FACULDADES NÃO FORMAM PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO

18 de janeiro de 2015.

COLUNA DA TANTAS COMUNICAÇÃO COM JULIANA FREITAS


Há 15 anos me graduei em jornalismo
pela Universidade Metodista de Piracicaba. Como toda foca, na minha cabeça
trabalharia até morrer em uma redação, que seria, por paixão, a extensão da
minha casa. Claro que estava enganada. Mas tudo bem, isso foi há alguns anos.
Aprendi na lida e hoje sei que sou muito mais que uma jornalista, sou uma
especialista em comunicação.
O problema é que anos se passaram, o
jornalismo impresso está quase falido, mas a grade quase nada mudou.
Jornalistas ainda saem da faculdade com uma visão ingênua sem saber para onde
ir. A maioria não quer mais a vida insalubre das redações, quer  ganhar
dinheiro no mundo corporativo, mas este é mais impiedoso e, como em outras áreas,  não aceita
profissionais mal preparados.
Não sei o que acontece com os
coordenadores dos cursos de comunicação. Eles agem como se resistir às mudanças
fosse a melhor solução para manter este jornalismo tradicional. Ledo engano.
Com o advento das mídias sociais nunca o jornalismo será mais o mesmo.
Além disso, o mundo corporativo
enxerga cada vez mais a importância de investir na área, mas não procura mais
por uma simples assessoria de imprensa, ele quer um gestor de comunicação, que
converse com todos os seus públicos, com um planejamento estratégico e preciso
(pois não se aceita mais perder dinheiro), metas e desafios. O comunicador hoje
precisa ter aulas que vão muito além de escrever textos ou fazer uma matéria
para rádio, ele precisa entender o mercado, gerir uma empresa, fazer cálculos,
ser um expert em planejamentos, ter domínio e falar em público, ser seguro e
saber o que está fazendo. Mas muitos, infelizmente, chegam ao mercado sem saber
diferenciar metas de estratégias.
Se eu tive uma aulinha sequer que
falasse disso, faltei. Devia estar no bar ou dando uma voltinha na galeria. E
pelo o que tenho visto nas entrevistas de emprego que tenho feito, nada mudou.
Quando encontramos bons profissionais, com uma visão estratégica, abraçamos.
Não sei como é isso em outras áreas,
mas na da comunicação, tenho certeza que a grade é desatualizada. E isso
prejudica muito o mercado. Meu desejo para 2015 e para os próximos anos: que
diretores e coordenadores enxerguem fora de suas salas, pensem fora da caixa e
busquem professores com experiência de mercado. A PUC – Campinas já está
fazendo. Ano passado a coordenadora nos convidou para uma reunião em que
discutimos mudanças na grade visando o aprimoramento dos futuros profissionais
de comunicação, sobretudo, daqueles que desejam atuar no mundo corporativo. É
um grande e bom começo. Demais, por favor, copiem a iniciativa!
A Tantas Comunicação é dirigida pelos jornalistas Juliana
Freitas e Alberto Augusto e elabora estratégias de comunicação integradas
destinadas ao fortalecimento da imagem e da credibilidade das organizações
junto aos seus públicos. A Tantas Comunicação conta com uma equipe de jornalistas e designers especializada em
comunicação empresarial, o que engloba os serviços de Assessoria de Imprensa,
Publicações Customizadas, Comunicação Interna, Monitoramento de Redes Sociais e
Conteúdo Web. Saiba mais: www.tantas.com.br
Juliana
Freitas, sócia na Tantas Comunicação, é jornalista com pós-graduação em
Marketing. [email protected]
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