, de forma geral, bons números para todas as dimensões, mas deixa a desejar no quesito de recuperação de resíduos, com taxas de 0,6%, contra 1,4% em Campinas e 9,9% em Pedreira.

A baixa adesão ao estudo na região se deve pela falta de informações adequadas para a análise das cidades. O ISLU necessita de uma gama ampla de dados que possam representar de maneira correta a aderência dos municípios à PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos).

A fim de sucarlos_rossin_credito-edi-pereiraprir a falta de informações sobre a limpeza urbana das cidades brasileiras e mapear os desafios para o cumprimento das recomendações da PNRS, o Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana) e a PwC Brasil desenvolveram o ISLU. A pesquisa leva em consideração quatro aspectos para a compilação dos dados que envolvem engajamento do Município (população atendida x população total); sustentabilidade Financeira (despesas com a limpeza urbana x despesas totais); recuperação dos Recursos Coletados (material reciclável recuperado x total coletado) e impacto Ambiental (quantidade destinada incorretamente x população atendida).

O ISLU gerou resultados em 1.721 municípios brasileiros com base nos critérios da PNRS, aprovada em 2010, e criou um termômetro onde aponta os problemas e soluções de cada local, caso a caso, com pontuação de zero a um. Os dados utilizados foram coletados na base de 2014 do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).“O objetivo do ISLU não é ser um ranking de cidades limpas x cidades sujas. Os resultados dessa análise servirão de insumo para os gestores públicos e privados de limpeza urbana, assim como associações e a sociedade em geral, a tomarem as medidas necessárias a fim de atender as exigências da PNRS e fomentar um ambiente sustentável e saudável em seus municípios”, afirma Ariovaldo Caodaglio, conselheiro do Selur.

O diretor da PwC Brasil e coordenador do estudo, Carlos Rossin, destaca as informações necessárias para que uma cidade tenha um bom desempenho “Para que um município tenha uma boa pontuação, ele deve apresentar resultados relevantes no total de indicadores utilizados. Com isso, o ISLU avalia uma série de informações consolidadas, sem trazer análises tendenciosas para o atendimento de apenas um aspecto da gestão da limpeza urbana”, explica.

 

Foto 1 – Ampliação do aterro sanitário de Paulínia.

Foto 2 – Diretor da PwC Brasil e coordenador do estudo, Carlos Rossin.

Crédito: Divulgação.

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