CRISE ECONÔMICA BRASILEIRA GERA ANSIEDADE NO MEIO EMPRESARIAL

26 de março de 2015.
Pesquisa de sondagem
industrial referente ao mês de fevereiro revelou  que as empresas  associadas ao Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo (Ciesp) regional Campinas estão 
apreensivas com relação aos rumos da economia brasileira. A sondagem foi
elaborada pelo Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp (Faculdades de
Campinas) em parceria com o Ciesp Campinas. 
O professor e economista da Facamp, José Augusto Ruas, disse que a
sondagem aponta, por exemplo, que 65% dos respondentes  indicam queda nas vendas e de produção.
“Soma-se a isso a questão do câmbio e dos preços de setores de infraestrutura
como energia, água e transportes. Tudo aumentou. A matéria prima aumentou, a
água e a energia aumentaram e para o empresário esse é um cenário ruim porque implica
em menos vendas e mais custos, então a lucratividade vem muito ruim”, explica.
Segundo Ruas, a
perspectiva dos empresários de melhora da situação econômica é muito ruim para
os próximos meses.  “Os indicadores de
investimento indicam que mais de 65% dos empresários não pretendem investir e a
maior parte vai reduzir os investimentos. Diante disso, a expectativa do
empresário é de um cenário no médio prazo muito ruim”, afirma.
O fato é que o índice
de confiança do Empresário mostra que o índice de pessimismo voltou a crescer
em fevereiro. O índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista recuou
para 35, 4 pontos em fevereiro. No mês de janeiro esse índice havia ficado em
37,6 pontos. Em fevereiro o índice atingiu o pior resultado da série histórica iniciada
mensalmente em janeiro de 2010 ficando agora 14,6 pontos distante do nível de
estabilidade, que é de 50 pontos. Para o diretor do Ciesp Campinas, José Nunes
Filho, o Brasil não tem como sobreviver num mundo globalizado, num mundo
industrializado e num mundo de economias mais pujantes que a nossa. “Nós não
temos e perdemos competitividade completamente. Cada vez é mais caro produzir
no Brasil e vai ser mais ainda. Saiu o índice Focus no último dia 20 prevendo
um aumento nos preços administrados pelo governo, que são energia,
combustíveis, transportes de 12,6% nesse ano. Já se falou numa inflação
chegando a 8,4% para esse ano, bem longe da estimativa da meta, o que só
permeia mais a crise”, diz.
José Nunes Filho
disse ainda que apesar de não haver uma perspectiva de melhora, ele destacou
que toda a crise bate num determinado nível, que acaba revertendo em algum
benefício. “Com esse dólar entre R$ 3,20 e R$ 3,30 nós começamos a receber
investimentos de estrangeiros novamente. As empresas brasileiras se tornam
baratas, as ações brasileiras se tornam baratas, tanto que nós já tivemos uma
elevação na bolsa de valores que passou de 48 mil pontos para 52 mil pontos e
isso começa a trer um outro lado que dá um fôlego”, completou. 
Fotos 1 a 3 – Coletiva do Ciesp Campinas.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações
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