Desafios em liderar
e motivar jovens
e motivar jovens
Rosa Perrella
Nesta semana, quero comentar sobre uma pesquisa publicada na revista
“Profissional & Negócios”, feita pela Nube –Núcleo Brasileiro de
Estágios – referente a uma das grandes questões que tange a mudança no
mercado de trabalho em relação a Geração Y, os nascidos de 1979 a 1990,
especificamente em relação a liderança e motivação de jovens.
“Profissional & Negócios”, feita pela Nube –Núcleo Brasileiro de
Estágios – referente a uma das grandes questões que tange a mudança no
mercado de trabalho em relação a Geração Y, os nascidos de 1979 a 1990,
especificamente em relação a liderança e motivação de jovens.
O tema da pesquisa foi: Para você, o que significa ser feliz no
trabalho? Para jovens entre 15 e 26 anos, e o resultado foi uma constatação: o
valor da remuneração já não é mais o fator relevante, comprovando a
teoria de que novos valores estão começando a delinear o mercado de
trabalho.
trabalho? Para jovens entre 15 e 26 anos, e o resultado foi uma constatação: o
valor da remuneração já não é mais o fator relevante, comprovando a
teoria de que novos valores estão começando a delinear o mercado de
trabalho.
A “satisfação pessoal com o seu desempenho” foi a alternativa mais
votada, demonstrando que o trabalho aparece cada vez mais com a ideia de
autorrealização, sendo o aspecto econômico fruto dos resultados e da
consequência da performance profissional.
votada, demonstrando que o trabalho aparece cada vez mais com a ideia de
autorrealização, sendo o aspecto econômico fruto dos resultados e da
consequência da performance profissional.
De acordo com o analista da pesquisa, os jovens que fizeram esta opção
possuem um perfil que aceita tarefas desafiadoras, que precisam ter confiança
em relação às atividades atribuídas, ser competente para a sua função e contar
com um acompanhamento capaz de reafirmar sua credibilidade, ou seja, o papel do
líder é fundamental neste processo.
possuem um perfil que aceita tarefas desafiadoras, que precisam ter confiança
em relação às atividades atribuídas, ser competente para a sua função e contar
com um acompanhamento capaz de reafirmar sua credibilidade, ou seja, o papel do
líder é fundamental neste processo.
Daí me vem a pergunta: Como liderar e manter esta geração motivada?
Para uma boa convivência faz-se necessário:
– Fazer gestão por competências e por valores;
– Dar autonomia e acompanhar o processo;
– Mostrar os “porquês”, as responsabilidades e os impactos do seu
trabalho;
trabalho;
– Trazer para o concreto, para a realidade, pois, são otimistas,
realistas e autoconfiantes;
realistas e autoconfiantes;
– Diversificar as tarefas e atividades, são dinâmicos, agitados e
desenvolvem tarefas múltiplas;
desenvolvem tarefas múltiplas;
– Fazer follow up permante;
– Fornecer feedback constantemente.
Ou seja, a liderança precisa conhecer bem a equipe, aliás
participar ativamente de todo o processo de seleção desde a descrição do
perfil, das dinâmicas e devolutivas das ferramentas de análise de competência.
Sugiro que os líderes tragam para as atividades de seleção, membros da própria
equipe para acompanhar os processos e dar opiniões.
participar ativamente de todo o processo de seleção desde a descrição do
perfil, das dinâmicas e devolutivas das ferramentas de análise de competência.
Sugiro que os líderes tragam para as atividades de seleção, membros da própria
equipe para acompanhar os processos e dar opiniões.
O líder precisa criar momentos de relacionamento com a equipe com
atividades direcionadas , é uma boa estratégia para identificar talentos,
vocações, pontos fortes e a desenvolver e, sem dúvida, para integrar a equipe!
atividades direcionadas , é uma boa estratégia para identificar talentos,
vocações, pontos fortes e a desenvolver e, sem dúvida, para integrar a equipe!
Ø Reúna sua equipe todos os dias ou
por 5 minutos ou pelo menos 1 vez por semana;
por 5 minutos ou pelo menos 1 vez por semana;
Ø Conte um pouco da sua história,
fale dos seus acertos e enganos e convide a equipe se sentir à
vontade para compartilhar também ;
fale dos seus acertos e enganos e convide a equipe se sentir à
vontade para compartilhar também ;
Ø Indique livros e artigos para
leitura e compartilhe as principais idéias;
leitura e compartilhe as principais idéias;
Ø Peça para que a equipe fale de seus
sonhos e metas pessoais, assim você consegue perceber melhor valores e
pensamentos da equipe.
sonhos e metas pessoais, assim você consegue perceber melhor valores e
pensamentos da equipe.
É importante ouvir, demonstrar a importância de cada um na equipe,
valorizando o trabalho e principalmente, o gestor deve servir de exemplo para a
sua equipe
valorizando o trabalho e principalmente, o gestor deve servir de exemplo para a
sua equipe
Nas aulas de liderança e gestão de pessoas, que ministro nos
cursos de Pós Graduação e MBA, onde 90% dos alunos são da geração Y, e que
muitos já possuem cargos de liderança, e em pergunta rápida para medir a
satisfação “ Por que eu fico aqui ?“, ou seja, os motivos que os mantém na
empresa, as respostas foram:
cursos de Pós Graduação e MBA, onde 90% dos alunos são da geração Y, e que
muitos já possuem cargos de liderança, e em pergunta rápida para medir a
satisfação “ Por que eu fico aqui ?“, ou seja, os motivos que os mantém na
empresa, as respostas foram:
– ambiente e clima organizacional;
– plano de desenvolvimento profissional e de carreira;
– remuneração compatível.
Já perguntado sobre o nível de motivação “ Por que eu me empenharia mais
? “, os fatores foram :
? “, os fatores foram :
– qualidade da gestão da empresa e da liderança;
– formas como o líder reconhece as competências e habilidades;
– desafios para desenvolver competência , acompanhamento e
feedback constante da liderança.
feedback constante da liderança.
Portanto, o líder precisa ter vocação para gente e fazer uma excelente
gestão do tempo.
gestão do tempo.
Em contra partida, verificando pesquisa da Talenses publicada na revista
Inteligência Corporativa, sobre retenção de talentos de executivos, revela que
quanto maior é o tempo de permanência no emprego atual, menor é amostra: 6,6%
estão a mais de 10 anos na mesma empresa, 29,5% estão entre 2 e 5 anos e
52% estão há menos de dois anos na mesma companhia.
Inteligência Corporativa, sobre retenção de talentos de executivos, revela que
quanto maior é o tempo de permanência no emprego atual, menor é amostra: 6,6%
estão a mais de 10 anos na mesma empresa, 29,5% estão entre 2 e 5 anos e
52% estão há menos de dois anos na mesma companhia.
Ao analisar o tempo de permanência no emprego anterior, apenas 8,5% do
total de entrevistados relataram ter ficado mais de 10 anos, enquanto 37%
ficaram entre 2 e 5 anos e 32,5% ficaram menos de dois anos. Dentre o
primeiro grupo, que ficou mais de 10 anos na empresa anterior, 59% são da
geração X ( nascidos de 1965 a 1978 ), 27% da geração Baby Boomers ( nascidos e
1946 a 1964 ) e 14% da geração Y ( nascidos de 1979 a 1990 )
total de entrevistados relataram ter ficado mais de 10 anos, enquanto 37%
ficaram entre 2 e 5 anos e 32,5% ficaram menos de dois anos. Dentre o
primeiro grupo, que ficou mais de 10 anos na empresa anterior, 59% são da
geração X ( nascidos de 1965 a 1978 ), 27% da geração Baby Boomers ( nascidos e
1946 a 1964 ) e 14% da geração Y ( nascidos de 1979 a 1990 )
O segundo grupo, composto por profissionais que ficaram entre 2 e 5 anos
na mesma empresa, 48% são da geração X, 44% da geração Y e 7% são da geração
Baby Boomers. E o terceiro grupo, que ficou menos de dois anos na mesma
organização, é composto por 49% da geração Y, 43% da geração X e 6% da geração
Baby Boomers.
na mesma empresa, 48% são da geração X, 44% da geração Y e 7% são da geração
Baby Boomers. E o terceiro grupo, que ficou menos de dois anos na mesma
organização, é composto por 49% da geração Y, 43% da geração X e 6% da geração
Baby Boomers.
A pesquisa também observou que, o comportamento da geração Y, que 71%
deles ficaram de 3 a 6 meses no último emprego, dado que sugere tanto uma
reflexão dos profissionais desta geração como dos empregadores.
deles ficaram de 3 a 6 meses no último emprego, dado que sugere tanto uma
reflexão dos profissionais desta geração como dos empregadores.
Diante do quadro, é sugerido a área de Gestão de Pessoas das empresas a
treinarem suas equipes de líderes de acordo com suas necessidades, pois, muitos
ainda são treinadas em grupos, abordando assuntos que nem todos precisam mais
aprender, o que funcionou para o Boomers, não se aplica para aos mais jovens.
treinarem suas equipes de líderes de acordo com suas necessidades, pois, muitos
ainda são treinadas em grupos, abordando assuntos que nem todos precisam mais
aprender, o que funcionou para o Boomers, não se aplica para aos mais jovens.
Hoje as atividades devem ser cada vez mais práticas, de forma
participativa, com dinâmicas de grupo específicas como jogos e estudos de
casos, o que contribui para aumento de desempenho e performance. Os gap´s entre
os treinamentos e a prática, podem ser eliminados pelos programas de mentoria
ou coaching individualizado.
participativa, com dinâmicas de grupo específicas como jogos e estudos de
casos, o que contribui para aumento de desempenho e performance. Os gap´s entre
os treinamentos e a prática, podem ser eliminados pelos programas de mentoria
ou coaching individualizado.
Rosa Perrella é consultora em gestão de pessoas
coach organizacional, palestrante e professora nos cursos de Pós e MBA na IBE
FGV. Especialista em gestão de lideranças e desenvolvimento de equipes.
Licenciada ao Grupo Ponto de Referência, com experiência em implementação
de programas de gestão em atendimento e relacionamento com cliente.
Mestranda em Educação, formada em Administração, com MBA em
Desenvolvimento Humano de Gestores pela IBE-FGV Campinas, além de Pós-graduação
em Gestão Estratégica de Negócios, Psicologia Transpessoal, Marketing
Empresarial, Gestão de Pessoas e Negociação Avançada.
coach organizacional, palestrante e professora nos cursos de Pós e MBA na IBE
FGV. Especialista em gestão de lideranças e desenvolvimento de equipes.
Licenciada ao Grupo Ponto de Referência, com experiência em implementação
de programas de gestão em atendimento e relacionamento com cliente.
Mestranda em Educação, formada em Administração, com MBA em
Desenvolvimento Humano de Gestores pela IBE-FGV Campinas, além de Pós-graduação
em Gestão Estratégica de Negócios, Psicologia Transpessoal, Marketing
Empresarial, Gestão de Pessoas e Negociação Avançada.