ESPECIALISTA ALERTA PARA MEDIDAS DRÁSTICAS AFIM DE EVITAR A FALTA DE ÁGUA

12 de dezembro de 2014.
O Brasil enfrenta a
maior crise hídrica da história. Pelo menos 20% dos municípios enfrentam os
efeitos da estiagem com destaque para São Paulo, a maior metrópole da América
do Sul e cidades da Região Metropolitana de Campinas. O interior do estado
paulista também vem sofrendo com a crise hídrica, que pode se tornar, em breve,
uma catástrofe climática.
O professor da
IBE-FGV, Luiz Fernando de Araújo Bueno, especialista em sustentabilidade e
responsabilidade social, diz que se não chover mais em pouco tempo e se não
forem tomadas medidas drásticas e urgentes, a água terminará no curto prazo.
“Será o fim, pois antes de morrermos pelo aquecimento global, morreremos de
sede e fome, no escuro”, afirmou.
Segundo ele, a
situação é muito grave. O nível do Sistema Cantareira, que abastece 6,5 milhões
de pessoas na Grande São Paulo e ajuda com distribuição ao interior do estado, não
para de cair. O volume acumulado das represas também registra recorde de dias
sem aumento.
A vazão do Rio Piracicaba,
que abastece toda a região de Americana, caiu 83% nos últimos dias e registrou
uma das menores marcas na terça-feira, dia 2. A situação também não é boa nos
rios Atibaia e Capivari que levam água para Campinas. O Atibaia ficou quase que
totalmente seco no final de novembro, o que forçou a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento
(Sanasa) a pedir ao Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) de São
Paulo, uma solicitação de vazão proveniente do Sistema Cantareira.
Isso, sem contar os
municípios que já sucumbiram à crise e não dispõem de água em seus
reservatórios como Itu, que entrou em racionamento em fevereiro e agora é
abastecido por caminhões-tanque. O especialista aponta falha na gestão dos
recursos hídricos, não utilização das águas servidas (reuso) e da chuva,
aliados à falta de uma política que estimule e combata o desperdício na cidade
e no campo, além de ausência de investimentos em saneamento, como algumas das
causas do desabastecimento. “Já corremos o risco das usinas hidrelétricas
instaladas interromperem a produção de energia por causa da baixa vazão dos
rios prejudicando a produção da indústria. Isso sem contar na queda de
produtividade na agricultura e na oferta desses produtos elevando os preços e
impactando a inflação”, aponta Bueno. Ele acredita que o cidadão comum pode
contribuir através do consumo consciente.
Luiz Fernando Bueno
cita algumas ações. Segundo Bueno, a cada dois minutos que você diminui no
banho, podem ser economizados mais de 37 litros de água. Outra orientação é no
que se refere ao regar jardim. Normalmente se gasta cerca de 186 litros de água
limpa em 30 minutos regando o jardim. Para economizar, guarde a água da chuva e
regue sempre de manhã, evitando que a água se evapore com o calor do dia. Ao
limpar o aquário, aproveite a água para regar as plantas. Ela está enriquecida
com nitrogênio e fósforo, o que faz muito bem para as plantas.  A água do banho ou da máquina de lavar roupa
também pode ser reaproveitada para lavar quintais. Feche a torneira ao escovar
os dentes, fazer a barba e ao ensaboar a louça. Lave o carro com balde e um
pano ao invés de uma mangueira. Se possível, não lave o carro durante a
estiagem. Guarde a água que você lavou a roupa para lavar o chão da sua casa. Conserte
pequenos vazamentos ou torneiras que não fecham direito. Instale geladeiras e
freezers em locais onde não bate muito sol. O mesmo vale para aparelhos de ar
condicionado. Use calhas para captar água da chuva. Adote descarga de caixa
acoplada no vaso sanitário, pois todas as fabricadas a partir de 2001 utilizam
6 litros de água. O vaso sanitário com a válvula e tempo de acionamento de seis
segundos gasta cerca de 15 litros. Quando a válvula está defeituosa, pode
chegar a gastar até 30 litros. Adote o hábito de
usar a vassoura, e não a mangueira, para limpar a calçada e o quintal da sua
casa. A mangueira ligada por 15 minutos gasta cerca de 280 litros de água.
Foto: Professor da IBE-FGV, Luiz Fernando de Araújo Bueno.
Crédito: Divulgação.
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