EQUIPES MOVIDAS PELA PAIXÃO E SEUS MEDOS

24 de novembro de 2014.
COLUNA DO PROFESSOR SERGIO MIORIN
A motivação está diretamente ligada à
psicologia, ou seja, ao modo como oferecemos desafios, principalmente para
profissionais de alto nível e executivos. A motivação das pessoas é intrínseca,
está dentro de cada uma. Assim, a motivação é a razão para o profissional
continuar. A motivação acontece quando temos um motivo para ação.
Muitas vezes usamos a expressão
“aquele colaborador está desmotivado”. Será que ele está desmotivado ou há
falta de projetos, de desafios grandiosos que mexem nitidamente com as pessoas
que precisam desse estímulo?
Os desafios acabam gerando medo: quanto maior o desafio, maior o medo. Muitas
vezes eu vejo jornalistas e grandes apresentadores perguntando a grandes empresários: “você tem medo de algo?” ou “qual seu maior
medo?”. Mesmo os empresários de sucesso e destaque no mercado têm seus medos,
mesmo porque os desafios deles são normalmente grandes e audaciosos.
Muitas vezes, por medo, os
profissionais acabam fugindo dos desafios; porém, para outros, o desafio é o
estímulo para gerar a motivação. Para que um colaborador tenha motivos de sobra
para ir adiante com os seus desafios e projetos, precisamos detectar as causas
dos medos e retirá-los da frente desse colaborador, deixando o caminho livre
para o sucesso, agregando assim valor para a empresa.
O grande desafio dos gestores,
atualmente, é conseguir estimular a equipe para assim conseguir a motivação. A
maior dificuldade é que cada membro da equipe tem um pensamento diferente, teve
uma formação diferente, uma educação familiar diferente e tem objetivos
diferentes.
Se tem algo que devemos eliminar das
nossas equipes, para elas decolarem, são seus medos, entre eles o medo da
crítica, ou ser mal interpretado, o medo da rejeição, questão psicológica muito
complicada nos dias atuais, o medo do fracasso, que todos nós corremos. Só erra
quem faz, só fracassa quem faz. Devemos planejar ao extremo, mas o risco do
fracasso existe; porém, quanto mais se planeja, menos risco de fracasso se
correrá.
O medo da crítica é notável nos
profissionais qualificados, uns mais e outros menos, porém todos têm. Esse medo
acaba promovendo em alguns profissionais um escudo natural nos fatos, pessoas
que estão se defendendo o tempo todo. Independentemente da crítica, os
profissionais devem recebê-la como construtiva, assim o impacto das questões de
autoproteção  acaba diminuindo
naturalmente.
Se o erro aconteceu, devemos encontrar
a causa para que o erro não se repita. Nada adianta ficar dando um foco extra
na questão, o erro aconteceu e o tempo passou, não conseguimos voltar o tempo e
impedir o erro. Todo acontecimento, erro, dano, gera aprendizado e
conhecimento, temos de ver o lado positivo do acontecido.
A conversa do gestor com quem cometeu
o erro deve ser em um nível maduro e de parceria, de construção, e não algo
pesado, algo marcante negativamente. Os gestores sempre necessitam demonstrar
que confiam em seus liderados, só assim a parceria será sólida cada vez mais.
O medo do fracasso precisa estar claro
com os membros da equipe, os riscos existem o tempo todo. Caso aconteça um
fracasso, o profissional precisa ter força e perseverança para continuar. Se o
profissional perder a confiança na empresa e em si mesmo, ele estará automaticamente
“jogando a toalha”.
O medo da rejeição acaba trazendo uma
sensação em âmbito pessoal e não do fato propriamente dito. A maioria dos
profissionais se preocupa excessivamente como os seus gestores diretos e
indiretos os enxergam na estrutura organizacional. Mas quanto isso é produtivo?
Pessoas com perfil diferente já não se preocupam com o que esses gestores
pensam, mas em fazer seu trabalho com a maior qualidade possível, dentro das
suas habilidades e competências.
Eliminando o medo traremos confiança
para os profissionais, estímulos para que eles se motivem e, automaticamente,
resultados satisfatórios para as empresas.
Sergio Henrique Miorin é Graduado em
Engenharia Elétrica modalidade em Eletrônica pela USF –
Universidade São Francisco, Pós-Graduado Especialista em Engenharia de Redes e
Sistemas de Telecomunicações pelo INATEL – Instituto Nacional de
Telecomunicações, Pós-Graduado Especialista MBA em
Gestão Empresarial pela FGV – Fundação Getúlio Vargas e
mestrando em Educação pela Unisal. É Diretor Geral da SM – Consultoria,
Treinamentos e Palestras, colunista no Jornal de Valinhos, consultor de
empresas e leciona em instituições de ensino, em cursos técnicos, graduação,
pós-graduação especialização e pós-graduação especialização MBA como: IBE/FGV, Unisal,
FAJ e Anhanguera. Contatos: www.smconsultoriaempresarial.com.br – [email protected]
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