COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA

17 de setembro de 2014.
AS COMPETÊNCIAS
MAIS REQUISITADAS PELO MERCADO
Eline Rasera
Quando empresários, diretores ou o RH
buscam desenvolver os profissionais da empresa, a primeira pergunta que se faz
é: qual o problema?
E durante o relato deste, não é
surpresa a identificação de um novo problema “oculto”, ou seja, por trás de uma
aparente necessidade técnica, é comum existirem diversas outras necessidades e
que, via de regra, diz respeito ao comportamento dos profissionais. As
consequências podem resultar em elevado turnover, absenteísmo,
aumento no índice de ocorrências da segurança do trabalho, quebras de máquinas,
comprometimento da qualidade ou dificuldades para atingir as metas, entre
outros.
Os profissionais são requisitados
pela competência técnica, experiência no setor ou atividade e, qualidades
comportamentais  relacionada ao desempenho no cargo. Como exemplo,
profissionais da área de vendas, necessitam boa comunicação; da área de TI –
como programador, boa atenção concentrada, e assim por diante.
No entanto, algumas competências
estão presentes, ou pelo menos deveriam estar em todos os profissionais e de
todos os cargos do organograma. Mas não é isso que acontece com a freqüência
que deveria e, nesse caso, desenvolver ou facilitar a condição de aprender e
modificar os comportamentos, deve ser também um compromisso da empresa, além de,
é claro, sendo uma condição de crescimento profissional, responsabilidade de
cada um.
Engajamento, ou
comprometimento, é uma das competências mais desejadas em todos os
profissionais. Estar comprometido significa ter a responsabilidade pelo
processo assim como pelo resultado da atividade. É assumir o que se comprometeu
a realizar.
Equilíbrio emocional é como
respondemos aos desafios do dia a dia. Toda organização é repleta de situações
que geram stress, ansiedade, frustrações de todo tipo e saber lidar com essas
emoções, define um perfil bastante valorizado pelas empresas.
Ética e profissionalismo são
competências que dispensam explicações.  Realizar um contrato (e suas
condições),  assumir é simplesmente  óbvio. O que acontece é que,
algumas situações não previstas ou não imaginadas podem causar mudanças de
comportamento. Nesse caso, uma  conversa para ajustar as divergências é
uma boa atitude, porem, se  não for adequado, o desligamento da empresa
pode ser a melhor saída. Apesar de circunstâncias divergentes, no mercado,
ainda é um excelente negócio ter valores e conduta ética.
Comunicação é a
capacidade de se “transmitir ideias e interpretar corretamente as das outras
pessoas”. (Yannik D’Elboux-UOL).
Relacionamento Interpessoal é uma das
qualidades que, além de proporcionar um bom ambiente de trabalho, tende a
facilitar atividades de equipes, acesso a diversos setores, contribuir para
aprendizado e sucesso na carreira. É saber se relacionar em todos os níveis da
organização.
Alta Performance é buscar, de
forma contínua, superar a si mesmo, se questionando quanto a capacidade de
melhorar e realizar mais. Essa competência, além de ser um diferencial para o
profissional, revela satisfação pessoal pelo que se é capaz de ser e fazer.
Qualificação acadêmica acontece
quando o profissional busca novos conhecimentos através de cursos de
especialização, pós graduação, MBA, novos idiomas e outros. Com certeza,
profissional e  organização se beneficiam desta aquisição.
As empresas também precisam estar
atentas a valorizarem comportamentos que agregam. Talvez a meritocracia (do
latim mereo, merecer,obter- Dicionário InFormal) seja uma das
alternativas.
Profissionais diversos ainda
acreditam na ideia de que vale ser “puxa-saco”, que um bom QI é melhor que
competência e que a “esperteza” (no sentido pejorativo) é que alavanca
carreiras. Evidentemente  ainda existem empresas e profissionais que
valorizam  essas atitudes, e é por isso que se torna tão difícil mudar
comportamentos – são as crenças e os padrões mentais. De qualquer maneira, as
competências relevantes estão sendo requisitadas cada vez mais, demonstrando
que, apesar de desvios de conduta existirem e fazerem parte do cotidiano das
empresas (e da sociedade), pra quem deseja carreira, sucesso e projetar um bom
nome, ainda vale a pena a opção pelas atitudes que agregam a longo prazo e não
as de resultados a curto prazo, mas que podem destruir um futuro.
Eline Rasera,
psicóloga, coach e professora do curso de Pós-graduação em Administração de
Empresas da IBE-FGV. 
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