COLUNA DO PROFESSOR PAULO GRANDI

Afinal, uma notícia
boa para a economia Brasileira?
Paulo Grandi
Após uma
elevação de 3,75 pontos da taxa Selic, é a primeira vez que dados revelam que a
taxa de inflação dá sinais de que vai diminuir, contrariando expectativas
“apocalípticas” de alguns pessimistas. O Banco Central, por sua vez
tem sido cuidadoso para não errar a mão e produzir uma redução do nível de
atividade maior do que a necessária.
A política
monetária não é a única condição necessária e suficiente para controlar a
inflação. Sim, ela é necessária, mas não suficiente. Políticas salariais,
fiscais e cambiais devem ser associadas a ela. 
Em especial, se a política de aumento sistemático do salário real for
dissociada do aumento de produtividade do trabalho, não há medida monetária que
possa controlar a taxa de inflação.
Hoje são
visíveis no Brasil os efeitos dessa política salarial, evidenciados pela
pressão inflacionária e déficit em conta corrente. E no longo prazo resultará
em baixo crescimento. O governo deve em suas ações perder o medo de assumir, de
fato, que somos uma economia de mercado com respeito à liberdade individual.
Será
possível fixar antecipadamente qual deve ser o aumento final da taxa de juros
real, qual a redução do nível de atividade e do emprego e quanto tempo levará
para que a taxa de inflação convirja para a “meta”.
Uma maior
coordenação entre as políticas fiscal, monetária, cambial e salarial é
necessária para dar maior credibilidade e reduzir o custo social da política
monetária, e mais rápido, convergir a inflação à meta.​

Paulo Augusto Grandi é especialista em Gestão Empresarial pela Fundação
Getúlio Vargas e Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade de
Caxias do Sul. Atualmente está cursando Mestrado em Gestão de Negócios
Internacionais pela Ohio University. È diretor da Semeq Inc, professor do FGV
Management e Diretor da GForte Incorporações. ​ 
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