COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA

02 de agosto de 2014.
AUTOCONHECIMENTO – POR
QUÊ?
Eline Rasera.

trabalho e nem  sempre é bom
evidenciar  determinadas características
e assumi-las. Ao contrario, temos sempre a necessidade em saber que somos boas
pessoas, competentes, educadas e equilibradas. Quase que beirando a perfeição.  Pensar que somos assim faz bem para a auto
imagem e é claro, auto estima.

que não! Não somos perfeitos. Estamos sempre em processo evolutivo.
E
quanto menos se olha para as próprias características, menos oportunidade para
mudar as que comprometem o desempenho, as relações e a vida.
Somos
“treinados” (educados pela sociedade) a observar mais os comportamentos
alheios, com direito a analises e criticas. O nosso comportamento (e suas
conseqüências), em geral, são sempre justificados, ou seja, sempre há e haverá
um bom motivo para tal atitude e, se houver algum responsável, certamente é o
outro.
E
assim caminhamos pela vida, evitando as dores emocionais como a culpa ;
aliás,  uma feroz e atroz causadora de
infelicidade e  de algumas doenças. Mas
não é necessário esse extremo para mudar. A culpa pode ser somente um
sinalizador de que algo saiu errado. Isso é humano e necessário para avaliarmos
nossas ações. Somente como curiosidade, o psicopata não apresenta essa condição
em seu processo mental, o que o leva a comportamentos altamente prejudiciais ao
outro sem que haja culpa e, portanto, sem que perceba necessidade de mudança.
Mas, nesse caso, trata-se de um transtorno grave de personalidade, uma
doença.  Portanto, o sentimento de
desconforto que , normalmente sentimos ao percebermos que fomos responsáveis
por algo prejudicial, é necessário para então, alterarmos o nosso
comportamento.
Então
como utilizar o sinalizador e mudar um padrão de comportamento? E por quê?
Sempre
que uma pessoa decide pelo processo de autoconhecimento e, consequentemente
autodesenvolvimento, tende a se tornar mais equilibrado, competente, bem
relacionado e com mais sucesso 
profissional.
E
pessoas mais equilibradas tendem a ser mais felizes. Se analisa e se corrige,
foca em objetivos pessoais e profissionais, busca alternativas para conquistar
suas metas, aprende a lidar com obstáculos e, de regra, aprende com os erros.
Alguns
passos para orientar esse processo:
Decidir.
Parece simples, mas não é. A decisão é interior, nasce no cérebro e no coração,
quase que “visceral”. Não é “eu preciso” ou “eu devo”, mas, EU QUERO (assim
mesmo, com letras maiúsculas).
Eliminar
criticas ao comportamento alheio. Sempre que ficar tentado a comentar (com
maledicência) opções de vida, atitudes, aparência ou outra característica de
outra pessoa, lembrar da decisão de mudar e não desviar a atenção de si mesmo.
Afinal é mais confortável observar e falar do outro. Nesse momento SILENCIE
(assim mesmo, com letras maiúsculas).
Observar
as próprias emoções negativas (tristeza, raiva, inveja, revolta, medo, etc) e
buscar entender a natureza da mesma, ou seja, qual a razão desse sentimento?
“Por que estou sentindo isso?” – em geral, o sentimento encobre uma fraqueza ou
uma dor emocional que reside em nossa própria historia.
IMPORTANTE:
a auto-análise não deve nem levar `a culpa com piedade de si mesmo, e nem
justificativas com o passado. É analise do fato e de como mudar. Ponto.
Identificar  alternativas de comportamento / ação que
revele grande potencial de
êxito e satisfação de todos os envolvidos. Sempre se tem opções.
Repetição
do comportamento é que muda o padrão e fixa o aprendizado,  portanto , é mantendo a nova atitude que
garantimos sua permanência em  nosso
padrão mental.
E
se não for possível evitar uma ação com consequência desagradável (como uma
demissão, por exemplo) procurar a melhor maneira  de executar a tarefa. Está valendo a AUTOANALISE.
Pensar
antes de agir ainda é um bom negocio. Refletir sobre a melhor conduta ainda
evita muitas consequências negativas.
Então,
a partir da decisão tomada, do esforço para se eliminar a observação do outro e
focar em  autoconhecimento e
autodesenvolvimento, encontrar novas maneiras de agir com menor teor emocional,
claramente as mudanças  realizadas, tanto
internas quanto do comportamento, tendem a apresentar  maior equilíbrio emocional e  qualidade de vida, alem de, ser um ótimo
desenvolvedor de carreira profissional.
De
qualquer maneira, parece ser um bom caminho para se escolher na vida: tornar-se
cada dia melhor e mais satisfeito consigo mesmo.

Eline Rasera,
psicóloga, coach e professora do curso de Pós-graduação em Administração de
Empresas da IBE-FGV.
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